Nícolas
Eu já estava exausto,era tantas páginas, tantos contratos pra avaliar,tantas burocracias que eu me sentia perdido. O Artur não chegava,as meia hora que ele havia me dito que iria chegar,virou quase duas. Desisti de ler,e me debrucei na janela. A vista era bonita da sala. Tinha algumas árvores na frente,ruas movimentadas,um breve parquinho que estava praticamente vazio. O sol castigava lá fora,mas o ar me mantinha confortável no lado de dentro. Logo o telefone tocou. Era a primeira vez que eu o ouvia tocar. Atendi e era a voz da Dellie.
—O senhor Montasse já chegou, posso o mandar entrar?
— Sim,por favor. — Desliguei,e não demorou muito para que ele abrisse a porta. Vestia uma camisa de botões, rosa claro,calças jeans escuras e seus inseparáveis sapatenis. Bolsa de lado,e um sorriso no rosto. — Meia hora? — Olhei no relógio que estava em meu pulso.
— Posso explicar minha demora.
— Fechou a porta,e deixou a bolsa na cadeira a minha frente.— Era loira ou morena?— Ele riu.
— Tinha umas pernas bonitas,mas ela não era o motivo real. — Me sentei,e Franzi a testa. Ele se sentou na outra cadeira a minha frente. — Eu acho que encontrei o lugar perfeito pro restaurante que pretendo abrir. — Eu bufei.
— Ainda não desistiu dessa idéia?
— Ele negou.— Ainda te convenço a se aventurar comigo. — Eu ri.
— Eu mal sei administrar esse lugar.
— Murmurei e ele puxou os documentos que eu via,pra si.— Eu vou te ajudar,pra isso que vim pra cá. E depois,você me ajuda. — Eu ri. Era impossível tirar algo da cabeça dele. E o pior é que ele sempre consegue o que ele quer.
— Uma coisa de cada vez. — Disquei o número do ramal da Dellie. Logo ela atendeu.— Pode pedir comida italiana pra duas pessoas,por favor?
— Sim senhor. — Me disse.
— Conheço um muito bom.
— Constatou.—Perfeito. — Olhei pro Artur que se concentrava nos papéis. — Obrigado,e Finaleizei a ligação.
—Minha sala vai ser qual?
— Indagou-me e eu ri.—Você já está nela. — Ele me olhou e sorriu.
— Igualzinho na Kalisto. — Constatou.
— Só que melhorado. — Ele concordou. — Vou te arrumar uma mesa tão boa quanto essa,e divido uns porta retratos contigo.
— Admita,somos melhores juntos.
— Eu sorri. — Você me ama Sarkozy, infelizmente não sou gay,mas por você eu abriria uma exceção.— Vai te catar,italiano fajuto. — Ele riu.
Gisele
Sai do tribunal,as pressas. Novamente o julgamento foi adiado. Aquele advogado filho da mãe sempre da um jeito de se esquivar de tudo que eu planejo. O Davi ficou de descobri mais alguma coisa,e o Júlio de investigar algo que pudéssemos usar contra,ou uma carta na manga das boas. Assim que entrei no táxi,pedi para ele me levar no lugar que o Nícolas havia me dito pra comprar o carro. Rapidamente cheguei,um vendedor muito gentil veio me recepcionar. Assim que disse quem era,ele sorriu e foi direto me mostrar os carros que tinha disponíveis. Óbvio que os mais caros. Gostei de um que ele não fez questão de me mostrar,era mais barato e estava no fim da sala. Era ele,tinha que ser ele.
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Um Pedaço De Mim ✔
RomantikPlágio é crime! Um pedaço de mim. Série "Pedacinho meu". Nada nesta vida é permanente. Isso vale para os nossos erros, mas também para os nossos acertos. Assim, há muito o que perdemos. Mas há, também, muito o...