Capítulo 57 parte 2

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-Agus? Caramba que susto!!

Ele ri.

-Me desculpa, só queria fazer uma surpresa...

-Essa surpresa quase me matou do coração!

-Você não respondeu a minha pergunta...

-Senta seu bobo!

-Será que agora posso receber meu beijo?

-Vou pensar... - disse cruzando os braços.

-Vem cá.

Sinto lábios macios tocarem os meus, transmitindo uma corrente elétrica por todo o meu corpo. Suas mãos abraçam minha cintura, colando meu corpo ao seu, ficamos um bom tempo juntos até finalmente meus pulmões clamarem por ar e sermos obrigados a nos separar.

-Não sabia que você estava namorando...

Avisto Luiz no alto das escadas, o qual descia lentamente, carregando um sorriso sério e zombeteiro nos lábios. Nos afastamos envergonhados.

-O que faz aqui? - indago.

-Vim visitar minha filha... É proibido?

- Resolveu dar uma de "papai do ano"? E que história é essa de todo mundo invadir meu quarto sem permissão?

-Se você quiser posso voltar outra hora...

-Não! Fica, eu gostei da visita...

-Como quiser. Mas e aí? Você está namorando minha filha? - pergunta, encarando Agus.

Ignoro a parte esquisita de ouvir a palavra filha saindo de sua boca e me concentro na conversa que os dois teriam.

-S-sim. - gagueja.

Luiz que até agora estava sério, solta um grande sorriso, deixando meu namorado mais tranquilo e relaxado.

-É... bem, acho que vou deixar pai e filha sozinhos... volto mais tarde. - diz Agus subindo as escadas até elevador.

-A que devo a visita? - questiono sentando no canto da cama de Sara.

-Queria apenas saber como você estava.

-Estou bem.

Ele imita meu jesto.

-Viu as fotos da caixa?

-Somente algumas, são muitas. - disse abraçando um travesseiro. -Sabia que o Dylan disse que ele é meu pai?

-Ele um mentiroso...

Desejava muito saber como tudo aconteceu, cada detalhe da morte da minha mãe. Isso pode parecer meio sádico, ou até mesmo psicopata, mas acho necessário saber de tudo. Afinal, mantive minhas dúvidas durante séculos. Entretanto entendia que aprofundar naquele assunto poderia trazer lembranças dolorosas para ele.

-É, eu sei. E eu como boba acreditei.

-Você não tem culpa, se estivesse no seu lugar faria a mesma coisa. Me conte, como anda o namoro de vocês? - questiona, voltando ao assunto Agus.

-Na verdade começamos a namorar hoje. E ele é bem carinhoso comigo.

-Bom mesmo, se não eu quebro a cara dele!

-Epa vovô, calminha aí! - digo rindo. -Não é bom idosos usarem a violência.

Ele sorri, aceitando a brincadeira, mas em seguida é tomado por seriedade.

-Natasha... eu realmente não menti quando disse que vim aqui para te ver. Mas outro motivo também me trouxe aqui, precisamos de você.

O olho, com a mesma expressão, esperando que continuasse.

Agente MorganOnde histórias criam vida. Descubra agora