BÔNUS 2

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HEITOR

Eu acordei um pouco tonto e sentindo uma dor gigante na minha cabeça. Será que aquela estranha me acertou na cabeça? Que loucura!

Eu precisava achar a Oli! Precisava tirar ela daqui, precisava falar com o meu pai ou com a minha mãe.

Estava em um quarto que mais parecia uma cabana velha, daqueles filmes de terror que meu pai via comigo as vezes.

Eu estava com as mãos amarradas num poste de madeira, e eu olhei a minha volta e vi a Oli caída num colchão velho, com as mãos também amarradas. Comecei a ver se tinha algo afiado, alguma coisa que me ajudasse a me libertar.

Mas lá estava tudo sujo, só tinha um sacos pretos no canto, uma porta fechada, o colchão sujo que a Oli estava e alguns cacos de vidro...

Cacos de vidro!

Mamãe uma vez tinha me dito em um dos livros que ela estava lendo, que falava sobre espionagem, máfia, e coisas super legais. E ela começou a me contar de brincadeira como me livrar de um sequestro, e uma das coisas que ela disse, era que dava pra cortar cordas com qualquer coisa afiada.

Comecei a esticar meu corpo, tentando puxar com o pé o pedaço de vidro.

Foi difícil, mas eu não iria desistir.

Aquela moça estranha iria fazer mal para a minha prima, e eu não iria deixar!

Depois de um pouco de dificuldade, consegui alcançar o pedaço de vidro e comecei a esfregar ele rapidamente nas corda, tentando fazer com que elas partissem.

Quando eu vi as minhas mãos soltas, nem esperei, já corri para soltar as mãos da Olivia também.

- Oli! Oli! – Balancei ela um pouco e sussurrei, tentando não fazer nenhum barulho que chamasse a atenção da moça estranha.

Aos poucos a Oli começou a abrir os olhinhos dela e em encarou assustada, eu percebi que ela iria gritar e tapei a boca dela.

- Shhhhh... Não faça barulho que ela pode volta. Ok? – Ela balança a cabeça concordando e a solto.

- Eu quero a minha mãe, Heitor! – Ela disse baixinho e o meu coração doeu ali, porque eu também queria a minha mãe.

- Eu vou libertar a gente daqui.

- Como?

- Quando ela aparecer, a gente finge que ta dormindo, e ai, quando ela for tocar em um de nós dois, o outro aparece por trás dela e empurra ela com toda força. Ai a gente amarra com ela a sua corda.

- Isso vai funcionar? – Ela pergunta com medo.

- Eu não sei, Oli. Mas é a melhor chance que nós temos.

Ela me encara um pouco mais como se estivesse decidindo, o que era bem louco, porque ela muito novinha para parecer tão séria.

- Ok, vamos.

Esperava que desse tudo certo.



BRUNA

Eu tinha ouvido um barulho lá embaixo, mas resolvi ignorar e me concentrar no mais importante: Miguel estava vindo.

Eu não tinha notícias da Luana tinha algum tempo, desde que as loucas apareceram gritando ela, lá no estacionamento do shopping. Mas não importava, tinha certeza que ela conseguiria se livrar delas facilmente. Ela era esperta.

Sei que tomei uma medida drástica, mas essa funcionaria. Tinha certeza disso. Miguel era louco pela bastardinha, faria de tudo por ela, e eu estava fazendo de tudo por ele, até ter que levar essa bastarda com a gente.

Mandei a mensagem para ele com o endereço da casa, e ele me respondeu que já estava a caminho. Sorri com a resposta, estava finalmente tudo indo como o planejado.

Agora eu tinha que ver o que eu faria com o menino...

Eu precisava me livrar dele.

Podia ser agora mesmo.

Abri a porta para o porão da casa abandonada onde estávamos e desci as escadas, vendo as crianças ainda dormindo.

Será que eu bati forte demais na cabeça do garoto? Será que exagerei na dose quando dopei a bastarda?

Me aproximei dela, que estava deitada no colchão e tomei um susto quando fui derrubada do lado dela, no colchão.

- PEGAMOS VOCÊ, SUA ESTRANHA! – O menino gritou e do nada, a bastardinha abriu os olhos e ambos estavam em cima de mim.

- ME LARGA! ME SOLTA! – Eu berrava e tentava acertar um deles, mas eles eram rápidos demais, e eu podia sentir a menina tentando amarrar minhas mãos , enquanto o menino estava sentado em cima de mim. – ODEIO VOCÊS, SUAS PESTES!

- Amarrou, Oli? – O menino perguntou.

A bastardinha balançou a cabeça, afirmando.

- Então, vamos!

E eles saíram dali, subindo as escadas correndo.

PESTES! MALDITOS!

Eles pensavam que podia me amarrar e sair assim? Idiotas.

Consegui me soltar com facilidade e sai correndo, subindo as escadas rapidamente e indo em direção ao armário, para pegar a arma que eu escondia ali.

Acabaram as brincadeiras.

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AMOR SEM MEDIDAS (SEM MEDIDAS #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora