Capítulo 14 - Decisão / um único coração.

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O dia foi cheio hoje, Madrid realmente tem muitas coisas para se ver. Pena que em um único dia não conseguiria ver tudo. O dia correu, apesar pela manhã bem arrastada, que estava sendo para mim. Mas depois que saí para esfriar a cabeça. Ufa! O tempo escorreu como água. Já eram umas 18h30min. Mas o sol ainda estava pendido sobre céu anil com pouquíssimas nuvens, dando ao Plaza do Sol uma divina imagem real.  Logo depois disso tínhamos ido ao Plaza Plaza de Cibeles. Era um castelo glorioso com sua torre central magestosa, sua fonte que a vestia de água tão clara ao seu redor e caia sobre sua fonte diante de uma estátua de, acho ser, uma mulher sentada em uma carruagem puxada por dois leões. Algo magnífico que precisava ser registrado em uma foto comigo. Eu parei um turista e sua esposa, por incrível que pareça eram brasileiros. Eu peguei a mão de Bernardo e o puxei, eu sei que ele estava surpreso e cambaleando para em acompanhar. Mas queria que ele aparecesse nas minhas fotos agora. Tiramos acho que umas três. Sei que estamos voltando para a casa agora, que ainda nem sei onde é ao certo.

"Plaza del retiro", era o que a placa sinaliza para o motorista seguir por sua rota. Apesar de ser uma rota interessantemente curta, ele preferiu optar por um Uber, até mesmo porque estávamos com as pernas cansadas.

— Gostou do passeio hoje? — Bernado me acolheu em seus braços em um afago confortável não se importando com o motorista afrente, o que me deixa um pouco encabulado.

— Eu adorei! — respondo com toda animação que restava em mim. Rio com minhas últimas forças até bocejar.

— Eita, meu garotão. — sua voz é tão mansa e calma, tão confortável, eu só pude me ajeitar um pouco mais nele e o ouvi dar um pequeno sorriso charmoso de uma criança que acabou de ganhar um grande presente. 

Eu só pude grunhir para que ele possa continuar a falando.

— Está cansado? — seus lábios foram em minha testa, umidecendo-a com um suave beijo de "bom descanso", grunhi novamente em confirmação. — Bons sonhos.

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Quando acordei, me deparo que ainda estou com a mesma roupa em que sai hoje pela manhã. Já estava anoitecendo pelo que via através das janelas. O sol ainda estava no seu fim de vida atrás das montanhas. Levantando-me, ponho meus pés para fora da cama, sentando-me um pouco zonzo e sonolento. Não posso deixar de lembrar qual foi minha última lembrança: "dormir nos braços do Ber".Meu rosto cora de imediato, dando a vez a vergonha de lembrar que ele possa ter me carregado nos braços até meu quarto.

— Que horas tem? — Jogo meu corpo para fora da cama, caçando desesperado meu, infelizmente novo, celular pelos cantos da cabeceira.

Após no meu desespero ter encontrado ele em cima da cama o celular apontava que eram 20h22min. Volto a olhar para o sol se findar. Aqui o sol se põe mais tarde do que estou acostumado no Brasil. Cambaleando de sono, direciono-me para o guarda-roupa e, mesmo cheio de preguiça de minha parte, abro-o e vasculho dentre minhas poucas roupas penduradas no cabide, escolhendo apenas uma bermuda moletom preta lisa e uma blusa blusa também na cor preta. Pegando uma das toalhas da casa, direciono-me para fora do quarto tentando ir em direção ao banheiro pelos corredores estendidos da casa. Aqui está um anoitecer muito calmo para um dia estressante. Afastei os péssimos pensamentos tentando amenizar o que poderia vir se o Cadu me encontrasse no meio do caminho. Então sem direção e um péssimo sentido para direção, eu chego até em uma das portas semicerrada e ouço alguns gemidos. Um grunhido, logo um som de prazer solto pelo ar. Eu conheço esses gemidos grossos e a voz rouca no final não me deixa em dúvidas. Meu coração estava palpitando, "eu sabia"... Meu subconsciente estava olhando para mim de boca aberta quando me viu olhar pela pequena brecha da porta. A minha sorte que a luz do corredor desligado somente a lua estava clarindo muito pouco pelas janelas do corredor.

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