16. Canção do Executor Parte 1

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•Pessoal, não se esqueçam de VOTAR, ok? ;)•

•••

Levi entrou em seu gabinete, estava furioso e controlava-se para não ir até Irwin e esganá-lo com as próprias mãos.

Havia confirmado suas suspeitas, mas precisava de provas permitidas pelo General, só assim colocaria o canalha do Smith em seu devido lugar, ou seja, a cadeia. Ou o cemitério... Quem sabe?

Sentou-se em sua poltrona; não sem antes tomar um copo de água bem gelada. Inspirou e manteve o ar preso em seus pulmões, depois o soltou bem devagar. Precisava acalmar-se, do contrário seria difícil raciocinar.

Difícil mesmo foi reconfirmar tudo o que já sabia, pois durante os dias de investigação por conta própria sempre havia uma centelha de esperança. Negava-se a acreditar que alguém poderia ser tão falso, medíocre, vil e nojento a ponto de atentar contra a vida daquele que sempre fora um subordinado fiel e um amigo sempre presente, além de trair a confiança de uma mulher que lhe demonstrava todo amor e cuidado para com ele.

Após alguns minutos respirando e usando das diversas técnicas ridículas para se acalmar, técnicas estas que comprovou nunca funcionarem para ele, Levi decidiu que era hora de pedir ajuda a quem era de direito fazê-lo oficialmente, porém, secretamente.

Não sabia que nem seria necessário pedir esta ajuda, ela viria naturalmente devido às circunstâncias.

**

(Quatro horas antes. A leste de Londres.)

Ele estava com medo. Não era como se seu corpo grande e forte fizesse de si uma pessoa realmente forte e corajosa. Gostaria de fugir dali, mas seu chefe o observava e ele não gostaria de decepcionar o líder da quadrilha, precisava continuar com ele, pois isso significava ficar perto de seu irmão, deveria completar aquela missão com sucesso, do contrário, teria sérios problemas futuramente.

O medo se dava, em especial, pelo fato de ter descoberto a pouco quem era o foco daquela emboscada. Um Capitão do Exército. Aquilo era demais, enfrentar alguém tão forte e bem preparado seria um problema. De certa maneira, tinha a impressão de estar fazendo uma emboscada para si mesmo. O homem a quem tinha ordens para matar era conhecido por não deixar brechas, não dar chance de sobrevivência para os inimigos e naquele momento, Brendan era o inimigo.

Teve orientações para permanecer atento e não baixar a guarda, entretanto os pensamentos típicos de uma pessoa covarde o afligiam.

Brian e Brendan eram gêmeos, sendo que quem nasceu primeiro foi o segundo. Ele sempre se comportava como o irmão mais velho, tentando proteger o outro de qualquer mal, mesmo depois que percebeu que o irmão era a figura do próprio mal. Era o líder de uma perigosa quadrilha.

Desde que entrou para o grupo, Brendan não recebeu descrições diretas de como as coisas aconteciam ou de como deveria agir, apenas teve que observar para aprender o que deveria fazer. De início a única certeza que teve foi que seu irmão o líder por merecimento, um merecimento que advinha da crueldade, o respeito que os outros tinham por ele fora conseguido através do medo. A segunda certeza foi de que Brian recebia encomendas de mortes, esse era o negócio principal, "o negocio da família".

Eram sempre homens bem vestidos que entravam na pocilga onde o grupo costumava ficar, pois se escondiam como se fossem uma simples gangue de rua, apesar de serem muito mais, só não era vantajoso chamar à atenção, era conveniente que fossem o mais discretos quanto fosse possível.

Foi com o passar de muitos meses que Brendan entendeu mesmo como era o esquema principal: Os homens ricos e importantes, que não podiam aparecer ligados publicamente a crimes, pagavam e Brian matava; era simples assim.

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