Capítulo 57 - Surpresa

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Nícolas




A Gisele tinha saído da sala,em direção ao quintal. O Sidney foi atrás dela,depois a Marina. Eu tentava me manter calmo, e dar espaço, mas a curiosidade me consumia. Por que eles demoravam tanto? O pai do Erick me fazia companhia. Tomamos dois copos de suco, e a Helena conversava com a mãe do Erick. Ela contava sobre a gravidez, e dizia o quanto estava feliz por finalmente algo bom ter acontecido na vida dela. Eu sorria constrangido por não revelar a verdade. Eu sabia que ela aquela gravidez psicológica tinha acontecido pela pressão que ela tinha sobre ela mesma, ainda mais depois dos abortos que ela sofreu no passado,enquanto ainda namoravamos. Ela ficou depressiva, e isolada por um tempo,e eu um homem insensível que era, a traí ao invés de dar apoio a ela. Eu me sentia culpado por tudo de ruim que ela passou. O Sidney voltou pra sala na frente,atrás dele vieram a Marina abraçada com a filha. Os olhos da Gi vermelhos. Ela havia chorado. Os da Marina estavam marejados, mas o sorriso que não havia, já brotava com mais facilidade.

— O Erick me mandou uma mensagem avisando que já está chegando.
— Disse-nos, seu Sidney trocando olhares com a esposa. A Marina se afastou da filha, e a deixou sozinha em um dos cantos da sala. Ela se juntou ao marido,e eu me apressei para ir falar com ela.

— O senhor me dar licença? — Seu Rodolfo assentiu,e eu me apressei para ir vê-la. — Tá tudo bem Gi?

— Tô ótima. — Me disse, sem me olhar.

— Se acertou com a Marina? — Ela olhou pra mãe, e sorriu.

— Ela me perdoou. — Confessou. — É o Sidney também. — Me surpreendi com aquela confissão. — Eles me amam, Nícolas.

— Mas eu também te amo. — Ela me olhou rapidamente, e antes que pudesse me falar o que queria, a porta se abriu e um parabéns uníssono foi cantado. Os que estavam mais perto dela, foram os primeiros a abraça-la. Os demais foram em sequência, e eu me juntei. A Gisele ficou no canto dela.

— Obrigado pela supresa. — A Fernanda estava linda. Sorria como nunca,e tinha razão. Tinha conquistado uma família linda. — Obrigado por tudo. Tá tudo tão lindo.— Ela reparou nos balões espalhados pela casa, e na faixa feita a mão, pendurada na entrada que lhe desejava feliz aniversário. Todos sorriam, menos a minha loira. Minha pequena tinha passado por mim, e pelo entusiasmo que estavam a maioria na sala me esqueci de ir atrás dela,mas logo voltou trazendo consigo uma boneca em mãos.

— Filha! —A chamei, e ela veio em minha direção. — Dá um abraço apertado no papai. — Me abaixei, e ela envolveu seus bracinhos em meu pescoço e eu a abracei apertado. Eu sentia falta dela. E notei que ela havia crescido, e ficado ainda mais sapeca do que a última vez que eu a vi.

— Papai, olha a boneca que o vovô me deu. — Me mostrou a Barbie princesa que tinha em mãos.

— Ela é linda. — O pai do Erick nos olhava quieto na dele. Notei que o vovô que ela se referia era ele. — Filha você sabe que o papai te ama,não sabe?
— Ela assentiu.
— Você ama o papai? — Ela assentiu.
— Muitão?

— Muitão. — Repetiu com um sorriso lindo.

— Então me da um beijão. — Ela me beijou no rosto, e eu voltei a abraçar em seguida.

— Que tal seguirmos para o quintal?
— Sugeriu-nos a Marina, e assentimos.



Gisele



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