huit

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Novo capítulo meio demorado, porém maior do que todos e com focus no otp, então relevem ^.^.

Boa leitura sz.

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A situação ainda estava desconfortável para ambos. Alya não voltava há muito tempo com Nathanael, e Adrien se perguntara o que a morena tanto falava com ele.

Ora ou outra cruzavam olhares de soslaio, e resultava apenas nisso. O loiro suspirou impaciente com o momento que deveria ser seu e dela, porém como já pensava: não era seu dia. Mas não deixaria assim.

— Eles estão demorando não? — a garota levantou o olhar para o dono da voz.

— Sim... e o pior é que Nathanael ia na cantina comprar minha refeição. — foi como uma lâmpada acesa em sua mente.

— Então não quer vir comigo? Também tenho que ir lá.

Se levantou do banco estendendo sua mão na direção dela, que depois de avaliar brevemente seu pedido, acenou com a cabeça ficando de pé também, sem dar a mínima para o gesto de Adrien. Ele retirou rapidamente sua mão, frustrado pelo possível toque que poderiam ter. Talvez não devesse ser tão... iludido.

Caminharam lado a lado, mais uma vez em silêncio. E o incômodo estava estampado na face dele. Marinette percebeu isso, e uma culpa logo pairou em sua consciência. Apesar do que passou por causa de Adrien, não conseguiria ignorar o mal estar de alguém, mesmo que seja vindo de quem a fez sofrer no passado.

— Hm... como vai, em casa? — amaldiçoou-se pela pergunta tosca que fora a primeira a vir em sua mente.

Ele a encarou, tanto mais aliviado pela tentativa de assunto.

— Mesma coisa de sempre: meu pai trabalhando muito na marca Agreste como se não tivesse filhos, minha mãe ainda desaparecida sem explicação, muitos photoshoots e brigas com... — não, não iria terminar a frase. Iria falar demais.

— Com...? —"não incentive Marinette."

— Ninguém. Deixa pra lá. — respondeu cético.

Engoliu seco quando chegaram no balcão, com poucas pessoas. A azulada ainda tinha os olhos cravados em Adrien, explodindo de curiosidade. No entanto imaginava que seria Félix, já que no dia da confeitaria eles demonstraram claramente que não se suportavam. E pela convivência vivida com Alya, aprendeu a tirar mais suas dúvidas pois a morena não tinha a menor vergonha de se expor, ao contrário dela. Com certeza tiraria essa história a limpo.

— Não quer pedir primeiro? — perguntou gentil indicando a pequena fila formada no caixa.

— Não, não, não precisa. Vai primeiro.

— Por favor Marinette, eu insisto. — sorriu ladino. Ela acreditava que a generosidade era genética da família. Bom, com exceção de Gabriel aparentemente.

— Então tá.

Ela se posicionou em frente dele. De certa forma, isso a fazia se sentir pequena porque Adrien era no mínimo uma cabeça mais alta. Desde que tinham quatorze anos, ele sempre fora maior, e agora quase fazendo dezenove e ela dezoito, a situação nunca mudou.

Ela se encontrava pensando no histórico de relacionamento de ambos. Recordou-se de quando a azulada achou Adrien maquiavélico como Chloe pelo episódio do chiclete no assento, do guarda-chuva emprestado debaixo daquela tarde tempestuosa nunca inesquecível, o cachecol azul feito com tanto carinho, a resposta do poema, e entre outros. Até que tinha um bom índice de lembranças afinal.

O jeito sempre atencioso na qual tinha, que era inegavelmente um dos aspectos mais marcantes de Adrien Agreste. Comparando à atualidade, houve mais modificações físicas como a barba rala da mesma cor de seus cabelos dourados dando sinal de masculinidade, os ombros bem mais largos, os fios agora grandes e desengonçados e as vestes variadas. Porém a personalidade continuava, e isso era uma das particularidades que ela admirava no rapaz.

Half of Person❌MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora