Capítulo 15

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Não é aquele capítulo grandão, mas é importante!
Vou ver se consigo postar o 16 até sábado. (Quem sabe antes?)

BOA LEITURA!!!

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MIGUEL

Eu não queria deixá-las.

Por mim, eu ficaria ali com elas por mais um bom tempo e aproveitaríamos como uma família, uma família que estava destinada a ser unida. Entretanto, a realidade chamava, e eu tinha que ser homem e enfrentar.

Eu precisava terminar com a Bruna, e seria agora.

Quando ela me mandou uma mensagem avisando que estava em casa, eu já tinha maquinado tudo o que eu falaria para ela, ou como eu explicaria que não estava em casa e tentar ao máximo o controle de danos.

Mas quem eu quero enganar? Eu sou noiva de uma mulher e dormi com outra. Ela não vai aceitar isso bem, e isso me dói, sabendo que eu vou fazer mal a uma mulher que foi tão boa comigo no tempo em que eu mais precisei.

Entrei no apartamento e ele estava silencioso.

- Bruna? – Chamei.

- Oi meu amor, um segundo. – Eu ouço a voz dela alta, vindo de outro cômodo, provavelmente do quarto.

Eu sento no sofá e espero.

Olho meu apartamento e percebo que não me sinto mais em casa. Me acostumei em estar no apartamento da Sam que é tão aconchegante, tão família e tão simples. Diferente do meu, que era todo em cores frias e parecia tão masculino, mesmo que eu dividisse a meses ele com a Bruna.

A Bruna entrou na sala e eu ainda estava distraído, olhando tudo ao redor, então, quando ela veio e rapidamente me deu um selinho nos lábios, eu não reagi na hora, mas cinco segundos depois eu já estava me afastando dela no sofá.

Ela pareceu não notar, ou só fingiu.

- Bom dia meu amor, eu cheguei e você não estava.

Ok, lá vai, hora da verdade.

- Eu estava na Samantha.

Bruna faz uma careta.

- No apartamento dela? De novo? O que foi dessa vez?

- Olha Bruna, temos que conversar e...

Ela me encara e o reconhecimento de tudo reflete em seu rosto e eu vejo ela se afastar de mim como se eu fosse contagioso.

- Eu sabia. – Ela sussurra. – Eu sabia que desde que ela voltou você andava diferente, mas eu não esperava. Ou talvez, eu só não queria acreditar.

Droga.

Eu sou um idiota mesmo.

- Eu sinto muito, Bruna, você não tem noção do quanto, só que você sabe o quanto ela mexeu comigo naquela época e agora...

- Mas ela deixou você, ela deixou você carregando a sua filha! – Ela aponta.

Eu não queria discutir os erros do meu passado com a Samantha, com a Bruna. O passado era meu e da Sam, e somente nós dois que poderíamos falar sobre ele.

- Eu não vou entrar nessa questão com você, desculpa, mas ele não é da sua conta.

Ela me lança um olhar magoado e depois acena com a cabeça.

- Tudo bem, Miguel, faça o que você tiver vontade, eu sempre quis que você fosse feliz né, eu só esperava que fosse comigo.

- Você sempre vai ser importante para mim, Bru, sempre vai ser aquela que me ajudou em momentos tão difíceis e que foi meu ombro amigo. Eu sei que romanticamente entre a gente, não rola mais, e eu sei que é muito cedo para dizer isso, mas eu queria muito que continuássemos como amigos.

- Eu sempre vou ser sua amiga, Miguel, acima de tudo. – Ela me da um sorriso triste. - Eu posso ganhar um abraço pelo menos? Terminar isso de uma maneira amigável ?

- Claro!

Ela se aproxima de mim e eu a abraço.

É estranho dizer que eu não me sentia bem abraçando ela? Que agora, eu só queria abraçar a Samantha e a minha filha. Não queria ter mais contatos tão íntimos com outras mulheres. Mas a Bruna, ela precisava disso, portanto eu tentei ser bom para ela nesse momento.

Eu pensava que ela quebraria tudo, que chorasse, gritasse ou quisesse bater na Sam, mas ela foi tão pacífica, tão boa amiga que eu fiquei envergonhado naquele momento de pensar algo assim dela.

Só esperava que continuássemos tendo uma boa e amigável relação depois de tudo isso.




BRUNA

HORAS MAIS TARDE...

- EU NÃO ACREDITO! – Eu berrei bem alto no apartamento da Luana, porque lá, eu poderia deixar a máscara cair. – EU NÃO ACREDITO QUE ELE ME TROCOU POR AQUELA GORDA!

Luana que estava sentada em sua poltrona caríssima, apenas olhava para mim enquanto tomava um gole do seu vinho.

Ela lá, super calma enquanto eu enfrentava o pior momento da minha vida.

- Você sabia que ele iria terminar, Bruna, e eu fico até surpresa de um modo agradável, que você conseguiu se manter calma e não arruinar os nossos planos.

Eu funguei.

- Eu sabia, mas não acreditava que ele fosse realmente capaz. Olha para mim e olha para ela, fora a pirralha...

- Não se preocupa, antes eu era ingênua demais, achando que um golpe bobo de gravidez iria funcionar, mas agora, eu tenho tudo perfeitamente esquematizado, dessa vez, vai dar tudo certo, eu garanto.

- Você tem certeza amiga? Eu vou ter o meu Miguel de volta?

- Sim e ele do jeito que é bobo, nem vai notar nada.

Penso em retrucar, dizer que o Miguel não é bobo, mas naquele momento eu precisava ser fria, calculista, pensar e executar tudo perfeitamente para que ele voltasse para mim.

- Qual é a primeira fase do plano?

Luana me encara com aquele olhar frio dela, que me desconcertou, mas tentei não demonstrar isso.

- A primeira fase você já executou muito bem, fingindo a boa amiga no rompimento. A segunda fase, nós vamos precisar de um pouco de tempo, mas não muito. – Ela bebe mais um gole da taça. – Eles não vão saber o que os atingiu.

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AMOR SEM MEDIDAS (SEM MEDIDAS #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora