Á Espera de um Resgate

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Minutos depois e eu já estava no local do crime, várias viaturas cercaram o local, policiais rondavam o lugar todo em busca de pistas que levasse à real causa da morte já que na mão dela havia uma faca que dava a impressão de suicídio porém, eu sabia que não havia sido levando em consideração a situação em que o corpo se encontrava, eram muitos retalhos para ter sido provocado por ela mesma.
 —E o que temos? —perguntei ao detetive local que se aproximou para passar as devidas informações já que o caso não era mais dele.
—Parece um suicídio, meio que forçado se é que me entende. Mas a surpresa mesmo está no estado do corpo. —ele informou com cara de quem não havia dito tudo.
—Qual é o problema? —permaneci séria e durona, eu tinha de ser.
—O corpo está aí à mais de três dias. —ressaltou ele revelando o motivo de tanta surpresa.
—O que significa que ela foi morta no mesmo dia dos Rileveer. —Sam concluiu brotando do nada acompanhado do irmão, fingi que não os vi.
—Conseguiram alguma digital? Pista? Alguma coisa que nos dê outra teoria da causa da morte—Dean interrogou enquanto Sam permanecia sério e pensativo, ele sabia de alguma coisa.
—Nada, quem quer que tenha feito isso foi bem cauteloso na hora de apagar rastros. —o detetive local informou, acenou e então se afastou.
Assim que ele saiu passou dois legistas com o corpo da Tessa em uma maca coberto por um lençol branco, um dos braços da garota estava pendurado e nele havia vários cortes profundos, muito sangue seco e pele rasgada o que poderia sem bem útil para os legistas encontrar pistas, logo atrás deles a Jhenethi se aproximou em prantos.
—Não, a Tessa não... Meus Deus o que é isso?! Eu já não tenho mais ninguém. Como isso pode acontecer? —ela estava em desespero amparada por uma outra amiga.
Nos entre olhamos suspeitando de algo. Esperamos ela se afastar para analisar bem o caso.
—A Jhenethi está mentindo. —acusei.
—Ou realmente ela pode não saber de nada. —Sam discordou, acho que por implicância ou sei lá, só sei que não nos dávamos bem.
—Assim como ela pode estar fingindo e fingindo muito bem. — Dean opinou, finalmente alguém que me entendia e não fiquei surpresa por esse alguém ser o Dean.

—A Jhenethi disse que estava o tempo todo com a amiga na noite em que os pais morreram, a justa noite em que pelo que parece a Tessa também foi morta. —argumentei para provar meu ponto de vista. 

