8. Quando o infinito tiver fim

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•VOTEM! ;)•

-Levi-

- Eu sabia que era você. – Disse seco.

- Claro, a voz do sangue chama, querido sobrinho, nem deveria testar o nome, poderia atender ao celular do seu amigo me chamando pelo meu nome; seria divertido vê-lo me chamar de tio Kenny pela primeira vez, depois de tantos anos.

- Não tenho o menor interesse em assumir meu parentesco com você. – Eu estava a medir as palavras, visto que o Eren estava bem ao meu lado, me olhando com curiosidade. "O que eu faço agora? Poderia muito bem usar esta chamada para rastreá-lo se estivesse na base, droga!"

- É uma pena, poderíamos nos divertir juntos, como quando você era criança... Sabe, antes de seu pai me tirar do seio da família e afastar todos de mim.

- E o Irwin?

- Ah Levi, quer saber como está seu amiguinho? Preocupa-se mais com ele do que com seu querido tio? Ahahaha, isso é cruel de sua parte, mas está tudo bem com ele; você sabe, hospitais não são locais muito seguros; mas não se preocupe, eu só mandei que pegassem o celular dele porque queria te avisar sobre o novo presente que deixei pra você, não tinha seu número, então resolvi olhar a agenda de alguém que possuía esse tesouro. Aliás, como estamos indo com os presentes? Estão do jeito que você esperava? Oh, esqueci que você ainda não viu o último que lhe deixei...

- Isso tem que parar! – Me exaltei por um instante e Eren fez gestos de fala, sem deixar sair o som, perguntando "O que foi? Quem é?". "Talvez isso não vá funcionar afinal." Apenas ignorei sua preocupação e me concentrei na ligação.

- Ahh, desse jeito não teria graça; mas diga-me, o almoço estava gostoso? – Me desesperei instantaneamente, olhei em volta e não via ninguém suspeito, olhei por cima dos poucos prédios e nada fazia sentido pra mim, minha cabeça doía e tremores percorreram minha espinha; agarrei Eren pelo braço violentamente e apressei os passos de volta pra casa, arrastando-o pelo caminho, ignorando seus protestos e pedidos para que parasse, mas eu não podia correr o risco de deixa-lo a mercê do canalha que estava do outro lado da linha; com meu celular ao ouvido, fiz um gesto pra que o jovem ao meu lado me desse o celular dele e assim ele fez imediatamente. – Não precisa me procurar a sua volta Levi, nem estou perto de você, mas sei de muitas coisas, afinal, não e difícil descobrir qual é seu lugar favorito para o almoço de sábado. – Eu havia bloqueado minha mente; não deveria e não seria sequer aceitável perder o controle agora, precisava pensar rápido. Peguei o celular de Eren e disquei o número da Hanji no espaço de contato, visto que o único que eu confiava, além dela, era o Irwin, que se encontrava vulnerável no hospital; então digitei e enviei a mensagem:

"Código 4 Hack"

Hanji era inteligente e perspicaz, apesar de ser da área médica, tinha ótimas aptidões para investigação, por isso estava sempre comigo em missões, como em meus tempos de Cabo, em que servimos ao exército francês, onde ensinei a ela nossos códigos e algumas táticas que poderia usar em missão, chegamos até a criar códigos próprios para nós dois, que poderiam ser usados em casos específicos em que não pudéssemos falar claramente, o que era exatamente o caso no momento. Contar com ela me daria uma vantagem, mas o fato de Kenny saber minha localização estava me preocupando. "Será que esse psicopata sabe algo do pirralho? Não, essa é a primeira vez que ele dorme em minha casa, além do mais, esse louco deve mesmo saber onde costumo frequentar... Não... Ele está jogando comigo, quer que eu me desespere. Controle-se Levi."

- Não me interessa nada disso, mas saiba que toda ação gera uma reação, não costumo dar avisos, mas este é um caso especial. – Eu não podia dizer nada mais que isso, pois com certeza soaria mais suspeito do que já estava sendo ao jovem que caminhava ao meu lado, tentando acompanhar meu ritmo.

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