Quinze♥

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Paixão que renasce.

Harry’s P.O.V
Eu não sou uma má pessoa. Eu sempre tentei ser um bom estudante, filho, sobrinho e namorado. Mas se tem algo que eu nunca treinei foi ser um bom irmão. Eu não sabia o que era ser irmão até aquele ano. Eu não sabia como lidar com uma adolescente em crise. E agora a Lexi estava entrando na faculdade, virando adulta, prestes a morar sozinha em Nova Iorque e eu estava aqui em um noivado sem fim com uma mulher que eu já não amava. Pelo menos não como antes. Ela havia decidido ir para uma faculdade maior em NY e morar no alojamento de estudantes.
E Sabe o mais frustrante disso tudo? É que eu estava apaixonado por uma pessoa que era proibida para mim, pela minha irmã. Pela minha teimosa e louca irmã. E, claro, ela não sentia isso por mim, ou fingia. Mas fingia tão bem que, no final das contas, havia desistido de acreditar nisso.
Depois da ida do alemão para a sua terra natal, confesso que pensei que nossa relação ia mudar. O que não aconteceu.
Eu, um homem de vinte e cinco anos, estava fodido. Literamente fodido.

- Filho? – A voz surpresa de minha mãe a me ver na porta de sua casa me confortou.
- Oi, mãe, pensei em jantar hoje aqui. Tem algum problema?
- Nenhum! – Ela disse animada. – Lexi está terminando de arrumar sua mala.
- Ah, ela vai mesmo?
- Para nossa tristeza... – Ela deu espaço para que eu entrasse em casa. – A ida de Richard para a Alemanha a abalou muito, tenho que confessar.
- Eu nunca gostei dele... – Confessei e sentei no sofá. – De qualquer forma acho que ela se dará bem em NY.
- Eu já não sei. Mas confio nela, acho que ela pode passar por isso como experiência. – Ela sorriu e pegou em minhas mãos. – E você, hein? Está animado para o casamento?
- Ah, digamos que sim...
- E você conseguiu tirar a idéia de maluca da Monick de voltar para a Inglaterra?
- Não, infelizmente não. E isso me deixa frustrado.
- Você devia tentar um pouco mais. Podia morar em NY, perto da sua irmã.
- Acho que não é uma boa idéia. – Sorri para mim mesmo, já com uma voz de tristeza.
- Eu acho uma ótima idéia. A Lexi ainda é menina, apesar de tudo. Ela vai deixar a Karen e o Ryan aqui e vai encarar uma vida lá.
Nada falei a respeito. Mamãe falou qualquer coisa e voltou para a cozinha. Ouvi passos vindos das escadas e Lexi descendo logo em seguida. Ela me olhou e sorriu:
- Ei, Harry...
- Oi, Lexi. Como estão os preparativos?
- Tranqüilo.
- Quando você vai?
- O ônibus sai às três de amanhã. A primeira viagem ao campus, no final da semana eu volto.
- Você vai de ônibus?
- É, mais ou menos... – Ela andou até mim. Estava tranqüila, mais corada. Mas estava relativamente mais magra e com um rosto um pouco cansado. – É que amanhã mamãe vai ter uma reunião e papai vai fechar um contrato.
- Se isso for o impedimento, eu posso te levar.
- Não, imagina, Harry... Não se preocupe. – Ela sorriu e depois levantou indo para a cozinha. Quando ia fazer o mesmo, meu celular tocou. Era Monick.
- Alô, Monick?
- Onde você está? Estou bem na porta da sua casa e...
-Eu vim almoçar em casa, Monick.
- Ah... Tudo bem, eu estou indo praí.
- Não... – Falei quase que instantaneamente. – É que eu mesmo não tinha avisado pra mamãe que ia vim e ela não fez muita comida. Você se importa? Depois posso ir te pegar a tarde.
Ela bufou um pouco. Era típico de Monick fazer aquilo quando não conseguia o que queria.
- Eu compro mais comida, amor...
- Não, Monick. – E isso me irritou mesmo. – Não é não! Hoje estamos reunidos para despedida da Lexi também. E não quero você trocando farpas com ela no almoço.
- Eu não tenho culpa se ela me odeia.
- O sentimento aí é mútuo. Olha só, preciso desligar. Mais tarde te ligo. Tchau.
Desliguei antes que ela protestasse. Eu estava começando a me irritar com ela. Fui a cozinha e encontrei Lexi rindo e conversando qualquer coisa com a mamãe.
- Eu vou para Nova Iorque amanhã fazer uma transferência, inclusive. – Falei e Lexi me olhou. – Quer ir comigo?
- Tanto faz... – Ela deu os ombros. Ela havia crescido tanto assim que nem uma insinuação de dar carona à ela não fazia mais nenhum efeito?
- Mas vou bem cedo... Então você teria que dormir lá em casa.
- Tudo bem... - Ela continuou enxugando os pratos e pondo-os em cima da mesa. -Onde está papai? – Ela perguntou mudando de assunto.

Incest | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora