Dezessete♥

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Boa Leitura!

- Fiz merda, fiz merda, fiz merda. - Murmurava para mim mesma enquanto tentava limpar o sorvete que caíra em meu vestido.
- Como você conseguiu derrubar isso? - Karen perguntou enquanto sentava à mesa e me dava um guardanapo.
- Loucura. - Bufei e então voltei para minha amiga. - Estou tão feliz por você está aqui. Não tenho muitos amigos aqui.
- Eu quem estou feliz. Mas muito me admira você, uma pessoa sociável, sem amigo nenhum em NY. Em outras épocas você conheceria todos.
- E pegaria todos. - Ri um pouco. - Acho que mudei, não é?
- Ainda não decidi se isso é exatamente bom. - Ela sorriu e então mexeu na bolsa, tirando um convite de dentro. - Harry mandou te entregar.
- Ah, foi? - peguei o convite do casamento e passei os olhos por todo ele até então abri-lo.
- É semana que vem. - Karen murmurou e então percebi que nada mudaria o que estava prestes a acontecer. Harry se casaria. E se casaria logo. Senti falta de Richard.
- Eu não me importo mais.
- Então fico feliz. - Ela disse sincera. Odiava ter que ver você chorando pelo seu irmão.
- Na verdade, acho que essa é uma página virada em minha vida, sabe? - Sorri um pouco e senti que algumas lágrimas queriam cair.

Estava escuro. Uma fina neblina caía por cima de meus ombros. Estava em um lugar desconhecido, bem a frente havia uma ribanceira que me chamava: "Lexi, pule" E eu obedecia, caindo de encontro com as árvores.

Senti todo meu corpo doer ao acordar rispidamente. Novamente pesadelo. Aqueles dias estavam sendo terríveis para mim. Toda aquela pressão de faculdade, casamento, solidão estava me deixando louca. Precisava de um ar. Precisava de algo novo.
A minha colega de quarto já estava dormindo. Resolvi então me vestir e sair para qualquer lugar.
O tempo estava relativamente frio e então coloquei algo para me agasalhar. Saí do alojamento e caminhei pelo campus até a saída. Haviam alguns bares por ali, algum devia estar aberto. Precisava beber, precisava de algo forte para beber. Precisava esquecer minha vida, o que sentia. A falta que eu sentia de mim.
Entrei em uma rua deserta e vi duas pessoas vindo em minha direção. Tremi. Fiquei com medo. Eram dois homens. Àquela altura, eu já não poderia mais voltar e me esconder embaixo do meu cobertor. Teria que passar por eles e fingir que não tinha medo, eles eram ninguém para mim.
Mas infelizmente eles não quiseram passar por mim sem fingir que não me via.
- Oi, gatinha, quer provar uma coisa boa?
- Onde vai com tanta pressa?
Continuei andando, não queria virar para ele. Rezei para que eles desistissem e fossem embora. Mas ele não foram. Pelo contrário, voltaram e apareceram em minha frente.
- Falamos com você, vagabunda. - Um que estava com o olho vermelhíssimo falou pegando em meu braço.
- Tão bonita mas tão mal educada. -Um falou fingindo reprovar.
- Por favor, me larga... - Pedi tentando tirar a mão de um do meu braço.
- Não assim tão rápido. Ainda nem nos divertimos.
- Por favor... - implorei. - Me solta.
- Calma, gatinha. Não precisa ficar com medo. Somos seus amigos.
- Eu não tenho amigos como vocês. - Soltei e percebi que um deles fechou a cara de forma estranha e então apertou mais o meu braço.
- Vamos logo com isso, Mathew. Come logo essa desgraçada e deixa ela aí.
-Não... - Implorei.
Ele então segurou meu braço mais forte e me encostou na parede suja.
- Vamos, vagabunda. Quero vê você ser espertinha com meu pau dentro de você.
- Me larga! - Tentava me desvencilhar dele mas ele segurava com muita força.
Ele então tirou o meu agasalho e tentou beijar minha boca. Mordi seu lábio fazendo com que ele gritasse e me largasse. Saí em disparada rumo a qualquer lugar. Tive a impressão que eles vinham atrás de mim. Corria de uma forma absurdamente rápida e sem respirar direito. Não sentia mais minhas pernas. Encontrei algumas pessoas e quando ia pedir ajuda, apaguei.

Abri os olhos e vi um grupo de pessoas. Estava em um quarto de hospital
- Como você está? - Uma garota perguntou parecendo preocupada
- Eu estou... - Tentei levantar e senti dor nas pernas, gritei.
- Você quebrou um osso da perna. -Um rapaz falou sorrindo. - O médico queria engessar, mas achou melhor só quando você acordasse.
- Você estava desesperada, correndo. Pensamos que tinha levado um tiro ou coisa assim. - Uma outra garota falou.
- Eu estava fugindo de um... Estupro. - Falei sentindo uma dor na cabeça.
- Tentamos ligar pra alguém da sua família. Conseguimos falar com uma das suas últimas ligações. - Uma outra garota disse. - Olha. O nome dele é... Harry.
Não queria acreditar que até ali ele estaria.
- Onde ela está?
Eu o vi ali parado na porta do quarto. Agradeci o grupo que me deram um número para ligar para eles a qualquer hora. Harry permaneceu parado. Em silêncio. Olhando para a janela que tinha do outro lado da sala.
Ficamos assim por uns quinze minutos até o outro médico vim e engessar minha perna. Quando voltei para o quarto, ele estava sentado em uma poltrona reclinável.
Deitei na cama com a ajuda de uma enfermeira e comecei a mexer em meu celular. E assim ficamos toda a noite: Sem dizer uma só palavra.

Era quase dia. Olhei para o lado e Harry ainda estava sentado na cadeira ao lado. Acordado. Alerta. Olhando para frente.
- Harry, eu...
- Você se sente melhor? - Ele perguntou grosso, mas sua voz era calma.
- Acho que sim.
-Pois eu vou embora. - Ele então levantou e saiu.
Fiquei ali, parada. Queria entender tudo aquilo. Ele só podia ter um sério problema.
Horas depois, mamãe apareceu nervosa, tagarelando sobre o que eu estava fazendo na rua de noite, o casamento que seria naquela noite e eu que havia atrapalhado seus planos. Senti-me enjoada.
Ela então decidiu que iria para casa com ela. E fim. Passaria o final de semana em casa, em um clima de festa que odiava.

VOTEM GATAS!

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