Capítulo 68 - Adeus

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Nícolas





A Gisele abriu a porta da nossa casa, e com um sorriso largo me puxou pra dentro. O bolinha latiu de felicidade ao vê-la,e por pouco não a derrubou no chão. Ela o acariciou como sempre fez, e ele a deixou em paz. Eu tranquei a porta de casa, e a observei. Sua maquiagem ainda estava borrada, mais isso não a deixava feia, era impossível ela ficar feia. Eu a acharia linda vestida até de trapos. Eu sem aquela mulher não era nada. Ela levantou-se do chão, e me abraçou. Ficamos alguns segundos nos olhando, e eu tentava discernir se aquilo tudo era real,ou apenas uma ilusão da minha cabeça.

— No que tá pensando? — Indagou-me, e eu sorri.

— Se você é real. — Ela sorriu,e me beijou.

— Isso foi real o suficiente?
— Sussurrou.

— Um pouco. — Murmurei e ela me beijou novamente. — Você vai me deixar quando Amanhacer?— Eu temia a sua resposta.

— Só se você quiser. — Era tudo o que eu queria ouvir. A agarrei, e a beijei do jeito que sonhei nesses messes que ficamos afastados. E enquanto nos beijavamos, embalei numa dança suave. Ela ria, e eu sorria por dentro e por fora. Eu pediria aos deuses pra que este momento se eternizasse se fosse possível.




Gisele





Era ele na minha frente, o meu Nícolas, me tocando de verdade. Me beijando de verdade. Estávamos na nossa casa, eu e ele,nos amando de todos os jeitos possíveis. Eu me explodia de felicidade por dentro, e não tinha vergonha de demonstrar que ele me fazia me sentir completa. Não tínhamos conseguindo chegar ao quarto, então ficamos ali mesmo,na sala. Uma música ao fundo, do jeito que ele gostava. Nos dois deitados no tapete da sala,e o nosso cachorro ao nosso lado, admirando duas almas se conectarem. Quando tudo terminou, ele me abraçou forte. Corpo colado um no outro. Fechei meus olhos, e adormeci sentindo o aroma de seus cabelos avermelhados. Quando amanheceu, acordei antes dele. A cabeça doía um pouco, e fui logo procurando um remédio na gaveta da cozinha. Depois, abri a geladeira atrás de alguns ovos, os quebrei numa frigideira e os mexi, enquanto a cafeteira passava o café. Eu vesti uma das suas camisas, e me via várias vezes, neste mesmo cômodo com ele. Era tantas lembranças boas.

— Porque não me acordou? — Ele veio,sorrateiro. Já vestia sua sunga. Me abraçou por trás, e cheirou meu pescoço. Voz rouca, mais o sorriso gigantesco no rosto.

— Não queria te acordar,não antes do café ficar pronto. — Murmurei, e selei nossos lábios. Como eu sentia saudades disso tudo. Ele me soltou, e puxou uma cadeira para se sentar ao meu lado,na bancada da cozinha. Os ovos já estavam prontos, então desliguei o fogo e ele me entregou um prato. Coloquei os ovos no prato, e fui até a cafeteira buscar nosso café. Me sentei na sua frente, e enchi os copos com o café e ele Me entregou um garfo para comermos os ovos.

— Isto está uma delícia. — Me disse, após comer um pouco dos ovos.

— Na próxima vez vou preparar algo mais apropriado. — Sorriu,mais dessa vez foi nítido que algo o incomodava.
— O que foi?

— Eu tenho medo de que tudo isso seja só por um momento. — Me olhou nos olhos. — Eu não quero te perder de novo, Gisele. — Eu respirei fundo.

Um Pedaço  De Mim ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora