29. Nada como o seu nome

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  Nove dias depois que falei com Mikasa, era a segunda metade de fevereiro, quando Armin retornou minha ligação. Ponderei se deveria atender, porém eu já estava na merda mesmo, que mal faria trocar meia dúzia de palavras com alguém tão importante para mim?

- Armin? – Atendi tentando passar o mínimo de animação.

- Eren! – Ele parecia muito feliz, pelo visto aquela conversa seria difícil para eu conseguir manter, gente feliz demais incomoda e eu só queria morrer.

- E aí loirinho, de onde vem tanta animação? Sei que sentiu minha falta, mas é pra tanto? – Brinquei, sendo que meu tom não estava lá dos melhores, mas eu precisava me esforçar por ele.

- Me diga você mesmo quando chegar aqui. – Respondeu com total segurança. – Tenho algo pra você.

- Er... Armin, eu não... – Ia dizer que não pretendia voltar.

- Te perguntei alguma coisa? Não. Então venha pra cá amanhã mesmo, - Ele usou um tom autoritário que só usava quando tinha certeza de que certa coisa era melhor e precisava com todas as forças provar isso. - tenho certeza que não vai querer perder isso. E se quiser traga seus sogros, eu sei que eles vão querer vir depois de qualquer maneira.

- Armin... – Tentei explicar e negar.

- Você vai vir! Não aceito 'não' como resposta! Por favor, estamos precisando de você aqui, Eren, é urgente. – Ele respirou pesadamente, talvez notando que não seria tão fácil me convencer, então ele usou algo que sempre mexia comigo. – Por favor, amigo, é sério, você precisa vir amanhã mesmo, estamos precisando de você; você não pode nos abandonar agora.

Eu sempre associava esse "precisando" com "correndo perigo". Ele conhecia meus pontos fracos. Eu sabia que ele estava jogando, mas não podia negar o pedido.

- Tudo bem. Não posso te prometer, mas vou falar com eles e ver o que podemos fazer. – Respondi cada vez mais desanimado, ao passo que ele parecia cada vez mais feliz, me deixando confuso, todavia eu realmente não estava com saco pra manter aquela conversa, então não voltei a perguntar o motivo de todo aquele estardalhaço.

- Eu sei que você não vai nos deixar sozinhos nisso. – Ele deu a cartada final. Aquilo era golpe baixo.

- Está bem. Te ligo amanhã para dizer a decisão que tomamos.

- Ok. – E ele desligou.

E foi assim que acabei na sala da casa dos meus sogros – eu nem sabia mais se ainda devia chama-los assim, mas foda-se – com eles sentados de frente pra mim a me olhar como se eu estivesse me precipitando.

- Você está se precipitando, mon cher. – "Olha, seu jeito de me olhar nem dizia isso..." Pensei com ironia. - Tenho certeza que seus amigos sentem sua falta e que precisam de você lá, mas será que isso é motivo pra você sair correndo assim? Acho até que você entendeu errado quando ele disse que "precisavam de você". – Kuchel argumentava.

- Eu sei... – Respondi fraco. – Talvez ainda seja cedo. Se fosse a Mikasa ligando, talvez eu não considerasse a ideia, mas Armin nunca me chamaria se não fosse mesmo necessário. Ele me entende de verdade. Sempre fomos melhores amigos e ele é muito bom em compreender as coisas.

Ela olhou para Ablon e suspirou derrotada.

- Com toda essa situação, não tenho tanta certeza disso, mas tudo bem. Não entendi muito bem por que o Armin pediu que nos também fossemos, mas se é assim, te acompanhamos onde quer que queira ir, até porque não pretendíamos te deixar sozinho de qualquer maneira. – Ela se levantou, sentou do meu lado no sofá e pegou minha mão, acariciando-a. – Eu sempre vou estar com você de agora em diante. – Deu um sorriso que era o seu melhor desde o que acontecera com o filho.

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