25. Nosso plano

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Para Ackerman não era difícil desempenhar as funções do Smith.

A ajuda de Pixis fora essencial, porém o Capitão não encontrou muitas dificuldades durante os primeiros dias e logo tudo se tornou comum para ele que se adaptava facilmente.

Era certo que sua responsabilidade aumentou e o fato de continuar indo em missões com sua equipe não ajudava muito. Recusou-se a abandoná-los numa parte tão importante do processo evolutivo deles. Dificilmente ia pra casa no horário correto e normalmente trabalhava em domicílio aos sábados. Conciliar as atividades de Capitão com o cargo provisório de Coronel estava esgotando-o e deixando seus nervos a flor da pele. Era como pular duas patentes que pelo visto se faziam necessárias. Era provisório e com responsabilidades compartilhadas, mas bastante complicado.

Algo o incomodava especialmente: acabara de ter Eren em casa como queria e mal podia ficar com ele. A aliança de prata em seu dedo direito dava uma conotação, um ar de noivado, mesmo que já morassem juntos oficialmente como se fossem casados. Pensava no casamento para algum tempo depois, quando o tempo achasse que era o momento certo, só preferiu não conversar sobre isso com Eren para não causar expectativas desnecessárias.

Saíam de casa juntos todos os dias. O treinamento diário ficou a cargo de Mike; Ackerman só estava com eles em missões, pois não queria abandoná-los completamente.

Dois meses se passaram e eles mal notaram, visto que ninguém teve muito tempo para parar e descansar. Naquele dia em específico, era o primeiro domingo de novembro e o sol estava fraco, só iluminava. O vento balançava as roupas leves do grupo que caminhava numa rua perto do parque Phantom.

Eles estavam indo até uma confeitaria que Mikasa descobriu em suas caminhadas pelo bairro com Annie. A garota sugeriu que todos se juntassem na tarde de domingo para que os amigos da base Rose pudessem conhecer as amigas da base aérea em que ela trabalhava.

Sasha e Connie logo se identificaram e iam rindo e conversando pela estrada. Mikasa e Annie haviam firmado seu romance e estavam de mãos dadas, assim como Levi e Eren. Armin e Jean pareciam nunca se resolver, pelo menos não tinham compromisso, mas todos sabiam que andavam ficando e não se envolviam com outros. Desconheciam que Armin é que não queria compromisso; dizia que não era o momento e que tinha outros focos no momento que iam muito além do romance, dizia não ter tempo pra isso; o que chateava Jean, por querer o loirinho só pra si e que todos soubessem disso.

Ymir, Reiner, Christa e Berthold faziam brincadeiras sobre os casais e logo também brincavam entre si. Eles descobriram que tinham muitas afinidades e se sentiam muito a vontade um com o outro, mesmo que tivessem acabado de se conhecer.

Eren e Levi eram os únicos que tinham noção dos motivos para esse bem estar geral logo de cara.

Alegria era a primeira palavra que vinha na cabeça das pessoas que viam o grupo passar pela rua. As risadas se espalhavam e as conversas não deixavam ninguém de fora. O único que estava sempre quieto, como era de se esperar era Ackerman. É, sua personalidade era mesmo assim, todavia naquele momento seu silêncio se devia a algo que o incomodava. Esforçou-se ao máximo para deixar a sensação de lado e dar atenção aos garotos que estava consigo, mas não conseguia se concentrar em mais que três ou quatro frases deles.

A confeitaria que foi o point escolhido era bem comum, mas Levi gostou das decorações dos bolos na vitrine, pediu um pedaço e depois de provar pediu outro.

Tiveram que juntar duas mesas para poder agregar a todos.

- Você é sempre assim, tão mal humorado, emburrado ou sei lá mais o que? - Perguntou Ymir.

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