Capítulo 5 - Preocupações entre Respostas

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- Eu? - indago, com minha voz falhando logo naquele momento.

ÓTIMO! Outro com ego maior que o pinto. Por que sempre trombo com um cara desses?

- Sim... você. - ele sussurra, pegando minha mão e a guiando para que pouse sobre a sua coxa.

Meus reflexos são mais abruptos do que posso conter. Meu cotovelo direito bate na porta, lesionando uma dor intensa ali. O policial olha para mim, preocupado, como se eu fosse um animal ferido. Ele para o carro em um posto de gasolina próximo e se inclina para mim. Pegando meu braço e o virando, para que possa ver a lesão. PORRA! Seus lábios quentes estão beijando meu cotovelo! Eu sou algum tipo de criança? Agradeço por ele por os vidros serem escuros.

- Desculpe-me, meu príncipe... - seus lábios sussurram o príncipe com doçura, enquanto seus lábios faziam uma trilha de beijos até as costas de minha mão.

Eu tenho que ser forte. Mas estou em choque com ele. Está sendo um romântico fofo comigo. Meus olhos piscam, confusos menos que minha mente.

- N-não, tudo bem... - digo rapidamente, controlando minha voz baixa, e meu rosto que corava com uma rapidez tremenda.

- Vou te levar pra casa, Augusto. - ele diz seriamente, voltando-se para o volante, e dirigindo retomando a estrada.

Ah... que maravilha. Vou voltar para casa. Não vejo a hora. Sei que só foi horas. Mas pareceu uma eternidade essa porra toda que aconteceu. Ainda não digeri tudo. E sei que depois que o Carlos receber alta vai está a minha espera... "Calma ai!". Meu olhos arregala-se, virando para o policial que sorrir. Parece que ele fez propositalmente! Como ele me conhece! Eu nem disse meu nome! Eu tenho que sair daqui! MERDA! As postas estão travadas! 

- Você não vai a lugar nenhum antes de conversarmos. - ele diz olhando fixamente para a estrada, sério.

Minha bile sobe, travando minha garganta e eu não consigo falar até pararmos no próximo semáforo. Volto os meus olhos para ele. Será que ele está envolvido... ou melhor é um dos capangas daquele tal de Jorge?

- Como você me conhece? - taco a pergunta em cima dele, sentindo o medo das resposta. 

- Já disse, sou um policial. 

- Um policial deveria ter sua credencial?! - rebato.

Antes mesmo de eu falar algo amais. Ele aponta para o porta luvas em sinal para eu abrir. Eu não me mexo, cruzando meus braços e fechando minha cara. Acho que ele está ficando curioso, meus olhos visualizam de soslaio a mão esquerda ao volante apertando com certa força. Meu Deus, outro explosivo. Ele suspira, e ele mesmo pega algum tipo de identidade dentro do porta luvas. Mas... Uou!

Estado do Rio de Janeiro

Polícia Militar

Nº de registro: xxxx03

Data de nasc.: 12/03/1990

Validade: Indeterminado.

Nome: Bruno Sucenna Machado

Delegado PM

...

PORRA! Esse cara realmente é um policial?! Acho que ri alto demais pra ele está me olhando desse jeito tão confuso. Rolo os meus olhos para ele, sei que estou sendo infantil com essa birra, mas essa tal "identificação" pode ser falsa. Com toda certeza é fala... Puta merda! O carro parou abruptamente, acho que nem percebi a sua velocidade. Mas para os pneus terem cantado desse jeito acho que estava em aula velocidade.

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