Caso de Polícia

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Ainda estava com um pouco de... Como se diz? Não era exatamente raiva, mas ele foi grosso desnecessariamente, porém, eu não podia ficar com raiva dele, pois com quem falaria caso precisasse? Depois de algumas horas, finalmente todos nos encontraríamos e eu deveria estar feliz, mas não, algo estava me incomodando e tudo que eu conseguia pensar, era naquele pesadelo horrível. Sam estacionou perto de uma lanchonete numa rua não muito movimentada de Portland pra não chamar muita atenção e me olhou de relance, abriu a porta e se retirou do veículo, tentei fazer o mesmo e ser forte, mas eu simplesmente não consegui aceitar que a realidade que tanto busquei havia se transformado nisso.

—Você não vem? —ao ter certeza que eu não sairia do carro, Sam foi até a porta ao meu lado e á abriu.

—Eu não posso fazer isso Sam. —como se a minha ficha tivesse caído naquele instante, desabei —Não posso fingir que está tudo bem e sair por aí fugindo de algo que nem se quer sabemos o que é, não posso aceitar que isso esteja acontecendo comigo, com a gente...

Em outras circunstâncias passadas, não estaria me desabafando ao Sam, de jeito algum!

—Olha Anallicy... —Sam queria dizer algo, provavelmente para me animar e então abaixou perante mim na porta do carro— Eu sei que está difícil pra você, mas estamos na mesma situação e agora não podemos fazer nada além de manter o controle. Eu sei que você o ama e ele também, mas isso é algo que só cabem á vocês decidir e sei que vamos entender o que for decidido. Mas o que importa agora é nos esconder por um tempo, pelo menos até sabermos o que está de fato acontecendo. Você precisa ficar segura e essa criança, —pausa para ele colocar a mão na minha barriguinha começando á se manifestar —É tudo que nos resta, não podemos perdê-la também.

Realmente ele estava certo, tudo que tínhamos foi tomado por esse lance de profecia do sei lá o quê, mas ainda era uma criança que precisava de carinho, cuidado e pessoas para protegê-la, seja lá como isso fosse funcionar. Apenas acenei para demonstrar força que, aliás, eu nem se quer tinha, então me retirei do carro e ao lado dele me direcionei ao estabelecimento onde pelo visto, quase todos nos esperavam. Assim que entramos olhei aos arredores e apesar dos outros estarem ali presente, foi ele quem eu vi primeiro e fez meu coração pular forte e amargamente dentro do peito, eu sabia que não podia sentir isso, mas também não tinha como evitar. Sinceramente, não sabia o que fazer. Ele era o único de pé ao lado do balcão, pelo clima pesado certamente havia passado algum furacão ou ainda passaria, meu maior desejo foi correr o abraçar o mais forte que conseguisse, mas não era sensato fazer isso, ainda bem que não sou sensata. Apenas corri sem me importar para o que pensariam, se as pessoas der atenção á todo comentário de fofoca que há por aí, o mundo já estaria á uma etapa á frente do Caos. Ele sabia que era eu quem estava fugindo desde que soubemos da drástica verdade, mas ao ver que talvez eu tivesse mudado de ideia, ele apenas me recebeu naquele aconchegante abraço do qual eu não queria sair mais, nunca mais. Senti os olhares dos que estavam presente sobre nós, mas naquele momento nem mesmo a opinião deles faria alguma diferença.

—Vocês estão bem? —Holly quem perguntou já que Dean estava ocupado de mais para isso.

Foi uma pergunta sem lógica considerando a situação á qual todos nós estávamos envolvidos, mas eu sabia ao que exatamente ela se referia.

—Estamos sim. —Sam respondeu nos analisando com uma seriedade encapada, provavelmente haveria algum sorriso ali por baixo daquela cara de durão.

—Espera, —depois de soltar Dean com um imenso arrependimento, notei Ben falar antes de tomar umas aspirinas que a Alex preparava á ele —não tá faltando alguém?

—Cadê o Castiel? —temendo o que possivelmente poderia ter acontecido, Alex alarmou —Ele está bem?

Se fosse a Claire, certamente estaria surtando.

A Filha De •John Winchester•Onde histórias criam vida. Descubra agora