'Até onde você conhece uma pessoa e sabe quem realmente ela é?'
Cheryl Reeves levava uma vida tranquila na Geórgia com sua mãe Grace e seu melhor amigo Matt. Agora com o início da faculdade de direito, ela se muda para o campus da faculdade...
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— Ei, calma, vai ficar tudo bem. — um sussuro baixo e abafado alcança meus ouvidos, levando embora os ruídos que agora pareciam tomar conta do ambiente inteiro.
Tento, sem êxito, abrir os olhos e enchergar o que está acontecendo ao meu redor. As palavras do doutor ecoam em minha cabeça como marteladas fortes “Não, eu não sou o Mason. Mas em breve ele estará aqui.” um pensamento surge em minha mente em um solavanco. Será que é Mason quem está sussurrando?
Exaltada e com medo de morrer, tento mais uma vez abrir os olhos, debatendo-me contra ele e tentando me desvencilhar dos braços que agora me seguram no ar. Mas tudo que consigo é uma dor forte que atravessa o meu corpo inteiro e parecer martelar todos os meus ossos. Grunho, sem nem mesmo ter forças para abrir os olhos.
— Calma, não precisa ter medo. Agora tudo ficará bem. — a voz sussurrada preenche meus ouvidos novamente, e, de alguma forma absurda, me tranquilizo. Uma mão alcança minha testa suada e fria, e, pegando-me de surpresa, sinto os lábios de Quem-quer-que-seja beijar a minha bochecha e passar a ponta dos seus dedos gélidos e finos no canto da minha boca em uma caricia cuidadosa, contornando-o. E logo depois, em uma pequena fração de segundos, recuam.
— Quem... Quem é? — é a única coisa que consigo dizer, com a voz trêmula e entrecortada.
— Ela está bem?
Só tenho tempo de ouvir essa última pergunta, vindo de uma voz tão distante que mais parece de um fantasma.
Luto para que eu consiga abrir os olhos, e me agito quando não consigo. O que está acontecendo?
Não tenho tempo de pensar, nem mesmo de especular quem quer que esteja aqui e, se for mesmo Mason, fora ele quem me beijara? Uma vontade de vomitar me domina. Nojo. É tudo que sinto.
E mesmo lutando contra o sono que me consome, junto ao cansaço e o desespero, mordo o lábio com força, sentindo um gosto metálico em minha boca.
— Você vai pagar seu desgraçado! Vai pagar por tudo que fez a mim e a todas aquelas pessoas inocentes! — ainda que minhas palavras soem cheias de raiva e rancor, elas não passam de um sussuro abafado. E não tenho tempo de falar mais alguma coisa. Caiu no sono novamente, e a última coisa que me vem a mente e que me faz perder completamente a sanidade e me enche de medo, é uma frase pequena e simples, mas ainda assim, macabra e cruel; “Eu vou morrer.”
