Secrets Segunda Temporada

Capítulo XXX

Hello it's me.... Me sigam no Twitter, eu sou legal @harmolylas97

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Camila POV

O que é ser mãe? É amar, chorar, brigar, aconselhar, perdoar, brincar, falar, gritar, ninar, ouvir, ensinar, aprender, reaprender, disciplinar, suportar, descobrir, temer, fortalecer, acariciar, alimentar, explicar, tocar, acalmar, mediar, orientar, errar, acertar, envergonhar, reclamar, sorrir, pular, correr, nadar, bagunçar, arrumar, desafiar, conquistar... Há uma infinidade de verbos que misturam-se na falha tentativa de definir o que é ser mãe, mas nem todos os verbos junto com todos os adjetivos e todos os substantivos são capazes de definir o indefinível. Ser mãe é sem além, é saltitar diante as adversidades, partilhar vitórias, conquistar desafios, é falar com um sorriso, brigar com um olhar, é chorar de felicidade e rir de nervoso.

Doar-se, talvez seja a palavra que mais chegue perto do imensurável sentimento que é ser mãe.

E mais uma vez meu mundo tinha parado, o ar tinha faltado e meus lábios estavam prestes a se rasgar em um sorriso contemplativo e apaixonado. Totalmente apaixonado por aquele pequeno corpo que chorava em plenos pulmões, avisando que tinha chegado. Minha mente gravou o momento exato que minha filha se materializou ante meus olhos.

- Linda... – minha voz saiu como um sussurro abafado diante a beleza de minha menina. Mesmo sem forças, com a respiração descompassada e o corpo dolorido pela força que fiz, ainda assim meus olhos acompanhavam atentamente os movimentos que a enfermeira fazia com minha bonequinha. Ela era deslumbrante e eu mal podia esperar para ver suas características únicas e acompanhar suas descobertas.

Meu coração parou por segundos quando a toquei a primeira vez, ondas de choques invadindo meu corpo e um sentimento avassalador embalava meu corpo, inspirei profundamente, gravando seu cheiro, seu corpo, sua textura. Meus sentidos todos apurados para que nenhuma informação me escapasse. Guilherme assim que a segurou pela primeira vez, sua mão direita rodeando o pescoço dela e a esquerda segurando suas pernas, passou apara a pediatra, que tratou de aspirar as secreções da boca e narinas, limpando a passagem de ar, assim Anabella podia respirar sozinha, pela primeira vez. Seu choro aumentou com isso. Meu coração se quebrou, mas eu sabia que era necessário.

- Mamãe está aqui. - falei totalmente sem estruturas, o sorriso bobo de uma mãe coruja e babona. Nem parecia que meu corpo beirava a exaustão por causa de toda a força feita, tê-la em meus braços me fazia me sentir invencível. – Meu amor, finalmente está em meus braços... – uma das enfermeiras cobriu minha pequena, que ainda chorava firmemente, com um lençol, usando-o para limpá-la. Meus braços a circulavam com força e leveza, não queria machucá-la, mas também não estava nem um pouco a fim de soltá-la. – Mamãe está aqui... – repetia em meio as lágrimas que tornavam turvas minhas vistas. - Eu te amo, minha pequena... Estou aqui! - meus dedos percorriam seu corpo, sentindo minha menina, acariciando, ninando e babando por aquela coisa pequenininha que me tirava o ar. - Você é tão linda, minha doce princesinha... Uma linda menina, forte e saudável...

Lauren parecia perdida no mundo dela, seus olhos assim como os meus não perdiam um movimento, a boca abria e fechava várias e várias vezes, sabia que ela lutava para em pôr em palavras o que seu coração retumbava, mas estava escrito em seus olhos, que mesmo marejados continham um brilho mágico e único. A enfermeira chamou sua atenção para que ela cortasse o cordão umbilical e um aperto preencheu meu peito ao sentir que aquele cordão, aquele pequeno laço que uniu a minha filha e eu por nove meses, seria cortado.

- Amor... – a voz desnorteada da Lauren se fez presente, podia apostar que ela estava tão embasbacada e apaixonada quanto eu, por nossa menina. – Ela é sua cara... – sua voz saiu totalmente embargada, deixando perceptível o quanto se segurava para não desmoronar de alegria. – Eu posso... – sua voz morreu, mas ela não precisava dizer mais nada, eu sabia qual seu mais profundo desejo, o que seus olhos gritavam, sorri para minha filha e depois para minha mulher.