Secrets Segunda Temporada

Capítulo XX

Boa madrugada, não estava em meus planos postar algo tão cedo, mas uma @ me pediu e eu resolvi postar, disse a ela que postaria 2, mas está muito tarde e esse capítulo está um pouquinho grande.

Vou postar e correr para que não me matem!

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Lauren POV

Uma semana depois

Ela arrumava as malas, estava pronta para partir, eu chorava descontroladamente amarrada a cordas invisíveis, impedindo-me de prendê-la a mim, eu estava a vendo partir sem olhar para trás, era o nosso fim, tudo acabava friamente, éramos os destroços, o caos, o vestígio do que fomos, éramos duas e não apenas uma...

Levantei abruptamente da cama, meu coração batia descontroladamente e um grito estava preso na garganta, engoli em seco e olhei para o lado, Camila dormia tranquilamente, esparramada pela cama, seu braço direito jogado em cima do meu corpo e segurando minha cintura, sorri para aquele gesto. Passei o dorso da mão na testa querendo enxugar o suor que estava acumulado. Pesadelo, tudo não havia passado de um pesadelo, mas as memórias se fizeram presentes e as palavras e ofensas trocadas apareceram com força total.

Uma semana se rastejou e nada havia mudado significativamente, eu tentava a todo custo esquecer todas as ofensas, mas as palavras continuavam me machucando, de tal forma que dormir na primeira noite foi uma tortura. Após a tentativa falha de Camila em resolver tudo com sexo, eu fui me esconder no escritório e chorei, chorei copiosamente, sentindo-me a garotinha medrosa de oito anos, e tudo que eu queria era me esconder embaixo da coberta para fugir dos monstros imaginários que habitavam debaixo da minha cama, mas eu não consegui me proteger, pois os monstros eram reais, o monstro era eu, era minhas inseguranças, meus medos e pensamentos horripilantes. Quando consegui me recuperar do choro dormi no quarto do meu filho, sendo acolhida por ele e sua promessa que nenhum pesadelo me atingiria.

Desde nossa briga, Camila e eu nos falávamos pouco, ela havia finalmente decidido me dar um espaço e eu sabia que estava sendo orgulhosa e perdurando a briga por mais tempo que o necessário, mas meu peito estava ferido, destroçado, as palavras martelavam fortemente em minha cabeça. Inspirei profundamente e olhei para o relógio, que marcava cinco e trinta e sete, tentar dormir de novo seria perda de tempo, pois em poucos minutos o despertado tocaria, deitei meu tronco de volta na cama, virando meu rosto para admirar o sono tranquilo de Camila, calmamente tirei algumas mechas de cabelo do seu rosto, apenas para contemplar sua face, os lábios, o nariz, o queixo, tudo parecia desenhado a mão e esculpido com muito amor e dedicação, suspirei vergonhosamente, eu podia está magoada, mas ainda amava profundamente aquela mulher, que respirava serenamente.

Os minutos se passaram e eu me perdi em velar o sono de minha mulher, era os momentos que me permitia a fraqueza do amor, que permitia esquecer tudo, as brigas, as palavras frias, os olhares e sussurros. Velar o sono da Camila era meu universo particular longe de toda as desavenças. O despertador tocou, tirando-me da minha pequena bolha, e, eu tentei rapidamente me mexer sem acordar Camila para desligá-lo, assim que levantei da cama, ela se remexeu.

- Desliga, amor... – murmurou ainda dormindo, a voz totalmente grogue e abafada, pois a cara estava enfiada no travesseiro, Camila nunca seria uma garota matinal. Desliguei o despertador e me espreguicei, sentindo os ossos reclamarem.

- A idade está chegando Lauren Jauregui, acostume-se com isso. – murmurei enquanto fazia uma careta. Peguei uma toalha e roupas íntimas no closet, eu precisava de um banho e um café quente para me renovar e alguns analgésicos para a dor de cabeça. O banho foi rápido, mas meu corpo agradeceu, saí do banheiro mais relaxada, a toalha pendurada no pescoço como de costume, usando apenas calcinha e sutiã na cor branca, entrei no closet para procurar uma roupa, escolhendo algo básico, uma saia social azul marinho e uma blusa social branca.