Capítulo 49

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     Graças a ajuda de Simon, a tarefa de sair da OSCU, e não ser vista por nenhum agente ou câmera, foi fácil.
       Durante todo o percurso a base OF, meus únicos pensamentos era se realmente estava fazendo a coisa certa. Por uma lado já estava cansada de esperar as respostas caírem no meu colo. Por isso, estou decidida a correr atrás delas.
         O vento gelado daquela manhã batia contra o meu rosto, arrependi-me por trajar apenas o uniforme. Não havia modo de me agasalhar sem chamar a atenção de Sara, sabia que se ela acordasse não me deixaria ir.
      Ao ver que já estava perto o suficiente para ser vista, escondo a moto no meio de algumas folhagens secas, e de galhos de árvores que quebrara.
       Rodeio a base em meio a floresta, procurando o melhor ângulo para entrar. Notando que a cada meia hora os guardas do portão trocavam de posto com outros guardas do lado de dentro, demorando dois minutos para cada um assumir seu posto.
      Meu objetivo é entrar sem ser vista, por isso, aproveito o momento exato da troca de turno e entro com armas em mãos, preparada para atirar se alguém se opor a minha "visita".
      Como obviamente já sabia, o pátio devia estar cheio de agentes, então o modo mais discreto foi avançar por trás dos prédios.

(•••)

     Depois de um longo tempo maquinando uma forma de entrar, finalmente já caminhava pelos corredores da OF em busca da sala de Dylan. E adivinhem? Desde a última vez que estive aqui, a senha continuava sendo a mesma.
        Me sento em sua cadeira, apoiando os pés na mesa. Agora é questão de tempo, até ele decidir dar uma passadinha por aqui.
      Não demorou muito para que meus pensamentos se fizessem realidade. Dylan entra pela sala, mas congela ao me ver sentada em sua cadeira, com um sorriso gélido e sarcástico no rosto. Logo atrás de si, sua querida turminha fantástica aparece.
      Eles tentam avançar, mas Dylan os detém.

-Ah, fala sério, acabaria com vocês em menos de cinco minutos... - debocho.

       Apesar de saber que teria boas chances de ganhar, o fato de ser 6 contra 1 me deixava um pouco nervosa. Algo que não deixava transparecer.

-A que devo a honra de sua visita? - pergunta Alex.

-Saudades... - respondo sínica.

-Será que poderia tirar os pés da minha mesa? Ela é nova! - diz Dylan.

      Reviro os olhos, mas mesma assim obedeço e tiro os pés dali.

-Satisfeito?

-Ainda não, o que veio fazer aqui?por acaso alguns recado do seu chefe?

-Não... Luiz não tem nada haver com isso... vim apenas falar com você. - digo.

-Não tenho nada para falar com você, peguem -na! - grita.

    Seus agentes avançam mas são interrompidos por seu chefe após ouvir minhas palavras:

-É sobre a Alexia... -digo rapidamente.

-O que quer saber sobre ela?

-Quero saber tudo o que você sabe sobre a minha mãe! - disse com firmeza, e seus olhos se arregalam em perfeita surpresa. jurava que a qualquer segundo ele poderia ter uma parada cardíaca.

-Saiam todos ! - ordena, o todos o olha curiosos.

        Apesar da curiosidade explicita no  olhar de cada agente, eles obedecem, deixando Dylan e eu a sós.

-O que você disse?

-Esta surdo?

-Isso é mentira, a filha dela morreu...

-Sou a prova viva de que isso não aconteceu...

-Por que não perguntou ao Luiz?

-Tenho certeza de que ele não me responderia. Vai me ajudar ou não?

Agente MorganOnde histórias criam vida. Descubra agora