Capítulo 29 - Brasileiro falsificado

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Nícolas






O trajeto da minha casa até  o meu emprego (quase ex) ,foi tranquilo. O Artur ria com as histórias que contei da Gi. Ele constatou ainda mais,que ela é  maluca e que eu devia tomar cuidado. Ele mal acreditou quando contei de que forma nos conhecemos.  Ela era  pior que ele.  O Artur me deixou na frente do prédio. Pedi para que ele me acompanhesse, mas ele achou melhor não  ir,apesar de ser bastante sugestivo ele encontrar por toda parte mulheres  lindas com corpos tornados por suas roupas justas naqueles terninhos sem graças.

— Não  vou demorar. — Ele assentiu,e eu desci do carro e o vi segui para um local que ele pudesse encher a cara de café.  Ele é  viciado nesse líquido.  Respirei fundo,e me encaminhei até  a entrada principal. Acenei para alguns seguranças, cumprimentei outros que eu reconhecia os rostos e segui até  os elevadores. Apertei o botão, e aguardei o elevador chegar. Assim que as portas se abriram,eu entrei e as portas se fecharam,assim que apertei o andar que eu queria ir. Me olhei no espelho e dei uma rápida arrumada nos meus cabelos. Ele subiu até o segundo andar,e parou. As portas se abriram e o Erick entrou.

— Tá atrasado. — Avaliou-me e as portas se fecharam. Ele iria pro mesmo andar que eu.

— Eu não vim trabalhar. — Ele franziu a testa.

— Nícolas eu pensei que...— Ele me olhava furioso. — Você  tinha mudado. Eu decidi te ajudar,mas...
— Eu ri,e o ínterrompi.

— Eu sou muito grato por você  ter me colocado numa posição digna. — Ele Encarou-me. — Eu não merecia ajuda,e você  me ajudou.

— Somos da mesma família. — Me disse. — E eu fiz isso pela Pérola.

— Eu sei. — Concordei. — Você  é  um ótimo  pai. Na verdade, ela deveria ter seu sangue e não o meu. — Ele estranhou o que eu disse,mas concordou. — Eu vim me demitir.
— Ele já ia me dar outro sermão quando eu o cortei. — Eu vou voltar pro lugar que eu nunca devia ter saído.

— Pra empresa do seu pai? — Eu assenti.

— Nos perdoamos. —Sorri aliviado por falar aquilo em voz alta. — Ele tá doente,acho que por isso ele reconheceu muitas coisas que fez de errado. — Sua feição ficou mais branda. — E por isso,queria que você  conversasse com a Fê, e pedisse pra ela o ouvir. Ele quer o perdão dela e seu.

— Vou ver o que eu posso fazer. — As portas logo se abriram.

— Todo mundo merece uma segunda chance, não acha? — Ele concordou.

— Acho que passar por tanta coisa te mudou por dentro,apesar de por fora parecer um completo imbecil.  — Eu ri.

— Família serve pra isso. — Ele saiu andando.

— Pra que?

— Pra se entender. — Concluí.

— Sábias palavras. — Eu sorri satisfeito e segui até  a sala do meu ainda,patrão. Andei alguns passos até chegar na área privada do escritório do meu chefe.

— Bom dia,eu queria conversar com o senhor Fernando, ele se encontra?
— A jovem assentiu,e já tirou o telefone do gancho e o apoiou em seu ouvido,o equilibrando no ombro enquanto discava.

— Senhor Fernando, o Nícolas Sarkozy deseja falar com o senhor.
— Sorri surpreso por ela saber meu nome. — Pode entrar! —Assenti.
— Ele te aguarda. — Rapidamente, ela levantou-se, e abriu a porta para mim.  Me avaliou dos pés a cabeça e mordeu seu lábio inferior. Sorri satisfeito por despertar esse sentimento nela. Que a Gi, não me ouça nesse momento. Seu Fernando estava concentrado no computador,assim que me notou ele me indicou para me sentar na sua frente. Assim eu fiz.

Um Pedaço  De Mim ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora