Joia Rara - REESCREVENDO

FELIZ ANIVERSÁRIO

CAPÍTULO 2

A festa estava linda. Safira estava vestida com um lindo vestido rosa e uma tiara na cabeça, o tema foi floresta encantada e todos os amigos estavam lá pra nós apoiar a seguir em frente.
No dia da festa meu pai nem deu as caras como sempre, provavelmente estava enfiado em algum bar bebendo e jogando. Já havia se passado tanto tempo da morte de mamãe e meu pai literalmente nos abandonou, só entrava em casa pra dormir e saia de casa cedo para o bar e começava tudo de novo. Certo dia ele chegou tão embriagado que começou a gritar chamando minha mãe, eu corri e peguei a Safira e a levei para o meu quarto, pois a última vez que ele fez isso, ele queria bater em Safira alegando que era uma assassina. Está sina se repetiu diversas vezes neste últimos meses e Safira e eu estamos crescendo sozinhas, visto que dentro de poucos meses completo 20 anos.
Já se passou dois anos da morte da mamãe e papai nunca mais se recuperou, tentei de todas as formas ajuda-lo, mas foi inútil. Certa noite estava em casa me preparando pra dormir e escutei baterem na porta, tive receio de atender, pois a chácara ficava na zona rural em Working afastada da cidade, perguntei quem era, fui surpreendida com a polícia.
-Senhorita Collins sou o sargento Smith e esse é o soldado Hernandez, gostaríamos que nos acompanhasse até o hospital central.
-O que houve? É alguma coisa com o meu pai?
-Senhorita lamentamos informar que seu pai se encontra internado neste hospital.
-Como, o que houve?
Já lágrimas caem pelo meu rosto sem parar. Meu corpo treme e minhas pernas parecem gelatina, sinto que não conseguirei passar por isso tudo de novo.
-Ele estava embriagado e foi atropelado por um carro em alta velocidade que não prestou socorro. Ele está em coma na UTI.
-Nãaao Deus, de novo não!!!!
Desabo no chão desesperada por passar por tudo isso de novo e sem ter ninguém pra me ajudar.
-Senhorita precisamos que mantenha a calma, estamos aqui para te ajudar. Tem alguém que possa te acompanhar?
-Sim. O pai do meu amigo Matt. Posso ligar pra ele nos encontrar lá e resolver a documentação.
-Faça isso senhorita, te guardamos aqui.
-Só um momento.
-Pego meu celular e ligo pra Matt que me atende no segundo toque, apesar do adiantado da hora.
-Matt - não consigo conter as lágrimas e falo entre soluços - me ajude Matt, por favor.
-Rubi o que houve, que voz é essa e cadê Safira, tá tudo bem?
-Não Matt - mais soluços - meu pai fo...foi atro...pelado e está em...em coma no hos...hospital. Preciso que o...o tio George me en...encontre lá e me aju...ajude com a docu...mentação e por...favor, pede a Lau...ren que venha e le...leve a Safira pra ca...sa dela que depo...is eu pego ela lá.
-Fica calma Rubi, já estamos saindo de casa para o hospital, pegue os documentos do plano de saúde e os seus, arrume uma bolsa com roupas suas e de Safira, vou com meu pai e trago Safira pra cá e depois você dorme aqui.
-Como quiser Matt. Preciso ir.
-Senhorita podemos ir?
-Sim senhor.
Nos encontramos no hospital e as notícias não são nada boas. Meu pai entrou em coma devido ao edema por causa do traumatismo craniano e seu estado era grave. Meu mundo desmoronou, o que seria de mim agora, com um bebê e sozinha no mundo? Não sou mais uma criança, tenho 20 anos e sonhos à se realizar, o que vou fazer?
Quinze dias depois ele não resistiu e faleceu, seu velório e sepultamento foram feitos no mesmo local que a mamãe.
Os credores não pararam de bater em minha porta e até ameaças eu sofri. Hoje estou despedaçada, destruída e sozinha. Olho pra Safira e preciso lutar por nós, vou vencer e criar minha irmã como minha mãe criaria. Ela é a minha força, o meu porto seguro, minha família. Apesar de toda a desgraça que se abateu sobre a minha vida não deixei de estudar, e com seis meses da morte de papai eu fiz a tão sonhada prova da NYU, junto com meus amigos e o resultado sairá no início de Janeiro. Estou muito ansiosa. O ano está acabando e dentro de três meses é o Natal e logo um novo ano, o que começará um novo ciclo em minha vida. Safira completará três anos e é um amor de criança, encanta a todos e me chama de mãe. Isso me assusta um pouco, mas não ligo, afinal eu sou a única mãe que ela conhece. Passamos o Natal e Ano Novo com os amigos na casa de Matt e Safira ganhou vários presentes e eu a passagem para os Estados Unidos, isso se eu passar para a NYU, dos tios George e Valery.
Já se passaram nove meses da morte do meu pai e estou aqui de frente para a tela do computador, junto com meus amigos gritando e pulando por passarmos para Universidade de Nava York ( NYU ) foi o melhor presente de aniversário que recebi, afinal completo 21 anos daqui três dias e é uma excelente virada de página na minha vida, afinal viajaríamos para Nova York no inicio de Janeiro, tínhamos que nos organizar. Finalmente algo de bom começa em minha vida.
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Espero que estejam gostando, não se esqueça das estrelinhas e comentários.