Destino

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Depois de Cannon Beach eu queria um tempo só pra mim onde pudesse esfriar a cabeça longe de problemas e de monstros, passei quase duas semanas pelas estradas dirigindo sem rumo nem direção, não procurei nenhum caso para não encontrar, mas o trabalho nunca nos deixa, não é mesmo? Acabei me esbarrando com um grupo de caçadores que resolviam um caso de três anos com metamorfos e eles pareciam se espelhar muito em dois caçadores muito conhecidos, talvez eu fosse a única á nunca ter ouvido falar deles, não até alguns dias, os Winchesters. O fato de eu os conhecer só fez com que eu tivesse créditos com um grupo de caçadores, o que não seria nada ruim na hora de um sufoco, mas mesmo assim ainda queria um tempo livre para que eu ficasse atoa fazendo coisas de adolescentes normais, então porque não visitar a única pessoa que ainda me restava nessa vida? Megan Mollysh.

—A gente podia sumir né? Sei lá, que tal Havaí? — a garota loira de olhos claros dramatizou enquanto se jogava na cama.

—Sem exagero Meg, era só um cara. —eu não conseguia entender o motivo de se revoltar tanto por um garoto idiota. Essa sem dúvida era uma das coisas de adolescentes que eu não conhecia muito bem.

—Não, você não entende porque nunca teve um namorado. —ela protestou em sua própria defesa tentando me convencer de que aquilo era algo de valor, que valia á pena.

—Tive sim, lembra do Jace do 8° ano? —ironizei sabendo que o tal garoto não contava.

—Mas ele não vale, você só tinha 13 anos. —ele fez questão de lembrar.

—Isso é detalhe. —disfarcei é claro.

—Mas enfim, —ele se levantou e me puxou pelos braços para que me sentasse á cama de frente á ela— eu já te contei tudo que aconteceu durante esse tempo todo, agora é a sua vez.

Eu sempre fugia de explicações relacionadas ao meu paradeiro, não era algo agradável de se contar e eu odiava ter que improvisar mentiras. Eu odeio mentiras!

—Eu só estava por aí. —respondi, não queria revelar detalhes.

—Ah claro, você está sempre por aí não é mesmo? —ela se sentia desapontada por mim não confiar á ela a minha verdade.

Mas eu não queria envolver ela nesse mundo que não era pra crianças.

—Um dia você vai saber e vai me agradecer. —avisei me levantando e pegando minha bolsa— agora chega de lamentações de passado, vamos!

—Onde nós vamos? —ela se fez de inocente.

—Eu não vim aqui pra passar o sábado á noite em casa, não mesmo. —respondi, seria um grande desperdício passar um sábado em casa na cidade de New Orleans, a cidade que não para nunca.

Fomos para uma boate bastante cheia e como a Megan tinha sua popularidade não paramos hora nenhuma, era uma das poucas noites onde eu esquecia que tinha uma vida cheia de monstro á caçar e não pensava em nada além de me divertir, até que decidi parar um pouco, eu não tinha esse fogo todo de jovem rebelde então fui para o bar, um dos poucos lugares sossegados da casa, pedi um capo de tequila, nada muito forte já que sem dúvida seria responsável por levar a Meg totalmente bêbada para casa e fiquei ali um pouco observando a rotina das pessoas que levam uma vida normal. Estava tudo tranqüilo, muita bebida alcoólica, traições e namoros, até um casal começar á discutir nada discretamente ao meu lado, ele era um homem mais velho e ela era uma mulher de mais ou menos 28 anos.

—Eu não sabia o que estava fazendo, era apenas uma adolescente de 15 anos desesperada por suspeitar de uma gravidez. —ela se desculpava quase em choro como se quisesse fugir de algo.

—Desculpe querida, mas eu não crio as regras, apenas ofereço o jogo. É assim que funciona. —ele parecia um daqueles homens corruptos que não gostam de dar chance nenhuma á ninguém e estava totalmente calmo apesar da situação.

A Filha De •John Winchester•Onde histórias criam vida. Descubra agora