Capítulo 20 - Chá de calcinha

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Nícolas

Dormi a noite inteira,e assim que abri meus olhos a vi,deitada  do meu lado de bruços. Nua ,com apenas um lençol por cima de seus glúteos. Sorri ,assim que meus olhos percorreram seu corpo e me segurei para não toma-la novamente em meus braços. Coloquei-me de pé, e puxei do chão as roupas que eu usava ontem a noite. Um short e uma camisa. Calcei meus chinelos e abri a porta com cuidado. Segui até o banheiro ,deixei as roupas no cesto e levantei a tampa do vaso. Me aliveiei, e assim que puxei a descarga, me olhei no espelho. Eu estava com o rosto todo amarrotado. Abri o chuveiro, e me posicionei debaixo dele.

— Bom dia! — Abri meus olhos ,e a vi. Parada na porta,ainda nua ,me observando. Não tinha como não sorrir.

— Bom dia...— Murmurei de volta. Ela  deixou no cesto as roupas dela e abriu a porta de vidro do boxe, entrou e voltou a fechar a porta.

— Se incomoda? — Eu neguei. E ela me encarou,e ficamos nos olhando cara a cara, os dois dividindo o mesmo chuveiro. — Quer que eu vá  na padaria ? — Estranhei tal pergunta, ainda mais depois da noite que tivemos. Por que ela não me beijou ? Ela pegou o sabonete ao meu lado,da saboneteira de ferro pressa na parede e começou a enfrega-lo em seu corpo.  Ela não tirava os olhos dos meus. Ela me hipnotizava.

— Não precisa,eu gosto de ir. — Ela assentiu. Senti seu peito encostar ao meu,assim que ela enfiou a cabeçade baixo da água.  Fechou seus olhos e passou as mãos por meu pescoço e eu sorri,e não  me movi  do lugar. Seus olhos se abriram e ela retirou seu rosto da água  e me encarou. Seus lábios  ficaram milímetros de distâncias dos meus ,continuávamos nos encarando e eu finalmente a beijei. A comprimi na parede do boxe do banheiro. Suas pernas se envolveram em meu quadril e ela precionava sua intimidade a minha ,e ofegava.  Eu não  pretendia ser tão  carinho dessa vez. Essa mulher me estigou, agora teria que suportar a carga de excitação que eu trazia comigo, e pela fisionomia dela,era tudo o que ela queria.

Gisele


Não  me lembrava de já  ter tomado um banho tão  bom,como o de hoje. Aquele ruivinho sabe ser maravilhoso. Agora entendo o motivo da Fernanda  ter Se metido com um cara comprometido e da tal Helena viver atrás  dele. Saí  do banho pisando em nuvens, sorriso estampado no rosto e uma  vontade enorme de pular naquele corpo mais uma vez,mais o horário me proibiu de voltar pros braços  dele,eu estava atrasada para ir pra Renome. Eu havia prometido ao Davi que estaria lá, sem falta e se possível  no dia seguinte ao que ele me deixou aqui,mais só  agora me senti confiante para encontrar a Lone no escritório. Me vesti, como de costume para trabalhar.  Terninho preto, com blazer e saia,e uma camisa vermelha por dentro. Cabelos soltos,e uma maquiagem mais adequada ao meu posto de sócia daquela empresa. Calcei meus sapatos de salto e coloquei de baixo do meu braço  a pasta e ajeitei em meus ombros a minha bolsa. Saí  do quarto e o vi,terminando de calçar  seus sapatos.

—Vai sair? — Ele assentiu. — Pensei que não  fosse usar o carro hoje. — Ele sorriu  e eu imaginei o que ele planejava naquela cabecinha ruiva,enquanto me comia pelos olhos.

— Posso te dar uma carona, mais antes,você  me deve um café  da manhã. — Eu ri e neguei.

— Fica pra amanhã, ou quem sabe ,mais tarde.  — Me disse. — Eu quero chegar mais cedo  do que a Lone,minha sócia. — Ele concordou. Colocou-se de pé  e eu notei o quanto  ele estava bonito. Cabelos bagunçados, mais organizado. Barba rala,camisa social dobrada no cotovelo,e uma calça jeans escura. Sapatos sociais e uma jaqueta muito estilosa em mãos. Acabei mordendo meu lábio  inferior e ele notou e eu me senti contragida por ele perceber.

  — Quer carona? — Eu assenti. —  Me espere no carro,eu vou buscar minha mochila no quarto. — Ele jogou as chaves para mim,e eu as peguei e segui apressadamente até onde ele deixava o carro estacionado. Fiquei um pouco envergonhada por obriga-lo a sair na rua com aquele carro naquele estado. Pelo menos,eu devia pagar o conserto.
—  Vamos? — Ele passou as mãos por minha cintura e eu assenti. Devolvi as chaves para ele,e ele destrancou o carro.  Abriu a porta para mim e eu me surpreendi com aquele gesto vindo da parte dele.

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