Demorei again, eu sei. Também sei que talvez vocês queiram me matar nesse capítulo masok e.e. O importante é viver emoções, e uma dessas foi meu nojo ao escrever mas enfim né, fazer o que. Espero que gostem!
Boa leitura sz.
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Marinette realmente odiava ser precipitada. Ela deveria aprender a lidar com Adrien de frente, não apenas fugir. Estava grandinha demais para agir como uma criança imatura e receosa, ainda mais quando isso terminasse com ela totalmente deslocada na casa. Iria mesmo ao banheiro, porém estava lotado de mulheres vomitando álcool e maquiando-se, portanto teve que ficar no corredor amontoado de pessoas desconhecidas. Algum instinto não a permitia voltar para o bar, já que era provável que Adrien continuava lá. Orgulho era algo que ela com certeza teria que aprimorar de fato.
Olhando para os lados, sem saída, simplesmente moveu as pernas torneadas seguindo reto para a direita, em busca de algum conhecido. Pouco depois, entrou num cômodo espaçoso e deserto, e notando os objetos ali presentes, deduziu ser a cozinha. Avistou um copo vermelho vazio na bancada de mármore obscuro, e decidiu beber água. O pegou e foi em direção da geladeira que provavelmente era o dobro da sua, e achou uma garrafa vermelha de vidro com conteúdo transparente. Deu de ombros e despejou no copo até enchê-lo. Sua garganta seca causada pelo desconforto do local e de Adrien tornava aquela bebida cada vez mais desejada, logo tomou tudo num gole só.
Mas houve uma sensação esquisita, a fazendo fechar os olhos fortemente e sentir seu esôfago queimando enquanto o líquido descia. Com a abrupta ação, tudo ao redor parecia desfocado, e uma leve tontura se apossou da sua mente. Quando conseguiu enxergar melhor o lugar onde estava, apenas pensou um "droga". Olhou mais uma vez a garrafa de vidro procurando por algo, mas nada continha. Claramente aquilo não era água, e curiosamente Marinette descobriu ser fraca para bebidas.
Se apoiou na bancada ao lado do eletrodoméstico, e suspirou. Será se aquilo era vodca pura?
— O bom e velho Serra Silver... pelo visto nunca tomou não? — uma voz rouca atingiu seus ouvidos repentinamente.
Ela levantou o olhar e viu um homem de olhos castanhos e cabelos escuros até a altura dos ombros. Ele a encarava intensamente, porém sua expressão era ilegível. Suas mãos nos bolsos e fios rebeldes o deixavam com um ar de 25 anos, exalando um odor de um forte perfume e outra substância, talvez de bebidas.
— O que é isso? — perguntou piscando para adaptar melhor a claridade.
— Uma ótima tequila mexicana. Achou que era vodca? Pela sua reação, imagino que, ou seja por experimentação, ou pensou ser água. — disse um tanto irônico, dando um passo em proximidade.
— Água... ah, mas que droga... — tampou os olhos com as mãos sentindo uma culpa imaginária caindo sobre sua cabeça.
— Hey, tudo bem... acontece... — passou a língua entre os lábios e se aproximou ainda mais de Marinette, chegando em sua frente. Instintivamente, ela se afastou, esgueirando-se pela bancada.
— Não, não, tenho que encontrar meus amigos...
— Hey, calma chouette*. Não sou um maníaco que vai te atacar... — deu uma pausa longa. — Apenas, não sei, quis te conhecer melhor... embora já saiba que você não se dá bem com álcool.
— Eu não sabia que era. Na garrafa não tinha absolutamente nada. — declarou fitando o nada, e ignorando as aparentes intenções vindas dele.
O estranho pegou a embalagem da bancada e a avaliou, logo após curvou os lábios em sinal de vitória.
— Veja... creio que estava desesperada. — apontou para a parte inferior onde havia um médio rótulo destacando "Serra Silver" e "Mexique".
A azulada abriu a boca singelamente se sentindo absorta. Não evitou suas bochechas de esquentarem e ele mantinha o sorriso com dentes perfeitamente alinhados e brancos.
— Ok, estava desesperada... você ganhou. — cruzou os braços. — Mas como você sabia disso?
— Apenas... soube.
— Hm... — respondeu simplesmente.
Mantiveram-se em silêncio, somente ouvindo a música e gritos abafados pelo cômodo. Até que o estranho o quebrou.
— Então, vou te mostrar a parte da piscina. Há uma árvore grandiosa, e não está muito cheia. Sinto que não gosta muito de multidões, apesar de que conseguiria arrastar muitas atrás de você... — sua voz rouca conseguiu fazer seus pelos arrepiarem. Apenas não sabia se isso era bom ou ruim. E se ele a estava paquerando, havia complicado mais ainda.
Marinette se encontrava numa enorme indecisão. Ao longo da vida, aprendeu que não conseguia confiar plenamente em desconhecidos para qualquer coisa. E isso alastrou-se ainda mais depois de Louis. Não que ela o considerasse grande pódio, porém no decorrer da relação (se é que se pode chamar assim), mesmo com todos aqueles defeitos desprezíveis do rapaz, notou que havia uma certa cumplicidade entre ambos. E quando ocorreu o acidente, a traumatizou também nesse quesito. Sem contar Chat Noir que se tornara alguém completamente imprevisível. Ela nem queria recordar-se dele no momento.
No entanto, ainda com o plano de tentar ser menos neurótica por esta noite, somente acenou a cabeça para cima e para baixo, ganhando um largo e intenso sorriso acompanhado de covinhas em suas bochechas.
Ele ofereceu a mão direita para a mesma, que retribuiu. Afastou todas as paranoias sobre o não apresentado da sua mente, e foi conduzida para o jardim na parte traseira da mansão. A piscina estava limpa, reluzente pela luz da lua e o céu vasto, numa imensidão azul escura. De fato havia um majestoso plátano no canto direito, ao lado de uma estrutura semelhante a uma casinha de serviçais, aparentemente vazia. Noites de verão sempre as preferidas de Marinette. O moreno a guiou até atrás da árvore de frente para o muro de tijolos. E então ela ficou em sinal de alerta.
— Você não é de falar muito não? — agora com a proximidade, ela percebeu o odor de álcool emanando dele.
— Não.
— Ah, qual é. Deve ser esse um dos atrativos em você, além da beleza... maravilhosa... — disse lentamente, levando a mão ao seu rosto.
Mal começou a noite e ela já se arrependeu de não ter seguido seu parâmetro desconfiado de tudo e todos. Isto é, o desconhecido tinha uma boa aparência, porém além de Marinette nunca se sentir confortável com elogios (vindos de algum estranho especialmente), ele basicamente estava bêbado.
"Onde eu fui me meter?".
Permaneceu calada, com o turbilhão de xingamentos mentais na sua cabeça. E quando iria dar um sorriso amarelo, junto com alguma desculpa esfarrapada, ele se adiantou.
— Já que ficará calada, acho que pode usar essa boca pra algo melhor...
Oh, merda.
Em questão de milésimos, ele a prensou no tronco da árvore com o corpo e agarrou suas mãos para cima, colando urgentemente os lábios nos dela. Marinette arregalou os olhos azuis em pânico, e mantendo os fechados, lutando com o insistente pedido de passagem da língua dele. O maldito havia bloqueado qualquer movimento, o que a deixava mais angustiada pela vontade de chutar suas partes íntimas e sair correndo. Tentou gritar, mas sem abrir a boca por motivos óbvios, portanto apenas gemia desesperada em meio das lágrimas causadas pelo vigor bruta que ele exercia. Nojo, era o que sentia.
Nojo.
Tentava mover suas pernas e braços, porém ele era mais alto e forte. Ela estava quase desfalecendo, a mercê daquela situação deplorável. Novamente. Fechou os olhos, cansada pela inviabilidade de qualquer ato, esperando o pior.
Até que ele repentinamente sumiu.
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* Chouette: relacionado à aspectos bons, agradáveis.
Desculpa, adoro uma treta kkkk. Se é de uma mesma forma enjoativa, sorry, mas não vou negar que ansiava chegar nessa parte. Bom, tan, tan, tan, o que vai acontecer? Nosso Adrien Chá No Ar Maravilha brotou lá? Tan tan tan u.u.
Bxs sz.
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Half of Person❌Miraculous
Fiksi PenggemarUm dos maiores medos de Marinette era de se meter em problemas incapazes de se resolverem. Porém não imaginava a gravidade da situação que entrara a partir do momento em que inesperadamente conheceu aquele ser tão intrínseco, cujo desencadeou uma sé...