Capítulo 18 - Uma Reviravolta Inesperada

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           Nota das Autoras:

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    Bem, agora vamos ao capítulo:

               Caminho lentamente em direção ao objeto sem tirar os olhos dele por sequer um segundo. As tábuas de madeira fazendo barulho abaixo de meus pés. Há medida que me aproximo, meu coração bate em um ritmo acelerado parecendo querer sair pela boca. Paro em frente à pedra de mármore iluminando o objeto com a lanterna. É um anel de prata. Sinto uma mistura de medo e euforia.

                   Pego-o para analisá-lo mas quase caiu para trás com um susto. Barulhos de passos na grama me fazem ficar alerta. Sinto meu sangue gelar e minhas mãos ficarem trêmulas quase fazendo-me derrubar o anel. Tem alguém lá fora!

                Instintivamente ponho o anel no bolso do casaco e desligo a lanterna. Os passos parecem aproximar-se do prédio. Aguçando a audição, ouço alguém andar em volta do prédio como se procurasse algo, ou como para avisar que sabe que estou aqui.

                   O pânico parece tomar conta do meu corpo, e os meus sentidos estão todos em alerta. Os passos param. Será o inspetor? Pode ser que sim, mas também pode ser qualquer outra pessoa, inclusive o homem do capuz. Seja lá quem for, está parado lá fora. De qualquer forma, preciso ser cautelosa. Calcular cada movimento para não fazer barulho.

                  Abaixo-me lentamente torcendo para que os pedaços de madeiras velhas abaixo de meus pés não estalem. A noite está tão silenciosa que qualquer barulho tornasse audível. Posiciono os joelhos no chão ficando de quatro e começo a engatinhar para o lado oposto.

                    A pessoa lá fora começa a andar novamente, aproximando-se ainda mais. Sei que passou pelas fitas amarelas quando ouço o barulho de plástico ser remexido. Está perto!

                  Engatinho com cuidado para trás de uma pilha de cadeiras velhas à alguns metros à esquerda, tomando cuidado para não fazer a estupidez de derrubá-las. Posiciono-me encolhida no espaço apertado, e sinto que o mínimo dos movimentos pode fazer com que essa pilha tão frágil desmorone. Repiro com dificuldade pois parece que meus pulmões estão sendo comprimidos pelo medo.

                   Encosto-me na parede a espera do que virar a seguir. Minhas mãos estão suadas assim como o resto do meu corpo, apesar do frio que faz essa noite. Sinto minha cabeça pesar e o estômago revirar.

                     Uma pequena porção de poeira caí de cima de uma das cadeiras passando perto do meu rosto, e isso me faz sentir vontade de espirrar mas aperto o nariz com os dedos para segurar. Hora errada para uma reação alérgica.

                  A pessoa lá fora para em frente a janela onde agora à pouco, eu estava. Passam alguns segundos sem que eu ouça qualquer barulho. Inclino a cabeça para frente tomando o máximo de cuidado, olho por uma pequena brecha na pilha de cadeiras mas tudo o que vejo é escuridão. Minha visão agora acostumada à pouca luz consegue captar algo na janela. Parece uma sombra negra e sem forma. Tenho a terrível impressão de que olha diretamente para mim, isso me faz ficar trêmula.

                  De repente a sombra dá a volta no prédio, está caminhando para a direita, para a entrada. Uma onda de adrenalina atinge meu corpo e apenas um pensamento se passa pela minha mente; tenho que dar o fora daqui!

As Aparências EnganamOnde histórias criam vida. Descubra agora