Capítulo 47 - Clube dos fudidos pela maldita

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Gisele







As coisas com meu ruivinho estavam melhorando. Resolvi deixar de lado os problemas com a Helena,e foquei nele,como eu devia ter feito antes. As mensagens dela,ainda eram constantes, a bloqueei, depois que a quinta mensagem foi enviada. Óbvio que um "Vai te ferrar" , foi enviado antes. O Júlio me ignorava na empresa. Tentei conversar com ele ,mas ele me expulsou da sala dele. A Lone voltou a me perturbar. Eu tinha magoado o queridinho dela. Voltei a ser a sócia problemática de antes. Sendo vigiada a cada cliente que recebia. Sendo monitorada nos casos que eu pegava. Eu tinha que provar meu valor novamente,era o que eu tentava todos os dias quando ia trabalhar. O Davi andava triste,disperso. Era de quebrar o coração. Forcei a me falar do que se tratava mas ele não quis,e pediu para eu respeita-lo. Eu tinha que fazer algo em relação a ele. Algo decente,pelo menos. Fiz uma busca no Google. Rapidamente as novidades na vida da Mônica Bergamo foram sendo mostrada. Ela estava namorando um empresário no ramo do cinema. Menina esperta aquela. Eu tinha certeza de que ela era o motivo dele andar cabisbaixo. Puxei a minha bolsa do encosto da cadeira e a arrumei nos meus ombros. Soltei meus fios,que estavam presos com uma caneta e me olhei no espelho da minha sala antes de sair.

— Vai aonde? — Indagou-me o Davi,assim que abri a porta.

— Resolver uma coisa importante.
— Ele sorriu fraco.

— Não quero que faça nada que te prejudique. — Me encarou. — O que vai ganhar fazendo isso? — Eu voltei a fechar a porta.

— Ganhar o que? Com o que? — Me fiz de desentendida e ele bufou.

— Você Vai atrás da Mônica.
— Espantei-me. — É, eu sei. Esqueceu-se que o vidro da janela revela os conteúdos que você busca no seu computador?

— Filho da mãe! — Irritei-me. — Eu vou te ajudar.

— Não, não vai. — Colocou-se de pé, e me encarou. Nunca o vi tão sério. — Você vai ferrar ainda mais a minha vida. — Gritou. — Eu te impeço de ir.

— Mas Davi...— Interrompeu-me.

— Se ainda quiser que eu seja seu amigo, uma vez na vida,faça o que tô pedindo.
— Eu assenti e voltei até a minha mesa.

— Me desculpe. — Ele assentiu e recolheu seu material. — Aonde vai? — O questionei, assim que colocou sua pasta de lado nos ombros.

— Tirar o resto do dia de folga. — Me disse ao se aproximar da porta.

— Vamos conversar. — Ele negou.
— Eu só quero te ajudar.

—Me ajude ficando longe dos meus problemas. Foque nos seus.
— Pediu-me.— Tente resolve-los.
— Ele estava furioso.

— Davi,tá tudo bem? — Murmurou o Júlio, assim que nos viu. O Davi assentiu.

— Quer sair pra beber algo? Tô precisando. — Ela assentiu.

— Com ele você sai? — Murmurei e o Davi riu ironicamente.

— Estamos montando o clube dos fundidos pela Maldita,o que acha de ser nossa musa inspiração? — Eu nunca o vi tão chateado.

—Acho que já sou a musa.— Murmurei e ele assentiu.

— Bingo! — Fez um gesto ao falar.
— Merece um troféu por sua inteligência.— O Júlio nos encarou. Até ele estranhou aquela situação.

— Vamos Davi. — O puxou.
— Tem algum problema de irmos,ou eu vou ter que pedir a Lone? — Eu concordei e me sentei na minha cadeira novamente.

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