Gisele
— Então? — O questionei. — O que vai fazer comigo? — Debochei.
— Você já é uma mulher, mas age como uma criança mimada e inconsequente. — Eu bufei.
— Então é isso? — Zombei,achando graça. — Agora me solte que você está me machucando. — Puxei meu braço.
— Eu ainda não terminei!— Rebateu.
— Que saco, me solte! — Implorei.
— Você não tem medo do que eu possa fazer com você não? — Ele riu,sem paciência.— Uma fedelha fedendo a leite, como você, não faz nada. Além de Grunhi e arranhar. — Grunhi irritada.
— O que está acontecendo aqui?
— Indagou-nos,a minha mãe, surgindo no corredor. Sua cara não era nada boa.— O seu marido está me machucando com essas garras fedorentas que ele tem. — Gritei. — O mande me soltar agora! — Ordenei.
— Gisele, precisamos conversar?
— Afirmou-me. Ela trocava olhares com o Sidney. Tinha algo de estranho neles,eu só não sabia o que era.— Vocês não tem mais o que fazer não? — Murmurei.
— Gisele venha. — Pediu-me e eu fingi não ouvir. O ogro do Sidney me puxou pelo braço e me forçou a segui -lo até meu quarto.
— Quanta grosseria.
— Esbravejei,assim que ele me soltou.— Você tá tão cega que não enxerga o brutamontes que tem do lado?
— Questionei a minha mãe e ela trancou seu rosto.— Senta ai, e cala a sua boca!
— Ordenou dona Marina. — Anda.
— Gritou. — Ou está esperando Cair neve do céu em um dia ensolarado para entender o que estou falando?
— Ela tava brava. Muito brava. Me sentei e puxei a peluda para se deitar em meu colo. Ela me fuzilou com os olhos.— O que esse bicho faz dentro da minha casa? — Esbravejou o Velho, e eu ri.
— Gisele, trate de devolver esse animal para o seu dono.
— Ordenou-me e eu debochei. — O Sidney e alérgico a pêlo de gatos.
— Contou-me.— É mesmo? — Me diverti com a minha mais nova descoberta. — Seja bem vindo ao seu novo lar.— Beijei a cabecinha da pobre gatinha.
— Gisele ,você tem que parar com isso? — Esbravejou. — Chega desses joguinhos,chega desse desrespeito. Chega de arrumar motivos para me separar do Sidney.
— Eu o odeio. — Gritei. — Quero mais que ele se ferre!
— O que eu fiz,pra você ter tanto ódio de mim? — Questionou-me e eu me calei.
— Minha filha,vamos tentar manter a paz dentro de casa. — Implorou-me. — Você entendeu? — Não respondi e voltei a minha atenção a gatinha.
— Gisele, por favor. Responda a sua mãe? — Ordenou-me.
— Que inferno, nem calada posso ficar mais? — Gritei. — Já sei. — Me levantei e o encarei. — Esse mostro te forçou fazer alguma coisa mãe? — A indaguei, sem parar de olha-lo. — Ele te maltrata? — Se ele ousar encostar a mão na senhora,ele vai se ver comigo. — Esbravejei. Logo senti o peso da mão dela em meu rosto. Coloquei a minha mão sobre o ardido que eu sentia. E a raiva que me consumia só aumentava.
— Cala a sua boca! — Esbravejou — A única que me faz mal aqui ,é você.
— Constatou. — Eu quero que você pegue as suas coisas e suma daqui.
— Me olhou nos olhos, e eu assenti.
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Um Pedaço De Mim ✔
RomancePlágio é crime! Um pedaço de mim. Série "Pedacinho meu". Nada nesta vida é permanente. Isso vale para os nossos erros, mas também para os nossos acertos. Assim, há muito o que perdemos. Mas há, também, muito o...