AMOR SEM MEDIDAS (SEM MEDIDAS #2)

Capítulo 3

Eu tinha que vir aqui postar esse capítulo, dar explicações e agradecer.
Primeiro: OBRIGADA por todas que leram PAIXÃO SEM MEDIDAS, amo vocês e agradeço cada comentário, de verdade.
Segundo: Sim, Samantha foi com a intenção de fazer com que pai e filha se conheçam, mas ela é confusa ao mesmo tempo, muitos sentimentos conflitantes e mal resolvidos entre ambos.
Terceiro: Lembrem-se, Olívia é um ponto super importante, mas antes disso, ela é pequena, mas sim, ela reconhece o pai, e é o que vemos agora...

Boa leitura!!!

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SAMANTHA

- Olívia Medeiros, quem é que deixou a senhorita sair de casa, sem a mamãe? – Olho para o rosto da minha pequena que transpira inocência pura.

Como se eu não soubesse melhor a filha que eu tenho.

Olívia podia só ter três anos, mas era uma pestinha total.

Será que Miguel era assim quando criança? Porque eu sei que eu não era...

CHEGA! Nada de pensar nele, Samantha!

Você veio aqui com o propósito de contar para ele e tudo mais, mas só.

- Mamãe, não si preocupa que o moço tava aqui comigo.

- Que moço, Olívia?

- Um grandão, assim ó. – Ela levanta o bracinho com a intensão de mostra a altura do tal moço, e eu queria rir, mas não podia, vai que era um maluco?

Eu sabia que era um risco voltar para o apartamento onde eu ficava, quando conheci o Miguel, mas sinceramente, estava vago e eu precisava me hospedar com a minha filha e não tinha dinheiro pra ficar bancando hotel e não queria abusar da hospitalidade da minha tia.

- Olívia, você sabe como a mamãe não gosta que desobedeça ela, e você não conhece ninguém aqui pra ficar dando essa confianças, minha filha. – Faço uma cara de séria, para ela ver que o assunto não tem graça.

O mundo hoje anda cheio de malucos, e eu provavelmente morreria se algo acontecesse com a minha filha.

Eu sei que ela odeia levar bronca e eu odeio mais ainda, mas eu não brincava com a segurança dela. Jamais.

- Ok, mamãe. – Ela diz baixinho e abaixa a cabeça. – Mas olha, ele parecia com o... – Ela diz franzindo a testa.

- Com quem filha? – Pergunto, enquanto checo as coisas na bolsa.

- Papai.

Levanto o rosto rapidamente.

- Como assim?

- É isso, mesmo mamãe, ele parecia com o papai. – Ela começa a pular animada, como se tivesse feito uma descoberta impressionante.

- Mas, mas... – Eu tinha que tirar minha filha dali, agora!

Suspiro.

- Eu vi o papai, mamãe!

- Talvez nem tenha sido ele, filha, talvez você tenha se confundido e.. – Vejo a animação dela começar a murchar. Ah droga.

- Eu e você vamos ver a tia Bela, que tal? Ganhar doces e brincar o dia todo. – Ela levanta a cabeça rapidamente, com um sorriso no rosto.

- Eu adoro a vovó Bela, ela da doce. – Ela olha pra mim com os olhinhos brilhantes.

Sorrio para ela, porque sei que havia ganhado minha filha novamente.

Mesmo que os problemas estivessem começando a chegar na gente.

Mas eu precisava ser forte, porque foi pra isso que eu vim.

MIGUEL

- Então, Kate, como eu disse, eu acho que essas fotos estão ótimas para ir para o catálogo. As modelos parecem bem mais desenvoltas do que naquela outra sessão, eu sabia que mudar o ambiente ia ser melhor.

- Sério, Miguel, eu não achava que tirar elas do estúdio e levar para a praia para fotografar o editorial seria uma boa ideia, você sabe como tudo consegue dar errado ao ar livre, mas nossa, saiu tudo perfeito. – Kate sorri para mim e eu abro o sorriso de volta.

Eu era fotógrafo profissional, e amava de paixão minha profissão.

Mexer com as lentes, criar cenários, criar momentos, fotografar esses momentos...

Amava tudo isso, ainda mais, relevar tudo isso.

As vezes eu fazia uns bicos para a FOCOS, agência do meu irmão. Por mais que ele tenha me chamado várias vezes para trabalhar lá, editorial de moda não era a minha praia, então as vezes ajudava mas não passava disso.

Kate era minha ajudante, minha secretária e melhor amiga.

Ela foi também, um alguém muito importante na minha vida quando o meu anjo me deixou, e ela foi a primeira pessoa a me falar que eu deveria arriscar com a Bruna.

- Eu sabia que ficaria ótimo, né Kate, você sabe que o seu amigo aqui, arrasa. – Pisco para ela, que me gargalha de mim.

- Deixa de ser convencido, Miguel. Mas e ai, me conta, quando você e a Bruna vão marcar casório?

Levo a mão ao queixo e coço minha barba por fazer.

Casar.

Eu sabia que esse seria o próximo passo.

O passo certo a se dar, depois de um longe tempo de relacionamento, mas eu estava pronto?

Eu ainda vivia com pensamentos em uma mulher que nem sequer ligava pra mim, uma que eu nem tive a porra de um relacionamento.

Porque eu não supero essa porra de uma vez?

Porque tem que ser tão difícil? Porque demora tanto?

Só tive ela uma vez, e ela parecia que tinha me estragado pra sempre.

Merda.

Eu não era assim, eu saia com todas, pegava sem problema mesmo. E agora, eu estava assim.

Largado as traças.

Olhei para Kate, que me encarava de volta.

- Olha, Kate, eu acho que... – O telefone do estúdio toca, e Kate levanta o dedo como se estivesse pedindo pausa e corre para atender.

Ela me olha e afasta o telefone um pouco,

- Miguel, seu irmão, na linha um.

Aceno para ela e pego o telefone.

- Marcelo? Que foi meu irmãozinho? Anda sentindo minha falta é? – Sorrio.

Ouço ele bufar do outro lado.

- Miguel, cresce, seu idiota. – Rio.

- Um dia quem sabe, mas diga, o que foi? São as fotos para o editorial? Porque... – Ele me corta.

- Temos que conversar, algo importante.

Me endireito na cadeira.

- Que algo importante? Desembucha de vez.

Ele fica um tempo sem falar e eu começo a ficar angustiado.

- Marcelo? O que foi? Pode me contar.

- A Samantha voltou, Miguel.

E eu podia sentir meu mundo ruindo aos poucos.

Ou talvez, se juntando novamente.

Merda.

��N

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Quantos votos será que esse capítulo merece pra poder postar o próximo com o encontro dos dois? hm

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