—O que.... aconteceu? —perguntei após abrir os olhos e me ver deitada no banco de trás do Impala que se manteve em movimento.
—Você não se lembra? —Dean estranhou me olhando pelo espelho enquanto dirigia.
Tentei voltar na minha última lembrança com esperança de saber o que seja lá que tenha acontecido, mas pensando bem talvez não fosse uma má ideia esquecer.
—Você literalmente deu uma crise depois que conseguimos tirar... Bom, aquele demônio de você. —Sam delicadamente tentou explicar, pelo menos ele tentou.
Demônio foi a palavra chave para cenas desorganizadas e aterrorizantes voltarem á minha cabeça de uma vez só, era horrível só de lembrar e com tantos acontecimentos soltos em minha recente memória eu já estava ficando tonta.
—Vamos parar em algum lugar, você precisa comer algo afinal, já se passaram três dias. —Dean disse virando uma rua de frente á um bar/lanchonete.
Três dias o quê? Que tudo aconteceu ou que eu estava dormindo? Eu ainda não tinha certeza. Enquanto eu comia meu segundo hambúrguer nada saudável e o Dean ainda estava no primeiro, Sam parecia bem familiarizado com o pessoal dali.
—O Sam parece bem popular aqui. —comentei depois de um gole no suco natural de laranja, pelo menos o suco tinha que ser saudável.
—E ele é, morou aqui por um tempo. Palo Alto é um lugar de muitas lembranças á ele. —Dean explicou limpando o canto da sua boca suja de catchup.
Continuei observando por mais um curto tempo, ele tomava cerveja com algumas pessoas e olhava um quadro de uma mulher muito bonita na parede do bar ao lado de outras três.
—E qual das mulheres ele está olhando naqueles quadros? —estava bem interessada, pelo fato de o Sam não ter tanta confiança em mim quanto queria, precisava conhecer ele e entender um pouco mais.
—A loira. —Dean informou um pouco mais sério, provavelmente com lembranças sobre a mesma—Ela era namorada dele e morreu há alguns anos aqui.
—Isso ainda mexe com ele... —apenas comentei levando em consideração que o quadro recebia olhares dele de cinco em cinco minutos.
—Mexe sim e como Palo Alto está no caminho para Windom, ele queria passar aqui. —Dean comentou despercebido.
—Windom? —eu estava surpresa, por que estávamos indo á minha cidade natal? Isso não fazia nenhum sentido—Como assim? O que vamos fazer lá?
—Você realmente não se lembra? —Dean falava como se eu realmente soubesse o que estava acontecendo —Você nos pediu para levá-la, disse que tem algo sobre você que procura esse tempo todo lá, as respostas e como eu estava te devendo uma... — Dean ainda se culpava pelo que aconteceu comigo.
Mais uma vez aquela sensação horrível de lembranças em flash retornou, não conseguia entender nada e tudo só piorava, não queria preocupar mais o Dean então me levantei sem demonstrar pelo que estava passando e saí em direção ao banheiro.
—Já volto. —tentei ser convincente e me direcionei até o mesmo que graças á Deus estava vazio.
As imagens na minha cabeça estavam cada vez pior, não sabia nem separar a realidade e a ilusão, molhei meu rosto várias vezes para amenizar aquele efeito e nada adiantou e então de repente desmaiei. Mesmo tendo uma possibilidade de tudo ser um sonho, ou melhor, pesadelo, estava tudo tão real, porém, eu estava assistindo em primeira mão tudo que tinha acontecido, a minha última lembrança que tinha mais certeza foi de ver algo tipo uma fumaça preta vindo em minha direção o que concluí ser o tal demônio da encruzilhada, depois que perdi o controle sobre meu corpo e ações, vi que mesmo sem ser eu, fiz coisas horríveis, quanto mais eu fechava os olhos para não ver, mais intenso aquele sonho se tronava e então de repente eu estava num banheiro com a Meg e a minha intenção era matá-la á qualquer custo, de repente Dean chegou e não parecia de bom humor, vi nós dois numa luta implacável e de repente ele conseguiu me vencer. Não vi mais nada depois disso, mas mesmo eu não comandando meu corpo, sentia tudo que era feito á ele e não foi diferente quando vi o Dean sem saída atirar em meu braço superficialmente e apesar de toda a dor que eu sentia por dentro, por fora aquela coisa continuava na tentativa falha de atacá-lo o que não deu muito certo graças á bala com a armadilha do diabo. Mais uma vez a escuridão reinou por um tempo e me vi presa repentinamente num lugar escuro, olhei para todos os lados e não era possível ver nada além de alguém camuflado no escuro, mais surpresas desagradáveis! Quanto mais perto aquela coisa/pessoa chagava, mais facilitava para que eu pudesse vê-la e poucos passos á minha frente tive a visão clara do demônio da encruzilhada.
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A Filha De •John Winchester•
FanfictionNem todo tempo do mundo será suficiente para acalmar tudo que sinto, por fora há sorrisos e seriedade, não dá para ser forte e fingir que estou bem 24 horas por dia, mas por dentro... Ah por dentro! É outra coisa que meras palavras não podem express...