—Ainda não temos a hora e nem a causa exata da morte, mas os pais foram mortos na casa da cidade e a Tessa aqui na propriedade bem afastada de lá e ainda pode até ter sido na mesma hora. —Dean me acompanhou, nossas lógicas faziam total sentido.
—Eu não sei, se a Tessa foi morta na mesma noite então quem é a garota que conversou comigo aqui mesmo ontem à noite? —Sam abriu o jogo nos fazendo entender o porque ele duvidava.
—Isso deveria comprovar que a Jhenethi está escondendo algo. —comentei, fazia todo sentido.
—Ou talvez estejamos lidando com um metamorfo.
—E as garras de lobisomens? —Dean recordou. Mesmo que a Tessa ou a Jhenethi estivessem sendo usadas por um metamorfo, não conseguiriam fazer cortes tão profundos como aqueles.
—Vamos interroga-lá, alguém tem prata aí? —concluí, precisávamos saber se estávamos realmente lidando com um metamorfo e se sim, ter certeza de que a Jhenethi era ou não a assassina em questão. Mas matar os próprios pais? 
Fomos para o distrito local onde a Jhenethi já nos aguardava, fui no meu carro para não ter que responder perguntas dos irmãos e agradeci por eles não terem tocado no assunto em que estávamos antes, porém eu sabia que não iriam desistir de uma explicação minha, ou só mais uma né já que sabiam a verdade. Eu não era obrigada à explicar mais nada à eles. Entramos juntos na sala do interrogatório ou seria muito estranho três agentes federais que trabalham no mesmo caso ficarem se estranhando por aí, era um sacrifício pelo bem maior da vida de possíveis próximas vítimas.
—Por que eu estou aqui? —Jhenethi alarmou, ela não sabia o motivo de ser interrogada.
—Só queremos fazer algumas perguntas. —expliquei me sentando de frente à ela.
Pelo que havia notado, seríamos uma equipe competente. Eu faria o papel da detetive boazinha, o Dean seria o estressado que só queria a verdade nem que fosse através de ameaça emocional e o Sam, provavelmente seria aquele que impediria o Dean de fazer alguma besteira.
—Qualquer detalhe que tenha deixado passar despercebido pode ser a chave para solucionarmos o caso. —Sam esclareceu, sendo um dos policiais bonzinhos.
—Mas eu já disse tudo que sei à vocês e a polícia. —ela se defendeu, não queria mesmo ter que estar ali.
—Como o detetive disse, pode ter alguns detalhes que você não tenha falado.—claro que o Dean iria direto ao assunto.
—Conte-nos como foi que tudo aconteceu naquela noite. —Sam pediu atencioso ignorando o Dean.
—Eu já disse tudo o que houve e vocês não conseguiram nada, acho que ficar me torturando com essas perguntas cheias de lembranças que prefiro deixar de lado, não vai ajudá-los em nada. Enquanto ficam aqui fazendo insinuações alguém pode estar em perigo agora ou até pior, morrendo. —Jhenethi se exaltou bem depressa, seja inocente ou não, ela não gostou de ter sido considerada suspeita mesmo que ninguém tenha á acusada de nada.
Minutos depois e Jhenethi Rileveer estava liberada, mesmo que suspeitávamos dela, não tínhamos provas concretas e nem motivos para mantê-la ali e ela sabia disso.
—Mesmo que ela seja suspeita, não tem como ter sido um lobisomem já que não estamos na lua cheia. —Dean discordou o que fazia todo sentido. Como ela teria feito todos àqueles cortes nos pais e na Tessa? Uma faca de cozinha não seria suficiente.
—Estamos deixando passar alguma coisa e precisamos descobrir rápido o que é antes que mais alguém se machuque. —comentei preocupada já que haviam grandes chances de haver mais vítimas pois não conseguimos concluir o motivo principal das mortes.
—Eu vou ficar de olho na Jhenethi e descobrir o que ela não está contando e vocês tentem descobrir mais alguma coisa nos dois locais dos crimes. —Sam informou se apressando para sair e não perder a filha Rileveer de vista.
—Eu vou pra fazenda, você fica com a casa da cidade. —notifiquei ao Dean também já saindo.
Seja lá o que fosse, eu estava com pressa em resolver aquele caso, pois no outro dia eu não iria trabalhar. Não poderia, na verdade nem conseguiria.
A propriedade fora da cidade nunca esteve tão vazia como naquele momento e todo aquele alvoroço de mais cedo se desfez do luto de Tessa, a cidade em peso estavam mobilizados e esperavam mais que nunca que a justiça fosse feita. Entrei na casa principal, procurei em todo local algo que me fosse útil na investigação e não encontrei nada, passei horas e horas fazendo aquilo e não adiantou em nada, pensei em andar aos arredores dali em busca de algo e conhecendo um pouco da sobrenaturalidade que estávamos lidando sabia que tudo era possível, mas não fui já que os cães já tinham rondado todo o local e não haviam encontrado exatamente nada, então eu também não acharia. No entanto, decidi verificar o celeiro por mais clichê que fosse, eu só estava atrás de respostas e não pararia até que as tivessem ou encontrasse algo que me levasse até elas. O celeiro estava normal como qualquer outro até ironicamente eu achar um fundo falso que dava até uma escada, estava clichê de mais para o meu gosto. Desci pela mesma e me deparei em uma pequena sala onde Jhenethi Rileveer era mantida como refém amordaçada e presa em correntes, ela estava desmaiada, então corri pra checar a pulsação que era bem lenta, mas pelo menos ela estava viva e o mais estranho é que não havia dado tempo suficiente para a mesma estar naquela situação, tinha algo muito errado e resolvi avisar logo os meninos.
Mandei um torpedo ao Dean.

[Dean, estou com a Jhenethi. Alguém estava à mantendo presa no celeiro das propriedades da Família, vou tirá-la daqui. ]

Ao invés de mandar uma mensagem ao Sam resolvi ligar, queria ter o prazer de contar ao mesmo que eu tinha encontrada ela naquela tal situação.
—Sam?
—Oi, pode falar. —Sam atendeu em sussurros, não entendi e nem fiz questão de entender.
—Estou com ela, pensei que fosse ficar de olho na garota. —avisei imaginado a cara de trouxa que possivelmente ele poderia estar fazendo, porém não saiu bem como eu esperava.
—Como assim? Ela está aqui comigo nesse exato momento. —ele se desesperou ainda em sussurros, havia algo errado, muito errado já que a Jhenethi estava amordaçada ali na minha frente.
—Sam eu não estou brincando, ela ta aqui agora. —reforcei, ele poderia estar fazendo alguma piadinha de mal gosto.
—Por acaso Jhenethi Rileveer tem alguma irmã gêmea? —Sam não parecia estar brincando o que me apavorou.
Tudo já ia de mau à pior até eu ouvir algo bater no outro lado da linha e um quase grito do Sam, um barulho em seguida como se o telefone estivesse caindo ao chão e segundos depois a ligação se encerrou, alguém tinha pegado o Sam também. Eu precisava agir rápido e o começo seria em tirar a Jhenethi que julgava ser a verdadeira dali até ser interrompida, só senti algo bater muito forte em minha cabeça e uma tontura horrível me possuiu, ótimo! Também estava sendo capturada. Sam e eu estávamos nas mãos de psicopatas à espera o Dean. Quando acordei sentia uma dor horrível na cabeça, ainda sonolenta e com os olhos ardendo, pude notar ao meu lado o Sam e a Jhenethi, estávamos ali à espera de um resgate.

A Filha De •John Winchester•Onde histórias criam vida. Descubra agora