3. Aproximação

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*Eren*

- Às vezes acho que estou sonhando acordado. – Eu estava sentado no chão, ao lado da minha cama e consequentemente de frente para a lateral da cama do Armin.

- Pois deveria estar dormindo Eren, lembre-se que hoje começam os treinos, quer fazer feio no seu segundo dia? – Armin ainda estava sonolento e disse isso ainda com os olhos fechados.

- Já dormi o suficiente, estou muito ansioso e feliz por estar aqui, não consigo continuar dormindo.

- Mas eu não me sinto assim tão disposto, então cala a boca e me deixa dormir. – Dito isso, ele cobriu a cabeça com o cobertor e virou para o lado oposto; eu decidi que não queria ficar sozinho, era cedo, mas só faltava meia hora para o horário em que realmente deveríamos levantar; então puxei o cobertor do Armin até que este ficasse completamente descoberto protestando contra minha falta de companheirismo.

- Será que dá para as moças deixarem a gente dormir? – Era o "Jean-cara-de-cavalo".

- Claro Kirschtein, eu não me importo se você chegar atrasado e for expulso pelo capitão Levi.

- O q-que? Já está na hora? – Ele levantou da cama rapidamente, num desespero visível, enroscando-se nas cobertas e caindo de cara no chão. Armin e eu começamos a rir descontroladamente enquanto Jean se levantava diante dos olhares divertidos dos colegas que também tinham acordado devido ao barulho; ele estava furioso, mas não sei por qual motivo decidiu não discutir quando viu que ainda faltavam alguns minutos até a hora que deveria acordar; ele passou por mim e sussurrou um: - Você vai me pagar por isso Jaeger. – Depois da ameaça ele saiu para os banheiros que ficavam bem ao lado do dormitório.

- Você gosta de deixa-lo irritado não é Eren? – Era o Armin que levantava da cama pegando a escova de dente na primeira gaveta de seu móvel de cabeceira.

- É divertido; além do mais ele me irrita só por existir. Agora vamos Armin, temos que adiantar isso, assim não perdemos a hora. – Falei, já levantando do chão e indo em direção aos banheiros com o Armin ao meu lado. Depois de fazermos nossa higiene matinal, caminhamos até o refeitório; aos poucos o pessoal foi chegando e ocupando os lugares vazios à mesa; conversamos até o horário de comparecer ao campo de treinamentos.

Chegamos e nos preparamos como o capitão disse no dia anterior, ficamos lado a lado no meio do campo, ele já se encontrava lá e nos observava com atenção. Difícil pra mim foi conseguir disfarçar meu rubor diante da visão de um capitão Levi com uma farda impecável e uma cor diferente da que usou no dia anterior, essa era verde e destacava as diversas medalhinhas que ele levava no peito pelos méritos conseguidos durante a carreira militar; este passou a mão pelos cabelos molhados de uma maneira extremamente sexy enquanto começou a falar de uma maneira que para mim era muito cativante:

- Bom dia soldados!

- Bom dia capitão Levi! – Respondemos em uníssono.

- Hoje eu vou explicar a vocês em que consiste nosso trabalho e iniciar os treinamentos. – Todos estavam concentrados na explicação, mas eu ainda buscava isso, pois a voz dele tirava todo o meu sentido de atenção. – Nossa corporação é uma seção destacada de outros grupos militares, nosso grupo tem ações quase que totalmente independentes, temos autonomia para decisões próprias, como vocês devem saber, o coronel Irwin é que comanda tudo por aqui, logo após ele estou eu. Nosso trabalho consiste em, dentre outras atribuições: investigar e desfazer grupos de crime organizado, esquematizar e manter um programa de proteção às testemunhas, resolver problemas relacionados à corrupção dentro da própria polícia; estamos envolvidos também em resgates e negociações de liberação de vítimas de sequestro e tráfico de pessoas, bem como de crianças também, resumindo, somos um grupo que usa a inteligência para combater o crime, mas quando é necessário, o que não é raro, saímos para efetuar prisões e trabalhar em missões arriscadas de infiltração; então não pensem que por fazerem parte de um grupo de inteligência vão ficar com uma parte fácil do trabalho ou que não precisam de treinamento físico, é exatamente o contrário, ambas as partes tem igual importância, pois se uma delas falhar pode afetar a outra. – Apesar de ser um monólogo, ninguém considerou chato, o capitão Levi estava nos passando sua competência em palavras e atitudes, de certa forma isso me tranquilizava, pois demonstrava que ele não era metido e autoritário como pensei no dia anterior, ele apenas se mantinha no lugar onde deveria estar, um lugar de respeito.

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