6. Expectativas

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•VOTEM, POR FAVOR!•

-Levi-

(Pouco mais de 24 horas antes)

O avião estava quase pousando, um homem passou ao meu lado e pela terceira vez meus instintos ficaram alerta; eu sabia que estava acontecendo algo estranho, era o terceiro que me analisava discretamente e depois passava por mim como se nada estivesse acontecendo.

A missão tinha sido um fracasso; na verdade o Kenny havia plantado cuidadosamente cada informação que foi colhida pela minha equipe de incompetentes subordinados, eu estava revoltado com a perda de tempo e dinheiro nesta missão; só não digo que tenha sido totalmente perdida porque descobrimos que o assassino sabia que estava sendo investigado por mim e sabia sobre nosso grau de parentesco, foi isso que o levou a armar todo esse jogo; ele queria brincar comigo e testar meus nervos, em meus anos de estudos aprendi que isso me levaria até o limite, eu sabia que esse homem iria tentar me enlouquecer através de qualquer ponto fraco que viesse a demonstrar; mas eu não tinha pontos fracos, ele se enganava ao pensar que podia continuar brincando comigo.

O avião acabou de pousar; Irwin e eu desembarcamos, pegamos um táxi para irmos até a base, visto que eu tinha um "encontro" que ele desconhecia, mas resolveu me acompanhar, pois deveria deixar alguns documentos em seu gabinete e aproveitaria para levar Hanji a casa ou convidá-la para sair, ele ainda estava na dúvida. Ao meio do caminho, percebemos que estávamos sendo seguidos, isso para mim era um grande problema, eu sabia que havia algo estranho no ar, meus instintos nunca me enganam.

- Irwin.

- Eu sei.

Pedimos ao taxista que acelerasse um pouco mais, na tentativa de escapar sem que o condutor ficasse assustado ou notasse quem éramos, seria ruim chamar a atenção. Ele atendeu prontamente nosso pedido, mas como eu esperava não foi o suficiente para despistar os perseguidores. Decidi revelar ao taxista que éramos militares, diante de um olhar desaprovador de Irwin que olhou pelo vidro traseiro do carro e logo mudou de ideia ao ver a cena e prever o que se seguiria: Os perseguidores estavam armados e um deles colocava metade de seu corpo para fora da janela neste exato momento, atirando em um dos pneus de nosso carro que girou na pista, agradeci silenciosamente por termos saído da via principal há pouco tempo, assim ninguém além de nós iria se ferir. Bati minha cabeça no vidro do carro, o que provocou um corte que rapidamente começou a sangrar, meu superior me olhava incrédulo quando o carro parou, ele não tinha ferimentos e abandonou rapidamente a postura surpresa para começar a sair do táxi. Tiramos o motorista do carro, pois este havia batido a cabeça com força e se encontrava desacordado, Irwin arrastou-o para um canto da rua pouco movimentada e ligava para uma ambulância enquanto eu sacava minha arma e atirava contra os perseguidores; ao ver os rostos dos mesmos, pude reconhecê-los imediatamente. "Eu sabia que aqueles caras eram muito suspeitos." Eram os homens que vieram conosco no avião e que me encararam o tempo todo, com certeza eram capangas do Kenny "Essa merda continua. Mas você não vai me desequilibrar "titio"; não mesmo". Deduzi que tinham comparsas na cidade, pois não seria possível trazer armas de Paris em um avião comercial e não ser notado; a não ser que também fossem militares, o que estava descartado pelo amadorismo com que agiam.

Estavam em maior número, portanto Irwin e eu estávamos em desvantagem, então decidimos alcançar a outra rua fugindo do grupo de levava armas ridículas para uma perseguição; eram revólveres que tinham capacidade para muitos tiros de uma vez, tiros estes que eles desperdiçavam, mas este tipo de arma devia ser recarregada muitas vezes, o que tirava tempo deles e nos dava essa vantagem. Alcançamos a outra rua e buscamos o melhor meio de sair dali: um carro. Entramos em outro táxi e pedimos para o condutor avançar rapidamente, este que nos olhou assustado quando viu meu rosto ensanguentado e quando mostramos nossa identificação militar, mas obedeceu prontamente nossas ordens, arrancando com rapidez e precisão do local. Olhei pelo vidro traseiro e notei que ao alcançar a rua da qual estávamos fugindo, os capangas tiraram dos bolsos algo como rádios de comunicação à distância e começaram a falar.

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