𝟬𝟯 | FIZ UM TOUR ATÉ A MANSÃO QUE OUTRORA, ESTAVA EM RUÍNAS

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Alisha não estava onde a deixei, então supus que colheu as frutas e saiu à minha procura

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Alisha não estava onde a deixei, então supus que colheu as frutas e saiu à minha procura. Eu ainda estava assustada, não tinha como estar bem, afinal, era uma ilha em algum lugar paralelo à terra – o que nunca considerei ser possível –, onde há uma casa abandonada e uma mulher de quarenta anos que diz que há muito tempo espera por nós e que provavelmente sabe todas as respostas das quais precisamos.

Aproximo-me do local onde estão meus amigos, eles se encontram embaixo de algumas palmeiras aproveitando sua sombra, embora não estejam com as melhores expressões. Max é o primeiro a me notar.

— Enquanto estávamos suando, a princesa resolveu fazer trilha? — ele comenta, não sei se está sendo irônico ou só está furioso comigo.

— Ai! Graças a Deus. — Alisha corre e me abraça.

Sinto o impacto do seu corpo contra o meu e me seguro firme para não desabar no chão. Os outros se aproximam mais para participarem da conversa, suas expressões continuam assustadoras. Entendo que estão preocupados, pois sai sem dizer nada. Mas não tem necessidade de reagirem assim.

— Onde você se meteu? — indagou Alisha me soltando.

— E por que está sorridente? — Quem perguntou foi Léo, por não está fazendo nenhuma de suas piadas idiotas, quase me esqueço da sua presença.

— Sorridente? — interveio Rafael. — A garota parece ter visto um fantasma.

Tecnicamente sim, então não quis entrar nesse detalhe. Eu vivi uma cena assustadora agora a pouco enquanto meus amigos, bem preocupados, não faziam ideia do que estava acontecendo.

— Estou bem. — Falo, mas não é bem isso que quero dizer no momento.

Tudo que preciso é encontrar as palavras certas para explicar a eles o que está acontecendo. Tenho os melhores amigos do mundo e cada um tem seu próprio defeito, mas quando se trata de fé e crença eles meio que lutam por uma mesma causa de incredulidade, principalmente o Matheus, o homem devoto da tecnologia.

— Vai nos contar qual foi o pássaro verde que você viu? — Max insiste na pergunta.

— Não foi um pássaro verde — seguro a tentação de mostrar a língua a ele, pois isso seria muito infantil. — Aposto que isso vai deixar vocês chocados.

— Conta logo,  criatura — pediu Matheus, ele é sempre curioso com tudo porque acredita que ainda vai encontrar a cidade perdida de Atlântida. Ele acredita que é um grande tesouro a ser encontrado. E que ainda existirá uma tecnologia capaz de localizar sua posição.

Decido que é melhor meus amigos verem com os próprios olhos para que não fiquem me julgando, principalmente quando o que eles mais fazem é se juntar a causa e vestir o manto dos incrédulos.

— Está bem, eu conto.

— Mas...?

— Mas só se vierem comigo. — Pelas suas expressões eles não gostaram muito da ideia.

A Filha da Lua e a Profecia | Livro 01 (REPOSTANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora