+16 | OBRA ORIGINAL
★ 𝗢𝗕𝗥𝗔 𝗥𝗘𝗚𝗜𝗦𝗧𝗥𝗔𝗗𝗔 ★
DEUSES DE ARTHENEA - ARCO I
Melissa Ferreira é a típica jovem estudiosa e trabalhadora. Desde pequena sempre soube que fora largada na porta da casa de seus pais adotivos, mas que por esse...
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Era pra eu estar postando conforme o cronograma, só que estou literalmente esquecendo que tem um cronograma.
Sério, gente. Esse ano pra mim já deu, pode acabar!
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Anoiteceu, Lúcia e os demais tiveram a brilhante ideia de fazer um churrasco na beira da praia, como o piquenique anteriormente, realizando o desejo de Léo que estava mais animado do que os outros. Max e Rafael também estavam presentes, graças a Alisha. Foi Lúcia quem me disse que a viu conversando com os dois, agindo como se fosse mãe deles. Provavelmente eles discutiram muito, mas Lúcia afirmou que, seja lá o que Alisha disse a eles, funcionou. E agora, todos estávamos reunidos outra vez.
Isso me lembra dos velhos tempos em que, quase todos os fins de semana, o pai de Alisha levava todos nós para acampar. Onde os meninos se juntavam para assustar as meninas e se divertirem com seu feito. Momentos muito bons esses.
Por falar em lembrança, quando entrei na cozinha para buscar os demais utensílios que iríamos precisar e o restante dos alimentos, a Sra. Lopez veio até mim, séria como sempre, dizendo que queria conversar em particular. Com particular eu sabia bem o que ela queria dizer. E sobre o quê.
— Parece melhor — começou dizendo.
— Sim, estou bem. Acho que meus amigos e eu estávamos exaustos por causa desse lugar e acabamos descontando nossa frustração uns nos outros sem pensar nisso antes. Obviamente comecei tudo isso, então… — dou de ombros, sei que ela compreendeu o que quis dizer. — Mas, agora sinto que estamos nos entendendo de novo e isso é bom.
— Claro, isso é realmente bom.
Posso estar enganada, mas senti um quê de deboche no tom da Sra. Lopez, como se quisesse nos repreender pelo o que aconteceu nos últimos dias.
— Mais alguma coisa? — perguntei vendo que coloquei tudo que precisava na cesta.
— Sim — diz ela. — Como está o seu braço? — faz um gesto insinuativo em direção ao meu punho enfaixado.
— Ah, está ótimo! Como recomendou, não deixo exposto a luz.
— E seus amigos?
Dou uma olhada por cima do ombro para ter certeza de que não tinha nenhum deles por perto. Estávamos nos resolvendo agora, se alguém descobrisse que estava mentindo esse tempo todo, toda essa reconciliação viria por água abaixo.
— Ainda não sabem de nada, acreditam que é um ferimento que ganhei por causa da mata.
— Entendi. — A Sra. Lopez sacode a cabeça levemente e sinto que ainda tem algo a mais a dizer. — Não aconteceu mais nada em relação a isso? Algo estranho?
