𝟭𝟴 | PALAVRAS QUE EXPLODEM COMO FOGOS DE ÁRTIFICIO

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— Sim, eu sou

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— Sim, eu sou. — Tala respondeu sem nenhuma cerimônia, com tanta naturalidade, sem demonstrar nenhuma preocupação. O sorriso no rosto zombando de mim e de meus amigos, mostrando o quanto fomos patéticos, em como ela nos usou todo esse tempo como fantoches.

— Todo esse tempo você sabia quem éramos? — Alisha questionou, tão incrédula quanto os demais.

— Não, não sabia. Sabia apenas quem era a Srta. Ferreira. Fui designada a este lugar para cuidar da princesa e prepará-la para o que está por vir. — Fala em um tom de deboche.

— O que está por vir? — Matheus se interessou.

— Uma batalha. — Tala me olhou. — Nils está vindo, prestes a cumprir a profecia.

— Espera, Nils? Profecia? — Diogo demonstrou confusão, arrancando as palavras da minha boca.

Do que ela estava falando?

O que Kida esqueceu de me contar?

— Calma crianças, sentem-se. Vou contar tudo que desejam saber.

E Tala iniciou uma longa história, do início dos tempos até o presente momento.

Quando fui concebida, havia uma rivalidade entre meus pais verdadeiros e Nils, que pelo o que entendi, governa o Profundo, para onde as almas condenadas vão ao morrer. Nils tinha uma vingança eterna contra meus pais, Tala não entrou em detalhes e não pude entender direito, mas meus pais tiraram algo muito precioso do deus da Morte e agora Nils queria tirar algo deles. Eu.

Nils lançou uma profecia, que nos enfrentaremos em uma batalha e que para sempre, minha alma seria sua. Kida e Saul –, meu pai –, fizeram o sacrifício de me enviar a terra, abandonando sua única filha para o bem de um todo, os deuses e a mim mesma.

Daquele dia em diante, Tala e alguns outros deuses passaram a cuidar secretamente de mim, sob as ordens de meus pais, para garantir que eu viveria até que a profecia se cumprisse. Tala não entrou em detalhes sobre a profecia e demonstrou que não falaria mais nada a respeito, disse que na hora certa, Kida diria tudo.

— Por que não estourei pipoca? — comentou Léo depois de um silêncio ensurdecedor que fizemos, após Tala concluir sua história.

— E quais são os seus poderes? São como os de Melissa? — Lúcia perguntou animada. Olhei feio para ela e ela apenas deu de ombros. Revirei os olhos.

Tala riu de seu comentário ingênuo.

— Não! Cada deus ou deusa possui seus próprios poderes e patrimônios, o que nos torna diferentes uns dos outros. Isso facilita também para que os mortais saibam nos diferenciar na hora de criarem templos e fazerem oferendas em nossa homenagem.

— Ah! Bacana — suspirou, talvez um pouco decepcionada.

— E então, quais são? — Max perguntou impaciente e Tala ficou um pouco desconfortável.

A Filha da Lua e a Profecia | Livro 01 (REPOSTANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora