onze

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Um grande esforço pra desenvolver esse capítulo, então, sinceramente, sofri. Demorou bastante, mas entendam porque não foi tão fácil, além da internet. Bom, aviso rápido: a partir desse capítulo, a história vai ter um clima mais... tenso digamos. E é necessário, apesar de criar tudo de última hora. Há palavras de baixo calão, insinuação de drogas ilícitas, e etc... Então quem quiser parar por aqui, sinta-se a vontade, de boa.

Aviso dado, quem não se importa com isso, bem, boa leitura sz.

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As horas se passavam e nada do sono se apossar de Marinette. Ela se revirava várias vezes na cama, até que cansada, optou por sair e ler algum de seus livros quase empoeirados na prateleira em que a leitura nunca terminara. Não que ler a desse sono, mas parecia a melhor opção.

Levantou-se e andou preguiçosamente até o local. Pôs a mão no queixo, escolhendo qual leria, e depois torceu o nariz — era uma dúvida enorme. Embora não possuísse muitos livros (no máximo doze por conta da sua seletividade em excesso), todos ali eram ótimas alternativas. E a disputa estava bastante acirrada entre Laranja Mecânica e 1984 — ambos lidos até a metade e completamente fascinantes. Ponderou por segundos e o primeiro havia ganhado. Tinha que admitir uma queda por ficção científica afinal. Retirou-o da prateleira e assoprou a leve camada de poeira no livro. É, ela realmente tinha que voltar à ler mais como antes.

Foi à escrivaninha, ligou o abajur, ajustando-se na cadeira corretamente e o abrindo na página onde havia parado. Forçou sua mente a lembrar da situação e então, começou a ler.

Bom, iria começar, até ser interrompida na quarta palavra.

“Koshka”.

Não seria uma mera coincidência.

— Não sabia que tinha tão bom gosto assim, my princess.

Ali estava ele. Com o sorrisinho ladino e olhos verdes vibrantes e enigmáticos, de pé na janela, antes de descer e caminhar vagarosamente em sua direção, a avaliando. Não pudera deixar de perceber as vestes tão... minúsculas. Realmente tentava ignorar esse fato com todas as forças. Tentava.

Marinette engoliu seco, paralisando mais uma vez naquele dia. Era um choque; afinal ele mesmo jogara na sua cara que não queria mais vê-la. Chat notou sua reação e cogitou a dimensão que aquilo a afetou. E ele não tinha meios para explicar a situação pois nem o próprio sabia ao certo como acontecera. Estava ferrado.

— O que está fazendo aqui? — Adrien nunca ouviu sua voz tão fria.

— Vim te visitar e expli-...

A azulada levantou da cadeira, o encarando furiosa. Oh, como estava ferrado.

— Explicar o que Chat?! Se você já deixou bem claro que eu sou uma estúpida! Veio me xingar mais?! Vamos então! — gesticulava violentamente aproximando-se dele. Seus olhos azuis, agora escuros como nunca, transbordavam raiva.

— Explicar justamente isso! Marinette, por favor, me dei-... — é mais uma vez obstruído.

— Não tem nada pra expli-...

— PODE PARAR DE ME INTERROMPER?! — gritou irritado, vendo ela recuar dois passos. Por sorte, seus pais não estavam em casa. — Olha... — respirou fundo diminuindo sua entonação. — Nem sei porque vim! Apenas senti necessidade de falar com você! Sobre isso, só sei que aquele Chat Noir não era eu! — suplicou com gestos.

— Como não era você?! Eu te conheço idiota! Era você sim! — ele se ofendeu com o comentário, mas preferiu ignora-lo.

— Se você me conhecesse de verdade, saberia que nunca faria isso! — esbravejou cético.

Half of Person❌MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora