neuf

887 100 47
                                    

Eu sei que era pra ser atualização dupla, mas como eu só consigo escrever de madrugada por causa do silêncio, ultimamente tô
meio cansada pra escrever. Além de que fico ansiosa pra postar quando termino um capítulo. Me perdoam? Juro que na próxima eu faço.

Boa leitura sz.

-------

"Nenhuma quantidade de fogo ou de frescor pode competir com aquilo que um homem pode armazenar na fantasmagoria de seu coração."
- O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald.

Embora ainda atônito pelo ocorrido, optou levantar-se e seguir até a sala, e para também evitar que fosse chamado atenção pelo supervisor, é claro. A maioria dos alunos já tinha se dispersado para suas classes, então caminhou calmamente ao seu destino. Por outro lado no entanto, quanto mais passos dava em proximidade, mais sua mente contrariava, já visando o constrangemento que passaria apenas de estar num mesmo lugar que Marinette depois de tudo que aconteceu.

Agora havia perdido chances como Chat Noir e Adrien. Que maravilha.

Queria acreditar que poderia reverter o jogo, que não se daria por vencido. Que iria consegui-la, como desejava nesse tempo todo, e ninguém mais a tiraria de seus braços. Não podia perder outro alguém que amava. Já bastou sua mãe ainda sem notícias e o pai, mas indiretamente pois continuava vivo - apenas às batidas do coração. Sinceramente, havia ficado sem esperanças sobre ela estar viva. E quanto à Marinette... ela era sua única determinação. Ele se lançara à sua paixão criativa, acrescentando detalhes todo o tempo e tinha receio de que tudo fosse apenas uma linda e inerte ilusão. E mesmo com tudo isso, somente sentiu-se cansado o bastante para não querer nem um conforto próprio e sim uma folga definitiva de sua vida problemática.

Entrou no local, prendendo a respiração. Praticamente todos estavam sentados em seus assentos, porém conversando entre si, não dando a mínima para o recém inquilino. Procurou ela com o olhar, e a encontrou no fundo da sala arroadeada por Nathanael e Alya. Não conseguiu distinguir seu rosto no entanto. Seguiu e sentou-se cabisbaixo no típico lugar, tentando ignorar o que viu, e ainda com um peso imenso incomodando suas costas e coração - na verdade mente, por razões biológicas que o mesmo aprendera e tantava se auto corrigir. O único peso que conseguiu se livrar fora o ar preso em seus pulmões ardentes buscando uma respiração estabilizada. Já significa algo pelo menos.

Em seu inferno individual, nem percebera Nino e Chloe o observando. O moreno encarava o amigo realmente preocupado. Mas antes que fizesse algo, a loira chegou por perto.

- Adrien amour! Por quê está assim? - a falsa e irritante voz ecoou na audição dele fazendo sua cabeça doer.

- Não é da sua conta Chloe. Por favor, me deixe em paz. - tentou segurar os nervos e pediu educadamente a garota, o que na verdade preferia mostrar jogando-a pela janela.

- Uh! Como assim não é da minha conta?! - seu tom ficara agressivo e sua vontade própria aumentava mais ainda... - Sabe há quanto tempo nos conhecemos e temos uma relação? Não-... - irritado, decidiu corta-la, no mínimo por hoje.

- Que relação Chloe?! - sem querer aumentou a entonação a encarando fugaz. - Você nem ao menos se toca não é? Vive só nesse seu mundinho imaculado, sonhando que todos lhe adoram, porque você sabe muito bem que não é assim. Todos lhe desprezam, inclusive eu, e com razão! Você é tão patética que só de ouvir sua voz, dá uma sensação de nojo. Nojo Chloe! - ela se mantinha de olhos arregalados e encolhida a cada palavra, atingindo-a como socos, e com os olhares chocados ao redor. - Ter dinheiro e um pai que a mima não a faz diferente de ninguém, ou melhor, apenas te empobrece. Sente inveja de quem tem um caráter verdadeiro, por isso tenta ferrar com a vida deles, humilhando e se desfazendo para se sentir melhor consigo mesma. Você não passa de uma garotinha tola, vazia e solitária afinal. Agora, voltando ao que pedi educadamente antes e fui ignorado, não, não é da sua conta e me deixe em paz!

O clima estava silencioso e tenso. Ninguém atrevia-se a pronunciar. Os olhos azuis de Chloe estavam marejados, assustados. Aliás, todos no ambiente se encontravam artudidos com a atitude do rapaz, que sempre fora tão calmo e paciente com os surtos dramáticos dela.

- I-isso não v-vai ficar-r assim! - falou trêmula antes de correr porta afora, sendo seguida por uma Sabrina chamando desesperadamente seu nome.

O foco era Adrien. Cada um com um questionamento próprio, porém o em comum:

O que havia acontecido com Adrien Agreste?

Era uma boa pergunta.

-------

Oeee. Sim, mais curtinho e envolta de O Grande Gatsby porque (finalmente!) terminei o livro e vi o filme do Dicapriozinho, então tô meio nessa vibe. Se caso houver alguma injustiça e o Adrien morrer não é culpa minha :v. Leiam e sofram de raiva comigo.

Bom, espero que tenham gostado e vocês não sabem como estou feliz em do nada receber vários votos e comentários, muito obrigada MESMO. Bxs sz.

Half of Person❌MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora