Sete♥

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Enrique Iglesias - Tonight I'm Fu*king You
(Quando for solicitado, dê play na música para ouvir enquanto lê, mas apenas quando for pedido)
Boa Leitura!!

.

Abri a porta de casa e dei de cara com Harry escorado na parede e olhando para mim.
- Credo, você parado assim me assusta.
- Onde você estava?
- Eu fui caminhar no parque.
- E desde quando você caminha no parque nesse horário?
- E desde quando você conhece minha rotina?
Ele bufou e virou os olhos, saindo da posição em que estava.
- Eu vou tomar banho - falei, passando por ele, e virei de uma vez: - Ei, você pode me ajudar com uma matéria de biologia?
- Qual?
- Bioenergética.
- Claro, claro. Depois do jantar eu te ajudo.

...

- Então é isso. Essa fermentação é realizada por bactérias. As acetobactérias que produzem o ácido acético. Na prática, ela é usada para a fabricação de vinagre.
- Ela também é usada para o azedamento de vinhos, né?
- E alguns sucos de fruta.
- Ah, então - fechei a apostila - obrigada.
Ia levantar quando ele falou:
- Não tem mais dúvidas?
- Não, obrigada.
Subi as escadas e guardei a apostila dentro da minha bolsa. Quando olhei para trás, vi que tinha deixado a porta entreaberta e Harry já estava dentro do meu quarto.
- Perdeu alguma coisa aqui? - perguntei, colocando minhas mãos na cintura.
- Sim, minha sanidade.
Então ele deu dois passos e me puxou, fazendo com que nossos rostos ficassem muito próximo um do outro. Seu olhar, que estava em meus olhos, caiu sobre minha boca. Fechei os olhos e ele encostou seus lábios nos meus. Ficamos assim por alguns segundos, até que senti sua língua passar pelos meus lábios e de fato nos beijamos. Ele me apertava contra seu corpo e eu abri mais a boca para ele aprofundar o beijo. Passei minhas mãos pelos seus ombros e segurei sua nuca. Vi que ele queria recuar, mas o puxei mais para perto e a ideia de recuar sumiu completamente. Ele passou a boca pelo meu pescoço e fechei os olhos, levantando a cabeça.
Quando sua mão passou pela barra da minha blusa, encostando em minha pele, eu o empurrei. Ele estava ofegante e me olhou sem entender. Eu caminhei até ele e disse ao seu ouvido:
- Você não é meu irmão? Então dessa fruta aqui você nunca vai provar. É pecado.
E o empurrei para fora de meu quarto. Fechei a porta e comecei a gargalhar. Ouvi um palavrão e ri mais ainda. Deitei na cama e fiquei imaginando o que teria acontecido se tivéssemos continuado. Aquele pensamento me dava um frio na barriga.
Sua língua era quente e seu toque poderia me levar à loucura. Mas, para mim, vê-lo perder o controle era mais prazeroso ainda.
Eu o desejava, era verdade. Mas também queria que ele ficasse louco por mim, algo que não estava longe de acontecer.
- PUTA QUE PARIU! - Ele socou a parede e eu ri ainda mais.

...

- Karen, pode ir me contando tudo que está acontecendo, porque, sério, eu não agüento mais você sumida.
- Eu vou contar, é que...
- Vamos, Karen, você não confia em mim? Anda logo, conta.
Ela hesitou um pouco:
- Lembra do Denis?
- Sim, o doido.
- Ele me ameaçou.
- Ameaçou? Me conta isso direito. O que ele disse?
- Que se eu não voltar com ele, ele me mata.
- E você não o denunciou? Por Deus, Karen, o que você está esperando, menina? Que ele te mate?
- Eu já denunciei, eu só não quero que complique pra mim.
- Nada vai complicar pra você, se você o denunciou, eu tenho certeza que já está tudo resolvido. Você não precisa se esconder a vida toda.
- Me dê umas duas semanas, ai eu volto ok? E você? Como está?
- Muito bem.
- Fez as pazes com seu irmão? Da última vez que falei com você, você queria matá-lo.
- Fiz não. Ele continua com raiva de mim, e eu dele.
- E isso é bom?
- É ótimo.
- O que você andou aprontando?
- Nada. - Ri e ouvi a campainha. - Karen, vou ter que desligar, alguém chegou aqui.
Desliguei o celular e corri para atender a porta. Quando abri, dei de cara com Bruce sorrindo.
- Oi? - ele falou sorrindo de lado.
Minha respiração falhou. O que ele fazia ali?
- Oi... - respondi e sorri.
- Eu... vim me despedir.
- Se despedir? Por quê?
- Estou indo para Nova Orleans.
- Você vai embora?
- Vou.
Balancei a cabeça.
- E vai assim? Um "até logo" e pronto?
- Eu tenho que ir... - ele falou sorrindo e me puxou pela cintura me beijando logo em seguida.
Suas mãos percorreram minha cintura e passei as minhas pelo seu pescoço. E o beijo se estendeu até ele cortar, beijar minha mão e sair.
Foi longo e gostoso. Mas havia acabado. Ele foi embora e me deixou parada na porta. Minha vontade era gritar bem alto, mas não o fiz.
Não era apaixonada por ele, mas ele mexia comigo. E era a minha única esperança de suportar o Harry. Era uma atração fora do normal...
Fechei a porta e fiquei imaginando como iria encarar Harry agora, depois do beijo e da noite frustrada que ele teve.

Incest | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora