Capítulo DEZESSEIS

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Elise fora à cozinha e quando voltara, percebeu o espelho escrito pendurado na parede perto da porta. As letras também estavam lá assim como hoje mais cedo no banheiro.

— O que você quer? — Gritou para o nada. — O que você quer?

Achou que estava ficando louca, mas viu o pequeno vaso azul e branco do criado-mudo ser jogado contra a parede e quebrar-se em diversos pedaços.

— Arkin! — Chamou pelo nome, finalmente. Depois de muito tempo, o seu nome havia novamente sido pronunciado. — Arkin, eu sei que é você! Se você quer falar alguma coisa, aparece!

A grande luz fluorescente do lustre da sala começou a piscar. Elise não estava louca. Ela dissera isso para si. Talvez o marido não estivesse louco.

— Eu sei que você está aqui! — Ela disse mais uma vez, uma voz de determinação e não havia medo dessa vez.

Um barulho de chave abrindo a porta a assustou na efusão que estava seus sentimentos e ela. Era Alaric que chegara do trabalho.

— Quem está aqui? — Ele abriu a porta e logo perguntou. — Quem está aqui?

— O que? — Elise perguntou.

— Ouvi você antes de entrar. Estava gritando que tinha alguém aqui.

— Alaric! Oh, amor. — Ela correu até ele e o abraçou. — Eu confio em você agora. Eu confio.

— O que? Como assim amor?

— O Arkin, ele estava aqui.

— O Arkin? Você o viu?

— Não, não vi. Quer dizer, hoje eu vi um homem igual a você no banheiro, claro que era ele. E também tem esse espelho aí da porta. As mesmas letras.

— Que letras?

— Essas que estão gravadas no esp... Meu Deus! As letras sumiram! Arkin jogou o vaso pela parede e ele quebrou.

— Que vaso?

— O vaso que fica em cima do criado-mudo.

— Você quer dizer aquele vaso? — Ele apontou para o criado e lá estava o vaso, intacto. Sem nenhum arranhão.

— Era. Foi ele! Ele escreveu as mesmas letras nos espelhos hoje e quebrou o vaso. Ele me tirou do sofá quando eu estava dormindo e quando acordei estava na cama.

— Elise, você estava certa antes. O espelho que eu vi com as letras, não era real. Nada do que eu falei. Minha cabeça realmente estava brincando comigo. Eu estava com o trabalho acumulado e estava com dor de cabeça. Uma das fortes. Mas agora estou bem.

— Amor, eu sei o que estou dizendo. Eu também vi o fantasma.

— Elise, pare. Não existem letras escritas em espelhos, não existem fantasmas.

— Alaric, eu estou falando...

— Chega Elise! — Disse ele com a voz mais grave que ela já ouvira. A raiva era predominante e quem sabe algo mais. Algo que vem de alguém que é capaz de qualquer coisa. Mas ela não se atentou muito a isso. — Arkin não existe! Arkin não existirá mais, ele está morto!

— Eu não estou... Espera, como você sabe que ele está morto?

— Ele deve estar, ora. Desapareceu. Não voltou. Eu não sei ok, mas estou cansado e vou dormir, se não se importa.

e.<.L|/

O Segredo PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora