+16 | OBRA ORIGINAL
★ 𝗢𝗕𝗥𝗔 𝗥𝗘𝗚𝗜𝗦𝗧𝗥𝗔𝗗𝗔 ★
DEUSES DE ARTHENEA - ARCO I
Melissa Ferreira é a típica jovem estudiosa e trabalhadora. Desde pequena sempre soube que fora largada na porta da casa de seus pais adotivos, mas que por esse...
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Misteriosamente, o quarto de outro mundo da Sra. Lopez, desapareceu. Como desapareceu? Por que desapareceu? Tudo o que meus amigos e eu íamos descobrindo dentro da casa o cômodo magicamente desaparecia, assim como a biblioteca que tinha anteriormente.
— Como ela ousa? Droga! — digo enfurecida.
Max continua encarando as quatro paredes lisas sem se importar com o meu surto. Para diante uma das paredes, cruza os braços na frente do corpo e se vira para mim.
— Não acredito que me fez abrir a porta por nada.
— Você se ofereceu. — Falei o óbvio.
Max deu de ombros e continuou a encarar a parede. E voltei a me questionar, sem nenhuma resposta como sempre.
— Por tudo o que é mais sagrado, como essa mulher consegue fazer tudo isso? Como conseguiu que dois cômodos da casa sumissem de repente sem que nem percebêssemos?
— É meio impossível — Max analisa.
— Exato! Algo assim é impossível, a não ser… — que tivesse “poderes” como eu. Mas isso eu não poderia dizer a ele, ainda não era a hora certa dos meus amigos descobrirem a verdade.
Obviamente que esse pensamento só me ocorreu agora e pelo fato de não ter percebido antes, só confirma minhas suspeitas. O idioma estranho que consegui entender, os cômodos que encontrei e que sumiram logo após sua descoberta. Emília Lopez só podia ser igual a mim. Ter poderes como eu. Mas, exatamente, o que é ela?
— A não ser? — Max me olha confuso.
E agora não faço ideia de como sair dessa, o que poderia dizer a ele que o fizesse acreditar em mim sem revelar meu segredo? Max percebeu o meu nervosismo. Ele se aproximou, ainda de braços cruzados abaixou o rosto para mais perto do meu, olhando sem piscar no fundo da minha alma.
— Está escondendo alguma coisa de mim?
Sim! Simplesmente não conseguia mentir para Max me olhando daquele jeito. E não era só sobre os meus poderes, o que descobri sobre Emília ou até mesmo meu sonho. Naquele estado de completa pressão, poderia confessar a Max até os meus mais profundos sentimentos.
Fiquei alguns segundos com a boca entreaberta engasgada nas minhas palavras e o olhar de Max ficava ainda mais intenso e eu sentia ainda mais pressão. Por favor, tenha piedade!
— Não diga se não quiser, prefiro não me envolver. — Discretamente solto um suspiro, aliviada, mas ele continua. — Por acaso tem um plano? Porque imagino que sair furtivamente da sala e invadir uma sala vazia não foi por diversão.
