A Filha De •John Winchester•

Escolha

—Vamos Winchester.... Estou lhe dando uma escolha ou eu mesmo farei. —Alastiel tinha sua cara satírica com pose de rei da porra toda com um celular na mão no meio de uma chamada e um único corte no rosto —Um estalo e um deles já era.

—Dean... Não faça isso... Por favor... É o meu filho... Nosso... —Lisa implorava ainda amarrada à janela, seus olhos marejados e gritos de desespero tentava fazer Dean tomar a escolha certa.

—Mãe se for salvá-la, eu não me importo. —Ben estava sendo segurado pela Isobel brutalmente à alguns passos da mãe, manteve a voz firme pra passar coragem de que estava tudo bem.

—TIC TAC, TIC TAC! —Alastiel o perturbava —O tempo está passando Dean.

—Dean não pode fazer isso... Agora nada mais tem solução pra nós e você sabe. — A voz desesperada do Sam soou do outro lado da ligação.

—Apenas faça Dean. —foi tudo que respondi do outro lado da linha.

2 Horas Antes

—Eu estou aqui, não estou? —Dean respondeu firme, aquela troca de olhar furioso ainda acontecia, a tensão tomava conta da sala toda e o desespero ainda estava presente.

—Dean... O que está havendo? —Lisa choramingava por respostas.

—Disposto? Ótimo! —Alastiel colocou ambos braços na altura da cintura escoradas nas costas e pôs-se à andar em voltas nos arredores de Dean —Podemos sair? Tem uma festa humana lá fora e cá entre nós, eu amo vinho tinto.

Dean nada disse, apenas acenou e foi em direção à porta sendo seguido pelo demônio chefão.

—Você não quer uma conversa amigável, então por que não desenrola? —Dean ainda estava sério e pelo visto, a tendência era só piorar.

—Quem disse que não? Aposto que quer saber essa história que nem mesmo você faz noção. Estou errado? —ambos já desciam as escadas andando lado à lado como se fossem grandes amigos.

—E por que eu acreditaria ao menos em uma palavra sua? Não me parece nada sensato. —Dean retrucou ríspido e grosso, com toda razão.

—Contarei toda a história, farei uma proposta e então você me diz o que fazer, é a sua escolha. —Alastiel passou por um garçom engomadinho e pegou duas taças de vinho, entregando uma ao Winchester e provando da outra.

—Faça suas apostas. —estavam no meio de um salão cheio de gente da alta classe, então Dean precisava se comportar caso contrário, aquela taça já tinha sido quebrada de maneira não muito comportada.

Distante dali.

Meus olhos abriram e minha visão estava embaçada, sentia minha cabeça arder, meu pescoço latejava pelas mãos do Sam e só então me recordei dos recentes acontecimentos. Ergui meu corpo que parecia pesado mais que o normal, talvez por exaustão e procurei Sam com os olhos tentando ter noção do tempo porque isso ele não tinha.

—Sam? —me desesperei quando não o vi, até ouvir barulho na sala adentro e me levantei com ajuda das paredes e móveis velhos para verificar —Sam?

—Eu não sei o que está acontecendo, me ajuda. Ele está... —uma mulher loira de costas estava tentando amenizar a angústia que Sam provavelmente deveria estar sentindo —Me perdoe Sam... Eu não deveria ter partido por todo esse tempo... Me perdoe.

Não consegui reconhecer pela voz e provavelmente eu não à conhecia, pelo menos até capturar o rosto dela. Era ela! Mary, mas não tínhamos tempo para apresentações e nem surpresa.