Capítulo 39 - Você é o Nícolas Sarkozy.

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Nícolas


Eu já estava exausto,era tantas páginas, tantos contratos pra avaliar,tantas burocracias que eu me sentia perdido. O Artur não chegava,as meia hora que ele havia me dito que iria chegar,virou quase duas. Desisti de ler,e me debrucei na janela. A vista era bonita da sala. Tinha algumas árvores na frente,ruas movimentadas,um breve parquinho que estava praticamente vazio. O sol castigava lá fora,mas o ar me mantinha confortável no lado de dentro. Logo o telefone tocou. Era a primeira vez que eu o ouvia tocar. Atendi e era a voz da Dellie.

—O senhor Montasse já chegou, posso o mandar entrar?

— Sim,por favor. — Desliguei,e não demorou muito para que ele abrisse a porta. Vestia uma camisa de botões, rosa claro,calças jeans escuras e seus inseparáveis sapatenis. Bolsa de lado,e um sorriso no rosto. — Meia hora? — Olhei no relógio que estava em meu pulso.

— Posso explicar minha demora.
— Fechou a porta,e deixou a bolsa na cadeira a minha frente.

— Era loira ou morena?— Ele riu.

— Tinha umas pernas bonitas,mas ela não era o motivo real. — Me sentei,e Franzi a testa. Ele se sentou na outra cadeira a minha frente. — Eu acho que encontrei o lugar perfeito pro restaurante que pretendo abrir. — Eu bufei.

— Ainda não desistiu dessa idéia?
— Ele negou.

— Ainda te convenço a se aventurar comigo. — Eu ri.

— Eu mal sei administrar esse lugar.
— Murmurei e ele puxou os documentos que eu via,pra si.

— Eu vou te ajudar,pra isso que vim pra cá. E depois,você me ajuda. — Eu ri. Era impossível tirar algo da cabeça dele. E o pior é que ele sempre consegue o que ele quer.

— Uma coisa de cada vez. — Disquei o número do ramal da Dellie. Logo ela atendeu.— Pode pedir comida italiana pra duas pessoas,por favor?

— Sim senhor. — Me disse.
— Conheço um muito bom.
— Constatou.

—Perfeito. — Olhei pro Artur que se concentrava nos papéis. — Obrigado,e Finaleizei a ligação.

—Minha sala vai ser qual?
— Indagou-me e eu ri.

—Você já está nela. — Ele me olhou e sorriu.

— Igualzinho na Kalisto. — Constatou.

— Só que melhorado. — Ele concordou. — Vou te arrumar uma mesa tão boa quanto essa,e divido uns porta retratos contigo.

— Admita,somos melhores juntos.
— Eu sorri. — Você me ama Sarkozy, infelizmente não sou gay,mas por você eu abriria uma exceção.

— Vai te catar,italiano fajuto. — Ele riu.


Gisele



Sai do tribunal,as pressas. Novamente o julgamento foi adiado. Aquele advogado filho da mãe sempre da um jeito de se esquivar de tudo que eu planejo. O Davi ficou de descobri mais alguma coisa,e o Júlio de investigar algo que pudéssemos usar contra,ou uma carta na manga das boas. Assim que entrei no táxi,pedi para ele me levar  no lugar que o Nícolas havia me dito pra comprar o carro. Rapidamente cheguei,um vendedor muito gentil veio me recepcionar. Assim que disse quem era,ele sorriu e foi direto me mostrar os carros que tinha disponíveis. Óbvio que os mais caros. Gostei de um que ele não fez questão de me mostrar,era mais barato e estava no fim da sala. Era ele,tinha que ser ele.

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