Capítulo 27 - Prefiro ser do lado negro da força.

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Nícolas


Estávamos deitados na nossa cama,a Gisele estava com a cabeça apoiada em meu peito. Sobre nós, um lençol que só cobria nossas intimidades. A noite já dava as caras, o bolinha dormia no chão do quarto,e a gata da Gisele nos nossos pés. Eu acariciei os cabelos da Gi,que estava espalhado pelo meu  ombro e travesseiro. 

— Gi, posso te perguntar uma coisa? — Ela assentiu. —  Eu sei que vai parecer estranho a minha pergunta.
—  Expliquei já temendo a resposta dela.

— Então pergunte. — Me disse já impaciente.

— É sobre o Erick. — Concluí e ela franziu a testa.

—  Pergunte logo Nícolas, você tá me assustando. — Ela logo se sentou na cama,e virou-se para mim ansiosa por eu desabafar minha curiosidade.

— Por que vocês não deram certo?

— Porque eu sou uma pessoa difícil de se lidar. Você sabe disso,e eu sou grata por me aturar. — Eu ri. — O Eri,ele é... — A ínterrompi.

— Eri? — Ri. —  Porque esse homem tem tantos adjetivos? — O ciúme era claro ,no tom da minha voz. A Gisele percebeu.

— Ah,Nícolas. — A Gisele riu. — Pra que me perguntou sobre ele,se iria debochar?

—  Não é deboche,e curiosidade.
—Justifiquei. — E você é uma mulher linda.

—  Linda e perversa,Nícolas. —  Eu ri.

— O Eri.  —  Focou no apelido do marido da irmã postiça. —  Tem um coração grande,tem honra e faz o que é certo. Eu não sou o tipo de pessoa que ele merecia. Agora eu sei disso.

—  Ele é superior a nós dois.
— Murmurei.

—  Ele é um ser humano incrível.
— Me olhou. —  Você também é. Só  precisa acreditar mais em você.

—  Prefiro ser do lado negro da força. —  Ela riu.

—  É  por isso que você  é o homem perfeito pra mim. — Abaixou o rosto e selou nossos lábios. — Nico.— Eu sorri feliz,por vê-la me chamar de forma carinhosa como fez com o ex dela.
— Vamos fazer um passeio em família amanhã? —  Franzi a testa ,não pela proposta, mas por ouvir pela boca dela tal coisa. —  Não acha uma boa idéia, não é? —  Eu ri.

—  Não é isso. —  Justifiquei. — Eu  só não achei que algum dia você iria me propor isso. —  Ela ficou sem jeito.

—  Será que a Fernanda iria deixar levarmos a Pérola  conosco?

— Eu vou perguntar a ela. — A Gi sorriu grata pelo meu esforço.

—  Creio que ela não vai negar seu pedido.  — Comentou.

—  Vou aproveitar e falar com a Fê, sobre uma possível conversa com o meu pai. Ele tá mudado. —  A Gi assentiu. —  Tomara que ele mereça o perdão dela,como mereceu o meu. E que receba o perdão dele de coração aberto,como recebeu o meu.

—  Eu te amo,sabia? —  Eu assenti e a agarrei. —  Só amo menos quando chama a minha digníssima irmã de Fê. 

— Tá com ciúmes? — Fiz cócegas na barriga dela.

—  Não, claro que não. — Murmurou.

—  Então está me dando o troco por reclamar do seu Eri? — Ela assentiu e eu aumentei as cócegas. 

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