Capítulo QUINZE

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No dia seguinte, como de costume, Elise e o marido tomaram o café da manhã. Alaric fora para o trabalho e já diria outra mentira pronta que tinha na cabeça para o chefe. Alguém que tem uma virose não melhora de um dia para o outro. Mas ele tinha uma carta na manga. Só não podia dizer que ira ao psicólogo.

Elise ligou para o chefe e avisou que não iria trabalhar hoje. Estava com uma dor de cabeça impossível de lhe dar e isto perdurara desde o dia anterior, quando voltou do psicólogo. Suspeitava de uma enxaqueca.

Ela não tinha muito que fazer a não ser assistir filmes, ler um pouco, mexer no computador e só. Não tinha ideia de mais nada. De uma dessas coisas resolveu ler o livro que estava parado há um tempo por causa do trabalho. Pegou o livro e ficou encostada no sofá da sala.

Passaram-se algumas horas e Elise escutou um barulho, percebeu que vinha do banheiro no andar de cima. Com cautela, ela subiu as escadas e foi até o banheiro. Ao chegar lá soltou um grito quase abafado pondo as mãos na boca. Observou o espelho que estava trincado e lá estavam as mesmas letras de sempre A, R e K. Ela ficou uns segundos observando atônita e com medo o espelho. Ficou vidrada e ainda observando-o viu a figura perfeitamente de um homem, a figura de seu marido. Ou será do irmão? Claro, o irmão. O marido estava na empresa e não tinha sentido ele estar ali. Quando olhou para trás, não tinha nada nem ninguém. Parecia que era coisa da sua cabeça. Resolveu deixar.

Desceu as escadas e foi para a sala. Resolveu largar o livro, não tinha cabeça para isso agora e a enxaqueca continuava. Colocou um filme para assistir e deitou no sofá. Os olhos começaram a pesar lentamente até que ela largou o controle da televisão fazendo com que ele caísse no chão, e assim adormeceu, sem perceber. Estava cansada, mas não sabia que estava tanto assim. A enxaqueca talvez fizesse com que ela dormisse.

Muito tempo se passou e Elise abriu os olhos devagar. Os mesmos olhos que estavam girando no eixo percebendo que lugar era aquele. Ela ficou assustada não entendendo nada e levantou rapidamente. Percebeu que estava deitada na cama, coberta e no seu quarto. Já era à noite, o que não importava muito, porque ela queria saber como foi parar no quarto se estava na sala.

Desceu as escadas correndo e correu por todo andar inferior achando que Alaric tinha chegado e a carregara para o quarto. Olhou a hora, ele ainda estava no trabalho. Isso tudo fizera com que ela se assustasse mais ainda. Como teria ido parar no quarto se estava deitada no sofá?

O Segredo PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora