Boa Leitura!
- Como estão as coisas aí? - Perguntei para Karen enquanto comentávamos sobre minha nova vida.
Estava em Nova Iorque havia quatro meses, longe de tudo e de todos. Sim, era difícil. Longe da família dos amigos, de Karen e Ryan. Mas longe principalmente do Harry que havia sumido, literalmente.
- A chatice de sempre. O TCC está me matando, o Ryan também sumiu. A tia e o tio estão trabalhando.
- E o Harry? - Perguntei mordendo o lábio inferior. Ela ficou um pouco em silencio, respirou fundo e finalmente falou:
- Ele se casa próxima semana.
Engoli seco. Não esperava aquela notícia. Sabia, de fato, que o casamento estava relativamente perto. Mas ainda acreditava naquilo que Harry tinha dito. Que ia largar Monick e ficar comigo, porém no fundo eu tinha certeza que aquilo nunca aconteceria.
- Lexi? - Karen perguntou depois que eu me calei por algum tempo.
- Ah, oi, Karen... Desculpe.
- Você ficou surpresa, não é?
- Não exatamente. É que da última vez... Bem, esquece. Obviamente as chances de que eu apareça nesse casamento são mínimas mesmo.
- Eu te entendo. Bem, Lexi... Preciso ir. Qualquer coisa é só me ligar.
- Tudo bem. Eu ligo. - Sorri involuntariamente.
Aquela notícia caíra como uma bomba, era verdade. Mas resolvi não me preocupar. Harry não era idiota, ele sabia muito bem o que fazer. E casar com a Monick era o certo a se fazer. Não o melhor, mas o certo. Eu estava um pouco decepcionada, pois ele não ligou se quer para avisar que não voltaria.
Olhei para o relógio. Era quase dez da noite e não havia comido nada até aquela hora. A minha colega de quarto, Anabelle, não havia voltado da casa dos pais ainda. Resolvi que sairia para comer qualquer coisa pelo campus.
Durante todo o tempo que estive estudando e só isso, eu fiz poucas amizades. Anabelle era minha colega de quarto, mas não era lá a minha amiga. Não contávamos nada pessoal uma para a outra. Ela fazia Direito também, mas não se esforçava como eu, e acabava levando sempre bomba.
Saí do quarto e percebi que na ala masculina estava tendo uma festa bem animada. Pude ouvir risos e música de longe. Sorri pensando o quanto eu havia mudado. Antes eu nunca dispensaria uma festa, mesmo que não tivesse sido convidada. E isso me deixava intrigada. Uma pessoa mudar como eu mudei era quase um milagre. E eu gostava dessa mudança. Eu queria essa mudança.
Saí dos alojamentos e vi que todo o campus estava silencioso. Decidi que comeria na lanchonete do outro lado da pista. A mulher lá era muito simpática, tinha pra mim que ela colocava feitiços nos lanches dali. Fora que sempre era bem recebida.- Oi, Lexi, como vai?
- Tudo bem, Beth? Eu estou indo. Me traz aí um x- tudo com tudo que você tiver?
- É pra já! É pra comer aqui ou levar?
- Não, eu vou comer aqui mesmo.
- Certo! - Ela entrou para a cozinha e fiquei sentada no balcão mexendo com o meu chaveirinho que havia ganhado de Ryan. Lembrei das palhaçadas dele e sorri um pouco.
- Gosta de maionese temperada?
Olhei para o lado e vi um rapaz sorrindo. Ele fazia Introdução ao Direito comigo. Era bem alto, usava óculos, tinha umas sardinhas, carinha de CDF, mas nunca havíamos nos falado de fato.
- Ah, eu nunca provei. - Comentei e voltei minha atenção para o chaveirinho.
- Deveria. Aqui que tem a melhor maionese temperada de toda NY. - Ele riu e eu sorri um pouco. - Você faz Introdução comigo, não faz?
- Faço, faço sim.
- Ah, eu sabia que te conhecia. - Ele falou animado.
- Aqui está o seu x- tudo! - Beth me trouxe o lanche e falou para o rapaz que estava ao meu lado: - E você? O que está fazendo sentado aí, Antony?
- Ah, mãe, não tem ninguém pra atender!
- Você é um preguiçoso! - Ela falou rindo e saiu. Olhei para ele:
- É filho dela?
- Sim, minha querida e doce mãe. - Ele sorriu baixando a cabeça.
- Sua mãe é ótima! - Sorri e mordi o sanduíche.
- Eu sei. Ela se mata aqui pra dá uma vida digna para mim e meu irmão.
- Ah, eu entendo.
- Às vezes eu ajudo. Quando não estou estudando, claro.
- Não deve ser fácil.
- Não é muito. Mas a gente leva. E você, mora no alojamento?
- Sim, - Sorri um pouco. - Sou de NJ, na verdade. Ainda não pensei em me mudar.
- Mas em NJ não tem universidade?
- Ter, tem. Mas eu preferi vim pra cá.
- Eu entendo... Acho que NY é um lugar de oportunidades e de visão.
- É um lugar caro. - Falei rindo e olhando para o sanduíche. Ele também riu.
- Ah, não é tão caro, não. Só saber os lugares certos.
- De qualquer forma esse x- tudo está maravilhoso! - Falei com toda sinceridade do mundo. -Maionese temperada?
- Com toda certeza! - Ele piscou.
Meu celular começou a vibrar e quando vi o nome no visor, quase caí para trás. Era Harry. Pensei um pouco e resolvi desligar. Acho que estava na hora de me livrar do meu passado. Acho que estava na hora de apagar tudo que me deixava triste e me fazia lembrar o lixo que eu um dia fui.
- Não vai atender? - Antony sorriu.
- Hoje não! - Sorri e guardei o celular no bolso. - E você? Já está ansioso?
- Um pouco......
Quando cheguei ao alojamento percebi que Anabelle não havia chegado. Ela então não iria chegar mesmo naquele dia, achei melhor ir dormir. O alojamento era um lugar relativamente perigoso para aqueles que se aventuravam em conhecê- lo mais. Não fiz amizade durante esses meses. Na verdade, não quis fazer amizade.
Meu celular tocou novamente, era bem a décima vez que tocava só naquele dia. Mas era a mamãe.
- Oi, mãe. - Atendi com a voz mais cansada do que queria mostrar.
- Só assim para me atender.
Paralisei. Era Harry. Claro que era ele, aquela voz inconfundível.
- Diga. - Falei com a voz séria e tensa. Eu não queria parecer fraca, mesmo que por telefone. Era tão difícil não ser fraca quando eu estava com Harry.
- Você não quer me atender, e isso está claro. Mas eu ainda não entendi o motivo.
- Porque eu não quero? - Ri para mim mesma.
- Você não existe.
- O que é, Harry? Qual o seu problema? Você vai se casar semana que vem, não avisa e liga do nada, assim, como se nada tivesse acontecido.
- Eu te mandei uma mensagem no celular dizendo que queria falar com você. Você simplesmente ignorou, eu disse que queria encontrar você e...
- Mensagem? Você só pode estar louco.
- Eu mandei!
- Só se for para o celular da sua noiva.
- Eu mandei!
Respirei fundo e me vi com o celular no ouvido. Mas não havia ninguém do outro lado da linha. Então me assustei. Me vi parada no meio do quarto, sem ninguém, com roupa de dormir e toda suada. Olhei para o celular e não o vi ligado, olhei as últimas ligações e nenhuma estava atendida.
Voltei para a cama e fiquei olhando o teto. Eu era sonâmbula e nem sequer sabia. Isso era a pior descoberta da vida, tinha medo de tudo relacionado a isso. A hora ia longe quando levantei da cama novamente e saí do alojamento. Não ficaria ali naquele breu. Subiria na laje e veria o sol nascer. Os babacas do outro alojamento já estavam dormindo de tão bêbados. Subi pela lateral da casa e sentei no chão olhando o céu estrelado.
NY realmente era uma cidade que não dormia. As luzes de toda a cidade estavam acesas. Senti uma pontada no coração. Queria que Richard tivesse ficado comigo, queria que Harry não fosse meu irmão, queria que minha vida melhorasse. Estudar não estava mais dando conta, a vida não estava mais valendo a pena.Harry's POV
O cabelo extremamente loiro de Monick estava em meu rosto. Ela me abraçava pela cintura e estava deitada em meu peito. Desejei não ter ido para a cama com ela. Desejei nem ter um dia conhecido- a.
Levantei devagar para não acordá- la e fui até a varanda. Olhei para o celular. Nenhuma chamada retornada. Lexi não me queria, isso era verdade. Ela com certeza estava em alguma festa, provavelmente deitada com algum idiota qualquer. Senti ódio dela. Senti um ódio estarrecedor que me fez perceber que estava perdendo tempo esperando alguém que nunca iria me querer.
- O que faz aí? - Monick perguntou vindo me abraçar. - Tá frio...
Olhei para ela e sorri. Eu poderia amá- la novamente.
- Nada, só sendo burro. Deveria está com você, minha noiva. - Beijei seus lábios e voltamos para o quarto.VOTEM GATAS!
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Incest | H.S
Fanfic(+18) ...Subi as escadas e guardei a apostila dentro da minha bolsa. Quando olhei para trás, vi que tinha deixado a porta entreaberta e Harry já estava dentro do meu quarto. - Perdeu alguma coisa aqui? - perguntei, colocando minhas mãos na cintura...