Capítulo 6 - Fique ao meu lado

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 Meu cérebro está tentando processar o que acabei de ouvir.  Sou um filho de um falecido empresario magnata executivo e presidente da Genesis, que secretamente me deu suas ações, mas ainda estão no nome do Cadu. que é o mais novo presidente executivo. Que por sinal eu não faço a mínima ideia do que se passa naquela cabeça dura, de ficar invadindo minha vida daquele modo! Meus pulmões se enchem de ar, profundamente irritado, e logo os deixo sair lentamente. Eu só espero que ele esteja bem... E pra completar a minha história de vida: tenho um tio avô sociopata, que nem conheci, parecendo muito com meu avô. Digamos irmãos gêmeos, que meu pai nunca contou para mim e que simplesmente quer me assassinar se o Cadu não o der as ações pra ele!
Os olhos cinzentos de Bruno, me perseguiam pela sala de um lado para o outro. O que me deixava ainda mais nervoso. Sim, estou incrédulo com isso tudo. Parece que cai de paraquedas em um mundo paralelo. Cai de paraquedas? Acho que ao em vez disso, ele puseram algum tipo de peso me fazendo cair de cabeça. Suspiro exasperando, parando ao meio da sala dele, pondo minha mão em meu rosto e tampando os meus olhos para eu me acalmar. Isso é tão irritante que estou a ponto de surtar de vez.


— Está pensativo demais meu guri. — sua personalidade doce está de volta, com um sorriso brando em seus lábios.


 Eu me viro para ele, com meu cenho cerrado, o fuzilando com os meus olhos em chamas.


— Não é você que está sendo ameaçado de morte! — rujo para ele, sei que minha raiva saiu mais do que eu queria. Mas sinto-me mais aliviado...


— Calma moleque. Você pode simplesmente só sentar no colo do papai aqui e deixar ele tomar conta de...


 A porta se abre em um estrondo, o interrompendo e fazendo-me sobressaltar para trás. Meu coração bombeando a adrenalina e o medo em meu corpo, meu rosto parece que perdeu o sangue. Os meus olhos se encontram com os de um touro enfurecido em minha frente, com um pequeno inchaço em sua cabeça. MERDA! O que esse idiota está fazendo aqui uma hora dessas! E como ele soube que eu estava aqui.


— Cadu?! — indago, acalmando meu coração aflito, que martelava freneticamente em meu peito.


 Ele nem se movia, estava ali me olhando com aqueles olhos. Os mesmos olhos que vi antes de sair pela escada de incêndio. Preocupação; Medo; Frustração; Raiva; Tristeza; Inundavam os olhos dele. Não consigo olhar nos olhos dele por muito tempo. Viro minha cabeça para baixo, reprimindo minhas lágrimas que querem brotar de meus olhos e escorrer.


— Aí Guto! — viro meu rosto lentamente para olhar o rosto de Bruno que sorria como um animal faminto. — Quando se cansar desse aí, estou aqui te esperando.


MERDA! Ele quer pôr mais lenha na fogueira! E eu estou neste fogo cruzado. E eu realmente não sei o que fazer. Viro meu rosto, olhando para os dois  de uma forma evasiva. E caminho rapidamente, para fora da sala do Bruno. Sei que estou ignorando totalmente a raiva deles dois, mas o que posso fazer mais se eu estou em meio ao fogo cruzado deles dois? Até parece que eu sou o adulto e eles dois as crianças.
Reviro os meus olhos de costas para eles ouvindo os berros de Carlos e do Bruno que se estendiam pelo corredor, sei que estou agora na recepção e grato por ninguém, fora o Roberto, esteja aqui agora. Suspiro exasperado ao ver as horas, são quase uma da manhã. Passei praticamente quase três horas aqui dentro. Tempo suficiente para o Cadu saber onde eu estava? Duvido muito, até parece que colocou rastreado em mim. Acho que com ele, as coisas ficam totalmente irracionais para mim. Por que ele quer tanto ficar perto de mim! Isso tudo é besteira para mim.

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