Capítulo 42 - DNA

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Nícolas



A Gisele estava brava,irritada,e com toda razão. Eu sabia que ela iria agir assim,está no DNA dela ser assim. Ela me deixou pra trás e saiu com pressa,a Helena seguia para o lugar oposto. Me apressei para encontra-la,e notei que ela tinha ido na loja que pedi,e o carro que comprou era estiloso e a cara dela. Tinha uma cor bonita e diferente,chamativa mais charmosa como ela.

— O que te deu na cabeça pra vim atrás de mim? — A indaguei, antes que ela entrasse no carro. — Eu pensei que confiasse em mim.

— Eu confio em você. — Olhou-me nos olhos. Ela chorava. — Eu não confio nela.  Mas você também não confiou em mim,e não me contou sobre a gravidez, Nícolas.

— Eu só queria ter certeza. Eu não iria te preocupar à toa. — Ela  secou com o dorso da mão  as lágrimas que rolavam por seu rosto. E eu segurava as minhas.

— E agora tem?— Rebateu. — Aquele filho é seu? — Encarou-me. — A obrigue a fazer o exame de paternidade.

— Quando a criança nascer,eu vou fazer isso. — A olhei no olhos, ela precisava acreditar no que eu dizia.

— E o que será da gente até lá? — Eu não sabia o que dizer. — Eu vou pra casa,depois conversarmos. — Entrou no carro,e rapidamente saiu dali,e foi pra bem longe de mim. O Artur me esperava,dentro do carro dele.

— Você tá bem? — Eu o olhei e assenti. — Você mente muito mal.
— Arrancou com o carro.

— Onde vamos? — Ele sorriu.

— Tomar algo forte pra aquecer o coração. — Eu sorri fraco. — A Gisele vai ficar bem. Ela só precisa de tempo pra processar o que ouviu. — Eu concordei. — Ela te ama. — Só tá com medo de te perder.

— E eu com medo de perder ela.
— Constatei. — Eu nunca me senti assim...— O Artur me interrompeu.

— Amarrado por uma mulher? — Ele riu.

—É. — Concordei.

— Ela tem esse dom. — Sorriu. Quando ele estacionou o carro,eu notei onde ele havia me levado. Era um café bar,estiloso. Entramos,e nos aconchegamos em uma das mesas. O lugar era muito bem iluminado, bem ventilado e agradável. Além de bebidas,serviam petiscos variados. O Artur chamou a atenção de uma das garçonetes. Uma delas se aproximou de nós dois,mas mal me olhou. Era pra ele que a atenção dela era dada.
— Dois chopps por favor. — A Jovem assentiu e se foi.

— Pensei que só gostasse de vinho.
— Murmurei e ele riu.

— Boa parte do tempo sim,mas agora,neste lugar e neste país o chopp se encaixa melhor. — Explicou-Me e eu puxei meu celular do bolso e verifiquei se tinha alguma mensagem da Gi. — Da tempo a ela. — Voltei a guardar meu celular e nossas bebidas chegaram. Ela nos entregou os copos,e eu fui logo dando um gole. — Gostou desse lugar? —Avaliei o lugar novamente.

— Gostei. Deveríamos vir mais vezes.
— Ele sorriu ,enquanto experimentava a bebida dele.

— Eu tô pensando em comprar. E de fácil acesso, amplo, não tem muitos restaurantes por perto. — Olhei novamente a nossa volta. — Uma boa escolha, e estão vendendo a um preço razoável.

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