Aviso: para quem não gosta de capítulos grandes demais, este capítulo contém 6.179 palavras. Um dos maiores até agora.
Dormi por um dia inteiro.
Já é manhã quando abro os meus olhos no outro dia, a luz forte queimou minhas pupilas fazendo meus olhos lacrimejarem. Esfreguei para afastar o sono espreguiçando-me em seguida, criando coragem para levantar meu corpo da cama e viver mais um dia monótono, outra vez.
Realmente não estava no clima de ter que descobrir o que havia acontecido fora o meu showzinho da noite passada da qual jurei ter visto “gnomos ”. Além disso, tudo o que não queria era abalar a moral do grupo e se não quiserem me contar o que aconteceu, não irei insistir.
Viro-me em direção a mesa de cabeceira ao lado da cama, normalmente sempre deixo um copo com água que é essencial para noites mal dormidas. Só que o que encontro não é o simples copo com água de sempre, mas uma bela jarra com detalhes fascinantes, contendo em seu interior, um belíssimo arranjo de flores. As minhas preferidas.
Vendo o presente não consegui deixar de sorrir, mesmo não sabendo quem o havia deixado. Mas, meu sorriso sumiu no instante momento em que me lembrei que a dona daquelas flores era ninguém menos que a Sra. Lopez. Foi ela quem a deixou?
Agora estava confusa, por que me deixaria flores? A Sra. Lopez era toda misteriosa e cheia de segredos e mesmo assim ainda acredito que não faria tal coisa. Mesmo que eu esteja certa, quem seria corajoso o suficiente para tocar no jardim e em suas belas flores?
Controle-se.
Afastei esse pensamento, sempre que ficava tentando entender a Sra. Lopez e seu jeito misterioso de ser, sempre sentia uma exaustão. Levanto-me depois de lutar contra todas as minhas vontades de permanecer na cama e sigo até o banheiro. Encarei meu reflexo no espelho, sinto que há uma mudança em mim, não sei dizer se é boa ou ruim.
Sinto que estou diferente. Vai ver é esse lugar, escondido, sem localização, até a forma como viemos parar aqui é bizarra. Meras imagens visitam minha mente, flashes do que ocorreu na noite passada, olho para meu pulso, a gaze permanece lá o que indica que a marca também ainda está lá.
Retiro a gaze e encaro a marca, ainda uma única estrela azul sem nenhum significado, como se tivesse feito uma tatuagem após ter bebido a noite toda: — Tatuador, pode fazer qualquer coisa, não ligo se fará sentido ou não.
Pensando assim, parece meio assustador. Não soa como algo que faria mesmo estando bêbada. Não escolheria algo tão fútil para marcar minha pele permanentemente. Pensar sobre isso estava me deixando louca. Não tinha resposta para nada e enlouquecer também não ajudaria.
Decidi tomar um banho e relaxar um pouco, talvez a água fria fizesse aqueles pensamentos irritantes irem embora e finalmente pudesse pensar em nada.
Claro que não deu muito certo, mas tentei ao máximo esquecer o ocorrido da noite passada do qual me lembrava por partes. Concentrei-me em novos pensamentos, não tão bons nem ruins. Lembrei-me de meus pais e quão preocupados estavam agora, se os conheço bem o suficiente, imagino que colocaram a polícia do estado inteiro atrás de mim.
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A Filha da Lua e a Profecia | Livro 01 (REPOSTANDO)
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