The girl Singer

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Á caminho do Bunker quase amanhecendo, Dean dirigia em silencio com cara de quem tinha uma grande bomba em mãos e realmente tinha, Lisa passou o tempo todo sem dizer nada e sem dormir, porém com a cabeça escorada na janela e já o Ben dormia desengonçado no banco de trás do Impala.

—Como você descobriu? —Dean sabia que ela estava acordada e precisava saber como para talvez, se explicar por ter ido embora e nunca ter voltado.

—Sobre você? Sobre essas... Essas coisas que estão por aí sem ninguém saber? —ela julgou, parecia de mau humor e se tivesse, haviam motivos suficiente para isso, mas foi uma pergunta meio vaga.

—Não faz muito tempo. —ela ergueu a cabeça com o olhar vidrado no caminho escuro á frente— Há mais ou menos três semanas atrás, muitos desses... Dessas coisas começaram á me perseguir perguntando sobre os irmãos Winchesters, um deles até se passou por amigo e pareciam saber tudo sobre mim. Não levei muito á sério até o Ben me contar sobre uns caras estranhos no campus o seguindo e fazendo perguntas.

—Porque você não me ligou? —para Dean não parecia haver motivos de não ligar, esses demônios queriam o atrair usando eles, ela não teria escolha.

—Porque sabia que poderia ser uma armadilha e desde que não fizessem nada á mim e nem ao Ben, eu não me importava e porque... —ela o olhou por um instante e desviou a direção do olhar quando ele fez o mesmo —Você foi embora Dean e não queria trazer tudo isso á tona novamente.

—Eu precisei. —Dean percebeu seu celular vibrar com o nome da mãe destacado na tela, mas decidiu ignorar pelo menos por enquanto —Você e o Ben tinham uma boa vida e se eu ficasse estaria colocando vocês no meio disso tudo e eu... Eu não queria isso, nunca quis.

—É, mas parece que isso não deu muito certo. —ela retrucou dando ombros como se não importasse com isso, não agora.

—É eu sei e odeio que ás coisas tenham chegado á esse ponto. —Dean concluiu e o silencio voltou á triunfar.

A noite foi complicada com aqueles sonhos e lembranças martelando em minha cabeça, então aproveitei a viagem de volta ao Bunker para tentar dormir um pouco e funcionou por alguns minutos até que Sam e Mary começaram com mais uma daquelas conversas e até me sentia mal por ouvir meio que escondido, mas eles nunca tocavam no assunto na minha presença, pelo menos não acordada, estava com os olhos pesados e muito sono, mas consegui ouvir e entender metade da história até cair num sono profundo.

—Então mãe, acho que já pode me contar porque está assim. —Sam olhava pelo retrovisor central para garantir que eu estaria dormindo, mesmo estando meio grogue de sono não deixei que percebesse.

—Assim como? —Mary sorriu gentil tentando parecer desentendida do assunto.

—Vamos lá mãe, você sabe do que eu estou falando. —pelo menos tive certeza que não era uma paranoia da minha cabeça já que Sam percebeu o mesmo, como ela reagia comigo.

Havia alguma coisa errada e o problema parecia ser eu.

—Não é nada pessoal se é o que está pensando. —Mary se rendeu, mas não queria deixar as coisas totalmente claras.

—Então qual é o problema? Quer dizer... Você faz parecer como se tivesse um e... Isso só pode piorar mais as coisas entre você e o Dean. —Sam estava mesmo decidido á entender o que se passava na cabeça da Mary para a mesma estar agindo daquele jeito.

—Essa é a questão Sam, não tem nenhum problema. —ela o olhava como se clamasse para ser entendida —Acharia idiotice minha se dissesse que é só um pressentimento? Um pressentimento de mãe...

A Filha De •John Winchester•Onde histórias criam vida. Descubra agora