+16 | OBRA ORIGINAL
★ 𝗢𝗕𝗥𝗔 𝗥𝗘𝗚𝗜𝗦𝗧𝗥𝗔𝗗𝗔 ★
DEUSES DE ARTHENEA - ARCO I
Melissa Ferreira é a típica jovem estudiosa e trabalhadora. Desde pequena sempre soube que fora largada na porta da casa de seus pais adotivos, mas que por esse...
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Capítulo atrasado porque esqueci que ontem era segunda kkkkk boa leitura! ♥︎
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A Sra. Lopez surge novamente do nada e meio que estava começando a me acostumar com isso. Ela nos chamou para jantar assim que o sol se pôs, as exatas seis horas, nem um minuto a mais, nem a menos. O que nunca tinha parado para observar e nem fazia ideia de que o sol poderia ser tão pontual, ou que um brilho azul estranho tomava conta do céu quando a noite chegava.
O céu estava limpo, apenas seu negrume resplandecendo o brilho das estrelas em seu infinito solitário. Isso me fazia sentir saudades de casa, nosso lugarzinho simples onde podia-se ver o céu e sua perfeição, sem arranha-céus ou poluição, o silêncio do campo sem o transtorno da cidade grande. E toda a tranquilidade que as coisas simples nos dão.
— O jantar está servido. Não demorem — disse ela e saiu novamente, rumo à cozinha.
Realmente não demorou muito para que nos reuníssemos todos na cozinha, sentados em seus devidos lugares, salivando ao sentir o cheiro delicioso daquele banquete.
A Sra. Lopez não poupou esforços outra vez. Toda aquela refeição parecia ter levado horas para ser preparada, mas a Sra. Lopez fazia parecer que era tudo muito fácil. Pesquei um pedaço do frango assado com batatas servido numa bandeja, na primeira mordida pude sentir o quanto estava suculento.
Servi-me um pouco da salada, que pude sentir o gosto especial do azeite e limão. E na sobremesa, ainda pude saborear o delicioso bolo de chocolate que sobrara do almoço, junto com uma deliciosa torta de maracujá com chantilly.
Não sei dizer como a Sra. Lopez conseguia preparar aquele banquete com sabores tão exóticos, deixando nosso paladar insaciável, desejando sentir novamente aquela mistura de sabores de novo e de novo. Como se houvesse algum segredo mágico por trás de cada refeição, como se fosse um banquete divino preparado devidamente no céu.
Talvez fosse uma coisa boa, depois do que aconteceu, nem imaginaria que meus amigos iriam se divertir tanto à mesa ao fazer suas refeições. Entre risos e conversas fiadas, sorrisos e gargalhadas espalhafatosas, até mesmo Max parecia se divertir. Estava feliz com isso, por vê-los felizes.
Mas, eles estavam felizes demais para alguém que acabou de ser “raptado” por um transportador de objetos e enviados para uma ilha deserta num lugar desconhecido. Estavam sorrindo como se não se importassem com o que deixaram para trás, como se nem se lembrassem de suas famílias.
O que tinha naquela comida?
Por que não me afetava também?
Numa outra ocasião, estaria me divertindo e desejando aquela felicidade a todos eles, mas não queria que fossem “drogados” para sentir essa tal “felicidade”. Procurei pela Sra. Lopez com os olhos, ela estava prestes a sair pela porta que dava acesso ao jardim, ela inclinou a cabeça para o lado e por cima de seu ombro pude ver um sorriso.